Home TVEpisódio Crítica | The Flash – 8X20: Negative, Part Two

Crítica | The Flash – 8X20: Negative, Part Two

Uma gravata amarela é mais dramática que uma batalha contra o Flash Reverso, afinal.

por Davi Lima
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Negative

  • Há SPOILERS deste episódio e da série. Leia aqui as críticas dos outros episódios. 

– Obrigado. – Barry
– Sério? Sei que fiquei longe demais por um tempo, mas… – Íris
– Por me lembrar de que até o Flash tem limites. – Barry

Apesar dessa oitava temporada poder ser considerada instável, quando lembrarem desse último episódio o público poderá pensar como a série entendeu algumas de suas limitações. Desde The Curious Case of Bartholomew Allen, The Flash demonstrou tratar de sua velhice como produção, com episódios seguintes comentando sobre seu legado, até mesmo trazendo Eobard de volta. Então, Negative, Part Two, apesar de uma primeira parte tendo sua forma forçada em entregar o conteúdo, dosa seus exageros, recapitulando vozes do Armageddon com mais explicações e menos romance.

Apesar de ter defendido Armageddon, Part 4, em todo o seu aspecto novelesco e exagero dramático, era compreensível que a resolução de Barry amar Íris fosse pouco aceitável para muitos espectadores. Mas no final, ainda é sobre isso que a conclusão da temporada fala – só que colocando mais mitologia da Força da Aceleração para influenciar todo o destino narrativo da história. Foi o desespero de Barry querer encontrar Íris com Deon que o fez encontrar a “meditação do poder”, e foi Íris querer achar a conexão com Barry que a fez sair da Pedra do Tempo. É mais explicável, porém bem menos dramático. A intensidade do Flash Reverso no seu plano maligno trocar com Barry em uma linha do tempo alternativa, até mesmo casando com Íris, criava muitas emoções, mesmo que que para alguns fossem forçadas.

Por ironia da série, chegando ao final da temporada com mais equilíbrio no melodrama, todo o conflito principal de trazer o Flash Reverso é matar Íris para forçá-lo a renascer no corpo de Eobard Thawne. As Forças Negativas precisavam desse ato sacrificial – assim como Barry fez o Armegeddon por Íris – para que o negativo crescesse no avatar que equilibraria a Força da Aceleração (isso é muito Star Wars). Então, só é uma troca por atitudes forçadas em diferentes ritmos de preparação para Flash lutar contra o principal vilão, e haver todo o questionamento heroico acerca das culpas de Barry. Ou seja: o Armageddon foi um resumo, e a oitava temporada repetiu os mesmos tons.

Diante disso, façamos uma avaliação, um checklist do que Negative, Part Two resolveu para a série. A mitologia das Forças Negativas se tornou mais entendível; Flash Reverso foi expurgado, Íris se tornou funcional; Allegra, Cecile e Chester conseguiram renovar o Team Flash com Team Bad Ass; estabeleceu a situação da Nevasca. Esses são quatro fatores do episódio, mas e da temporada: desenvolveu Caitlin; deu um tchau para Ronnie; finalizou a história de Diggle com os Lanternas Verdes; organizou a temporalidade com Legends e o Arrowverse; trouxe Eddie Thawne de maneira interessante; TROUXE REDENÇÃO AO EOBARD THAWNE. Diante dessa avaliação toda, expondo pontos positivos – bem mais interessante do que expor o que The Flash já mostrou de limitação e demonstrou saber bem quais, mesmo não podendo fazer muito – falemos desse último ponto: Eobard Thawne.

Se Armageddon começou a oitava temporada com muita emoção, forçada ou não, o romance e o novelesco ficou a cargo da boa história de Meena e Eobard Thawne. Tratar do legado de The Flash é falar da imagem dos atores Tom Cavanagh e Mat Letscher. Além de Grant Gustin, toda vez que na série aparecem esses atores é algum problema. Por isso, The Man in the Yellow Tie, que introduziu a repaginada de Thawne como amor de Meena, uma futura velocista, uma heroína, e como ele ajudou nisso, se finaliza como o drama mais real desse final de temporada. Do grito de Meena ao ver Flash Reverso renascer no corpo de Eobard ao momento dela receber a gravata do homem que amava é o fio dessa duologia Negative que contempla o melodrama que vale a pena. É o heroísmo da série, que traz redenção a Eobard, assim como Legends of Tomorrow havia mostrado em The Fixed Point.

Enfim, o final da oitava temporada, super mega explicada com base em atitudes das Forças Positivas que destinaram tudo para combater as Forças Negativas – uma maneira de fugir das conveniências da doença de Íris e de novos poderes de Cecile -, é uma instabilidade morna, o suficiente para amenizar a sétima temporada. Se The Flash acabasse em Negative seria muito positive (perdão pelo trocadilho). No entanto, parece que o Team Flash tem que se resolver com Caitlin, Barry aprender mais a ser herói sem o Flash Reverso e ver qual legado os seus filhos vão entregar. A gente já viu o futuro, viu as limitações e os limites da série, e não custa nada mais uns episódios de uma nona temporada mostrar porque mudar o status do Velocista Escarlate – desde a sua bota a suas histórias mais quadrinescas dessa oitava temporada – é importante.

Ps: até mais, Flash Reverso. FINALMENTE…até Tom Cavanagh aparecer de alguma maneira de novo kkkkk.

The Flash – 8X20: Negative, Part Two — EUA, 29 de junho de 2022
Direção: Marcus Stokes
Roteiro: Eric Wallace
Elenco: Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker, Danielle Nicolet, Kayla Compton, Brandon McKnight, Jesse L. Martin, Tom Cavanagh, Neal McDonough, Jessica Parker Kennedy, Michelle Harrison, Jordan Fisher, Ashley Rickards, Sara Garcia, Ennis Esmer, Christian Magby, Jon Cor, Agam Darshi, Mika Abdalla, Kausar Mohammed, John Wesley Shipp, Jessica Hayles, Meghan Gardiner
Duração: 43 min.

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