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Crítica | Wolverine: O Velho Logan

por Erik Blaz
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  • Leiam, aqui, as críticas de todos os quadrinhos do Velho Logan.

Estamos em um futuro alternativo, onde “aquele” mundo que conhecemos foi finalmente dominado pelos super vilões do universo Marvel. Nosso protagonista, outrora, foi o mutante mais invocado de todo o multiverso, quem ele é? Fácil… Wolverine!

Porém, há algo diferente, Logan não é mais aquele mesmo herói rebelde, digo, anti-herói. Nesta realidade alternativa, o mutante baixinho se tornou um pacato fazendeiro do sul da Califórnia, deixando de lado a vida de x-man e cuidando de sua família.

Alguns leitores identificam ou assemelham a história de Mark Millar a obra de Frank Miller, Batman: O Retorno do Cavaleiro das Trevas. Mas as semelhanças ficam somente no começo da história, pois mesmo havendo um “retorno” do herói, a ideia de trazê-lo à tona se difere muito do que passado por Frank Miller no futuro alternativo de Batman.

A arte de McNiven é excelente, além de bem detalhada é bem expressiva e um pouco exagerada no conceito “sanguinário de ser”, algo que provavelmente ajudou muito a equilibrar nos pontos negativos da saga. Sem maiores delongas, o velho Wolverine está numa das divisões dos EUA, comandada pela família do Hulk e necessita pagar seu aluguel com o gigante esmeralda. Seu velho e agora cego parceiro de época, Clint Barton (O Gavião Arqueiro) lhe oferece a proposta de cruzar o Estados Unidos, realizar uma troca e saírem com uma boa grana para acertarem suas vidas. É aí que provavelmente nosso querido leitor deve se perguntar, “por que diabos Wolverine não decapita os vilões que assombram este mundo?” Esta questão é a peça que move o leitor junto há alguns flashbacks do passado, causando o mistério da trama, cuja descoberta é simplesmente surpreendente.

Nosso protagonista juntamente ao cego Gavião Arqueiro, percorre naquele infeliz Jeep-Aranha, que fora dispensado há anos das histórias do escalador de paredes mas que nesta aventura, consegue ser tão bem colocado que mal percebemos a inutilidade deste para o ex-proprietário. Obviamente, no percurso, eles enfrentam vários problemas, cruzam as divisões feitas nos EUA, passando pelo território do Doutor Destino, Rei do Crime (outrora comandado pelo Magneto) e finalmente, chegando ao fim do destino, nas mãos do terrível Caveira Vermelha, agora se autoproclamando o Presidente!

No decorrer da leitura a ação, as brigas e o suspense só vão aumentando mesmo que Logan não deseje. É interessante ver os personagens que sobreviveram nesta realidade, as menções aos muitos heróis e vilões e as ações que eles tomaram.

Todavia, o enredo não é tão complexo, além do mistério que nos indaga do porquê de Logan não usar suas indestrutíveis garras, que é descoberto pouco depois da metade do arco, a história é curta, Millar poderia ter desenvolvido melhor cada personagem, ou aumentar a dinâmica dos heróis com outros seres do ambiente, criando algo mais concreto com mais detalhes deste perdido futuro. Outras dúvidas que ficam no ar é do porquê de Doutor Destino estar nos EUA, como os outros heróis pereceram e outras indagações que ao lermos, podem ser facilmente percebidas.

Chegando ao fim, como tudo começou… Wolverine retornará para Califórnia, de um jeito ou de outo, sua origem, sua fama e tudo mais se deram ao colidir com Hulk e assim culminará, até que um vença a épica batalha.

Para aqueles que não tiveram a oportunidade de ler esta obra, a Salvat, lançará em breve, o encadernado da aventura do velho carcaju na “Coleção de Graphic Novels” que sai todo mês, fique esperto!

Wolverine: O Velho Logan – Wolverine #66-72 e termina em Wolverine Giant-Size Old Man Logan – EUA, 2008
Roteiro: Mark Millar
Arte: Steve McNiven
Editora (nos EUA): Marvel Comics (EUA)
Editora (no Brasil): Panini (Wolverine #57 a 64, de agosto de 2009 a março de 2010) 

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