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Crítica | Wolverine: O Fim

por Erik Blaz
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Eu não sou James. Meu nome é Logan.

James Howllet. Logan. Mutante. Animal… Herói. Por fim, estas são algumas das palavras que caracterizam Wolverine ao decorrer dos anos. Um homem que passou por inúmeros problemas, desde sua origem até a entrada para os fabulosos X-Men.

No início deste século, a casa das ideias (Marvel Comics) criou uma linha de histórias alternativas com o intuito de mostrar o fim de alguns heróis. Hulk, Justiceiro, os X-men e Quarteto Fantástico tiveram estes histórias. Wolverine não poderia faltar!

Com roteiro de Paul Jenkins (O mesmo do grupo de escritores de “Origem”), a história se passa aproximadamente no ano de 2100, nosso velho carcaju tem cerca de duzentos e dez anos e sua rotina não é mais a mesma. Logan esta muito velho (sério?) e “aposentado” da sua vida de X-Man. Mas não demora muito para a calma vida de Logan em Alberta, no Canadá, começar a ter uma agitação maior… Começando pela morte de um velho conhecido, Victor Creed, ou Dentes de Sabre! Com sua morte, Logan recebe uma carta, deixada pelo mesmo, lhe dando coordenadas de uma mansão abandonada, a Mansão Howllet.

Logan percebe que alguém esta a sua procura. Estaria novamente o governo canadense atrás de nosso baixinho mais invocado para recolocá-lo no programa Arma X ou ele estaria ficando louco?
Loucura ou não, cada velho com suas manias, e um dos melhores pontos desta história é que Jenkins mantém a essência de Wolverine, somente adaptando ele para um conto onde não estaria na mesma forma ou nas mesmas condições que normalmente o vemos por estar muito mais velho. Seus comportamentos, morais e aquela destreza para entrar numa briga, permanecem. Junte isso com o excelente traço do desenhista italiano Cláudio Castellini (Desenhista de “Surfista Prateado: Dualidade Cósmica”) e teremos uma ótima obra.

Ao desenrolar da aventura, Logan segue as pistas do misterioso homem ou grupo que esta atrás dele, em uma viagem até o Japão, com ótimos quadros e incríveis expressões, Logan acha o que procura… A trama se apresenta bem maior do que imaginávamos, com direito a presença “astral” de professor Xavier, e uma reviravolta tão grande que remexe  o passado de Logan desde sua origem, antes mesmo de se tornar o famoso Wolverine.

É impossível imaginar quem é o vilão da trama até este se apresentar, e sua primeira aparição deixa Logan mortalmente ferido. Quem é este homem que tanto o persegue? O nome é John Howlett, irmão do nosso herói, dado como morto desde 1897. O surgimento dele causa mais dúvidas na mente fragmentada de Wolverine, onde também descobrimos que além do processo da Arma X, onde sua mente foi despedaçada como um quebra-cabeça, seu fator de cura, também visto como um dom é também uma terrível maldição, ajudando a apagar terríveis traumas em sua memória.

Após a reconciliação entre irmãos, John Howllet promete ao nosso protagonista o que ele mais deseja: Todas as respostas sobre seu passado. Logan estaria finalmente encontrando a paz que tanto almeja ou… Mais dor e sofrimento? O fato é que Wolverine poderá ter suas respostas, caso ele se alie a seu irmão em um jogo de negócios, uma sabotagem na bolsa de valores. Algo mais realista, uma nova forma de “dominar” o mundo, mas claro, causando terríveis consequências sem poupar qualquer vida inocente. Uma difícil decisão talvez, e esta é outra parte da história que ganha meu respeito, pois mais uma vez, ela mostra nosso querido Logan seguindo seus conceitos e derrubando seu irmão, custe o que custar.

O conto de Jenkins também aborda questões do que teria ocorrido com os X-Men, Professor Xavier e outras coisas na vida de Wolverine ao passar dos anos, algumas, jogadas ao leitor sem muita explicação, deixando assim a imaginação fluir. Também temos uma noção de que neste futuro alternativo, os X-Men evoluíram muito, de um grupo rebelde até algo mais “governamental”. Fora enredo, infelizmente é notado que o desenhista italiano falha em alguns pontos, erros bobos, como uma das garras de Logan que esta quebrada, e em outro quadro, se mostra “restaurada”. O final é ótimo, toda a história é digna do bom e velho carcaju canadense!

Wolverine: O Fim – Wolverine: The End – EUA, 2003
Roteiro: Paul Jenkins
Arte: Cláudio Castellini
Cores: Paul Mounts
Editora (nos EUA): Marvel Comics
Editora (no Brasil): Panini Comics

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