Home TVEpisódio Crítica | The Flash – 8X18 e 19: The Man in the Yellow Tie / Negative, Part One

Crítica | The Flash – 8X18 e 19: The Man in the Yellow Tie / Negative, Part One

Trabalhar o legado da série pode criar um problema também.

por Davi Lima
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Yellow Tie

Não, não esquecemos de The Flash, mesmo com o atraso de um episódio. Esse crítico que vos escreve teve um compromisso, mas chegou a tempo de correr ao lado do velocista e deixar vocês a par do final da oitava temporada. Vamos que vamos! Yellow Tie

  • Há SPOILERS destes episódios e da série. Leia aqui as críticas dos outros episódios. 

 

Acredito que pode dizer que sou um velho amigo, e um novo amigo, tudo em um só. – Deon

8X18: The Man in the Yellow Tie

Yellow Tie

Como havia falado nos textos anteriores, The Flash tem pensado em seu legado como série. A volta de Thawne, a história de Meena ficar do mal e seu amor pela figura de Eobard, envolvida em toda a explicação de como essa figura temporal reaparece em todos; tudo isso empurra com tudo a série para frente a partir de um passado que constantemente os espectadores querem se livrar: o Flash Reverso. The Man in the Yellow Tie é o tipo de episódio quer acertar as contas do show, em que até mesmo Jon Diggle aparece para encerrar seu arco falido de Lanterna Verde.

Além de Diggle, Cecile também tem seu arco minúsculo sobre novos poderes e se tornar nova heroína. Chegando perto do final da temporada, começam a surgir essas pressas narrativas para os personagens se nivelarem em importância. Mas isso é bom. Assim como foi feito com Caitlin, essa oitava temporada também colocou Alegra em um patamar mais maduro no último episódio. Então, mesmo sendo tudo aglutinado, também empolga junto com a trama de uma nova velocista e o suspense envolta de Eobard Thawne de novo. Chega a ser uma história bem novelesca, do qual o público pula da cadeira quando encontra a imagem do ator Matt Letscher – especialmente quem estava assistindo Legends of Tomorrow.

Juntando todos esses mini arcos, com Diggle, Cecile, e o arco maior de Barry perturbado em ver Thawne, parece tudo veloz, não atropelado. São conexões fáceis de roteiro, porém efetivas para que as reviravoltas tenham um mix de susto e compaixão. Não entender o que o personagem do futuro aparecer no passado de novo, e ver de novo a resolução do conflito envolver o amor de duas pessoas retoma o Armageddon. Em 40 minutos formou-se o arco inicial da temporada, com o mesmo susto de alguém querer matar o Flash e compaixão como definição do arco com Flash Reverso.

Felizmente, ou infelizmente, a história levada com Deon, que envolve Íris, é trazida de volta como uma terceira reviravolta. The Man in the Yellow Tie fica numa dúvida boa se o Flash Reverso vai voltar ou não. Ainda assim isso se torna qualidade, pois a preocupação com o legado da série não desaparece. A dúvida é o que toda pessoa que assiste tem: sempre vai ser o Flash Reverso por trás de tudo? Nisso o episódio atinge qualquer um facilmente e ajuda a criar uma boa expectativa que a temporada finalmente vai resolver isso de uma vez por todas.

The Flash – 8X18: The Man in the Yellow Tie — EUA, 15 de junho de 2022
Direção: Marcus Stokes
Roteiro: Sam Chalsen
Elenco: Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker, Danielle Nicolet, Kayla Compton, Brandon McKnight, Jesse L. Martin, Matt Letscher, Tom Cavanagh
Duração: 43 min.

 

8X19: Negative, Part One

Yellow Tie

The Man in the Yellow Tie reforça um defeito da oitava temporada: a instabilidade. Num efeito cascata, mais uma vez a série abusa de suas reviravoltas e tons novelescos com Flash Reverso. Independente do bom trabalho dramático de chegar ao sacrifício de Íris, bem arquitetado pelos irmãos das Forças do Universo – Deon, Alexa e Bashir -, infelizmente tudo termina em Thawne. Quão forçado pode ser Tom Cavanagh sair de dentro do ator Matt Letscher? Que ressurreição lógica a série vai conseguir explicar para o vilão amarelo?

Claro que essas perguntas ficam como um gancho para Negative, Part Two, porém isso soa muito parecido com a defraudação de Ressurrection, episódio que tornou Ronnie em um vilão. Se Armageddon parecia um tom novelesco acertado para usar o amor como resolução de tudo – The Man in the Yellow Tie repetiu bem – The Flash está indo para a novela na direção da preguiça, não do drama intenso. Meena gritando ao ver seu amor estraçalhado pode ser forte, porém para nós, que já vimos milhões de planos de Thawne, soa como uma sacada mal feita tentando imitar Scooby-Doo. Quando o desenho dos cachorro tirava a máscara do vilão era uma grande expectativa, já Negative, Part One mostra um showrunner perdido em como se livrar do Flash Reverso sem parecer fácil demais.

É compreensível que o grande vilão de Flash pode aterrorizá-lo por tempo indeterminado, até mesmo ajudando as Forças do Universo. Porém, quando Deon mata a figura de Thawne na prisão, e quando Barry é acusado de tirar a aceleração de Flash Reverso como uma ameaça ao equilíbrio da positividade e negatividade das forças, o patamar de tudo cresce. Flash crescer como personagem passar por essas acusações, e isso vai delineando o legado da série, mesmo que por meios simplistas demais. Íris morrer é um auge, deveria ser o momento tão grande quanto Flash também se tornar um perigo para todo o universo das forças. Mas não…Flash Reverso toma a cena de novo.

Por isso, Negative, Part One é uma decepção. Não pelo gancho em si, ou como a história de Cecile parece deslocada. Cecile ter sua história e Flash Reverso ser a ponte para o final da temporada não é ruim. Ruim mesmo é a série se canibalizar em seus dramas, ao ponto do episódio matar e ressuscitar Tom Cavanagh depois do grande amor do herói morrer. Não há incoerência nisso? Impactos que se anulam? Que se negativam? Só basta esperar que Flash Reverso vá embora de vez, mesmo que tudo crie uma perda de lógica ainda maior para a série.

The Flash – 8X19: Negative, Part One — EUA, 22 de junho de 2022
Direção: Jeffrey W. Byrd
Roteiro: Gabriel Garza, Jonathan Butler
Elenco: Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker, Danielle Nicolet, Kayla Compton, Brandon McKnight, Jesse L. Martin, Matt Letscher, Tom Cavanagh
Duração: 43 min.

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