Home TVEpisódio Crítica | The Flash – 9X12: A New World, Part Three: Changes

Crítica | The Flash – 9X12: A New World, Part Three: Changes

A série finalizando com a boa criação de uma vilão.

por Davi Lima
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Changes

  • Há SPOILERS deste episódio e da série. Leia aqui as críticas dos outros episódios. changes

Waste of a life, wast of a man. – Flash Reverso para Eddie Thawne

Não é possível saber com certeza se o final de The Flash será bom. Tudo pode se estragar com um passe de mágica. Porém, a construção de um vilão, especialmente em A New World, Part Three: Changes, nesse último arco de quatro partes, é tão boa quanto a construção de Flash como herói. No quesito cíclico a série caminha bem para suas propostas maniqueístas e dramáticas com as Forças da Aceleração, mas o que surpreende é como o encadeamento dessa terceira parte de A New World tem tantos dilemas bons sobre vida e morte dentro da moral do destino.

Desde o começo, The Flash tratou de como o poder de voltar no tempo e tirar dores não apenas produzia mais problemas, como era um problema de mostrar os destinos e como a vida e a morte não eram controlado apenas por uma sequência de eventos impedidos. Agora, imagina se a decisão não é voltar no tempo, e sim manter o presente estável. Se o passado é ressurreto, como uma consciência de sua morte e nova vida, e tivesse a oportunidade de manter sua vida seguindo os passos moralmente controversos?

Quando Eddie Thawne se mata na primeira temporada a frase do Flash Reverso como Harrison Wells se tornou sentido: ele não importava, mesmo se tornando uma espécie de herói. Mas se na linha do tempo, numa nova linha do tempo, ele fosse importante, e pudesse ter uma vida que sempre quis? Como decidir sua morte ou sua vida a partir do que ele vai escolher moralmente? Entenda que a série coloca um dilema difícil. Eddie pode perder a vida se não escolher o caminho do mal, da Força da Aceleração Negativa. Não é apenas uma tentação plausível e bem dramática de convencimento, como é uma discussão forte sobre quem lhe dá vida e quem lhe dá vida.

Com Eddie Thawne não se baseia apenas em viajar no tempo e sim dar vida a um personagem em outro tempo, dando a oportunidade dele viajar no tempo para conquistar o que não teve no passado. Tão tentador como Flash viajar no tempo para salvar a mãe…mesmo sendo uma causa nobre e egoísta ao mesmo tempo. Eddie e Barry, segundo a ilusão da Força da Aceleração, poderiam ter vidas quase iguais. E isso é a construção de um bom vilão: não apenas as motivações boas do Flash Reverso, ou as atitudes perigosas, mas também sua equiparação reversa a do herói. Quando esse ponto chega podemos, enfim, ter um embate não apenas de forças, mas de mentes.

Mesmo que saibamos que Eddie seguindo a Força da Aceleração Negativa trará más consequências (como um maniqueísmo clássico de bem e mal), a tentação que o forja é humana demais para apenas julgarmos errado. A música de Elton John Guess That’s Why They Call It the Blues, que toca no final do episódio, dita um romance vivo de Eddie por Íris, assim como Barry várias vezes teve a base de suas motivações por amor a mãe ou a Íris. Como diz Elton John, “eles chamam de tristeza/ o tempo em minhas mãos/ poderia ser o tempo passado com você”.  Assim, Eddie não é mais um Thawne qualquer. Ele tem um desejo muito poderoso, afinal, algo heroico em seu romance. changes

The Flash – 9X12: A New World, Part Three — EUA, 17 de maio de 2023
Direção: Stefan Pleszczynski
Roteiro: Sarah Tarkoff, Jonathan Butler
Elenco: Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker, Danielle Nicolet, Kayla Compton, Brandon McKnight, Jon Cor, Rick Cosnett, Jessica Parker Kennedy, Michelle Harrison, Stephanie Izsak, Robert Picardo, Robbie Segulam
Duração: 43 min.

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