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Crítica | Tom Clancy’s Splinter Cell: Blacklist

por Guilherme Coral
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estrelas 4,5

O stealth já se tornou um subgênero dentro dos videogames, com sua popularização exercida por jogos como Thief, Metal Gear, Dishonored e até mesmo The Elder Scrolls. Foi através de Splinter Cell, contudo, que o grau de realismo de tais games atingiu o seu máximo. Concebido através de uma ideia de Tom Clancy e não baseado em um de seus livros, como geralmente é o caso, o game tem a furtividade como seu elemento central, ao contrário dos exemplos citados anteriormente.

Blacklist, o sétimo da franquia de espionagem, novamente nos coloca na pele de Sam Fisher que agora é o líder da recém formada Fourth Echelon, uma subdivisão da NSA. Após um ataque de um grupo denominado The Engineers, cabe a Sam e sua equipe impedir os futuros atentados. Blacklist é o nome da operação terrorista que tem como intuito forçar os EUA a trazer todas as suas tropas internacionais de volta para casa.

Com esse objetivo, a história do game é dividida em diversas missões que levam de 30 minutos até uma hora para se completar. Armado com diversos equipamentos desde o início, cabe ao jogador escolher o meio pelo qual irá atingir sua meta: completar a missão sem ser visto, eliminar todos os inimigos no caminho de maneira sorrateira ou simplesmente sair atirando. Ao fim de cada missão somos recompensados com uma quantidade de pontos e dinheiro – quanto menos matarmos e menos sermos vistos, melhor é o resultado.

Algo me diz que aquele soldado não vai durar muito

Algo me diz que aquele soldado não vai durar muito

Não pense, contudo, que é fácil passar despercebido por todo o cenário. A inteligência artificial, mesmo nas dificuldades mais baixas, trabalha de forma impressionante e qualquer deslize do jogador pode significar a falha da missão. Muitas vezes é preciso simplesmente parar e observar o cenário por alguns minutos a fim de traçar uma estratégia baseada no seu estilo de jogo.

As recompensas ganhas em cada missão podem ser utilizadas para melhorar o equipamento de Fisher ou em upgrades da base móvel da Fourth Echelon. As melhorias variam desde avanços na furtividade (roupa produzindo menos som) até adição de um radar de movimento e diferentes visores (night-vision, sonar, etc). Conforme progredimos na trama, tais upgrades se tornam uma necessidade, ao ponto que diversos tipos de inimigos são acrescentados.

Não contente com o arsenal à disposição de Sam, o jogo ainda nos dá diversas habilidades que garantem ainda mais opções de jogabilidade. A mais notável dessas, inserido na franquia em Conviction (o game anterior), é a de marcar e executar. Como funciona? Quando desacordamos ou matamos um inimigo uma pequena barra se preenche no canto da tela, quando ela está cheia podemos marcar de um a três inimigos. Feito isso, podemos neutralizar automaticamente esses inimigos marcados – se eles serão mortos ou desacordados depende da arma que estivermos utilizando no momento. Parece muito fácil? Não se preocupe, na maioria dos casos teremos mais de três inimigos em uma sala ou eles não estarão perto um do outro, sendo impossível marca-los de uma vez.

Blacklist também se destaca pelos seus gráficos. Embora os rostos dos personagens pareçam datados, as texturas dos objetos, cenários e até mesmo da roupa de Fisher demonstram o cuidado da desenvolvedora. Nesse aspecto, Splinter Cell, sempre foi o carro-chefe da Ubisoft, algo que se torna claro ao observarmos o trabalho de luz e sombras do game – fator essencial dentro da franquia. Devo dar destaque também à bela interface simples, porém bastante explicativa e aos elementos que, por vezes, aparecem desenhados no cenário, como os objetivos e diversos painéis que ilustram a “outra parte da espionagem” sendo conduzida pela equipe de Sam.

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Muito sneaking pela frente

A falha do jogo se apresenta em alguns pontos da jogabilidade. Embora conte com controles simples, algumas mecânicas demonstram certos problemas. O maior exemplo disso é na hora de trocar de cobertura – muitas vezes Fisher é impossibilitado de realizar certo movimento por mais óbvio que ele seja, como virar uma esquina enquanto na cobertura. Isso não é o suficiente, porém, para tirar os muitos méritos do game.

A sétima entrada na famosa e longeva série de espionagem é a prova de que ela ainda tem muito a oferecer. Tenha jogador os anteriores ou não, Blacklist é um game que deixa o jogador no auge de sua tensão. Embora nos dê diversas opções de jogabilidade, fica claro desde o início a importância e as recompensas da furtividade. Embora tenha sido apenas baseado em uma ideia de Tom Clancy, Blacklist se encaixa totalmente dentro das narrativas do autor, se estabelecendo como o verdadeiro jogo de espionagem.

Tom Clancy’s Splinter Cell: Blacklist
Desenvolvedora:
 Ubisoft Toronto
Lançamento: 20 de Agosto de 2013
Gênero: Ação
Disponível para: Ps3, Xbox 360, Pc, WiiU.

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