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Crítica | Timeslip (Doctor Who Magazine #17 e 18)

por Luiz Santiago
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Equipe: 4º Doutor, K-9 / 1º Doutor / 2º Doutor / 3º Doutor
Espaço-tempo: TARDIS, Universo

Timeslip, inicialmente chamada de Time Trap, marca o primeiro hiato de Dave Gibbons e equipe longe da Doctor Who Magazine. Trata-se de uma história pequena, escrita por Dez Skinn e Paul Neary e traz o primeiro companion do Doutor nas aventuras da revista, já que nos arcos anteriores (Iron Legion e City of the Damned) ele aparecia sozinho.

A trama lembra bastante as aventuras do 1º Doutor no que diz respeito à TARDIS capturada ou às suas mutações temporais, ou ainda, avançando um pouco mais, talvez nos lembremos do início de The Web of Fear, arco do 2º Doutor com o qual podemos estabelecer algumas semelhanças narrativas aqui. Talvez os autores estivessem com essas histórias em mente ao escreverem o roteiro, já que a semelhança pode ser vista aqui e ali, especialmente na arte de Paul Neary para os Doutores 1, 2 e 3.

No início de Timeslip o Doutor está jogando com K-9 e o cão robô apresenta uma sequência humilhante de vitórias sobre o Time Lord. A TARDIS está para se materializar em algum lugar, mas uma Ameba Espacial que se alimenta de tempo e energia (uma espécie de Galactus do universo whovian) captura a nave e faz com que o tempo retroceda – para a perspectiva do Doutor – o que imprime uma aura de Benjamin Button à história, já que o gallifreyano começa a ficar cada vez mais jovem, e é aí que os cameos dos outros Doutores aparecem.

O roteiro consegue fazer um interessante jogo com o tempo e espaço andando em ordem desgovernada, mostrando também o crescimento da Ameba Espacial e os reflexos disso para a nave e para os que estavam em seu interior. A história é curta demais para dar detalhes específicos de cada momento ou explorar a contento cada teoria que possa haver a respeito desse “tempo andando para trás”, mas a trama tem um forte teor sci-fi e é bem escrita, especialmente na relação de existência dos Doutores, suas memórias e experiências.

O final é menos interessante que o restante da trama, mas não é ruim. O restabelecimento de K-9 traz a atmosfera cômica novamente à tona e, mesmo que não tenhamos explicada a ausência de Romana na aventura, compramos toda a ideia e aproveitamos bem esse pequeno e ameaçador impasse temporal. Mais uma vez, o Doutor é salvo pelo gongo e, mais uma vez, ele não entende muito bem o que acabara de acontecer com ele.

Doctor Who Magazine #17 e 18: Timeslip (Reino Unido, 6 a 13 de fevereiro de 1980).
Roteiro: Dez Skinn, Paul Neary
Arte: Paul Neary
16 páginas

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