Home TVEpisódio Crítica | Doctor Who – Série Clássica: The Ark (Arco #23)

Crítica | Doctor Who – Série Clássica: The Ark (Arco #23)

por Luiz Santiago
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Equipe: 1º Doutor, Steven e Dodo
Espaço-tempo: Nave “Arca” Espacial Terráquea e Planeta Refusis II, ano 10.000.000 (primeira chegada) e ano 10.000.700 (retorno).

Para os fãs de histórias do tipo Planeta dos Macacos, este é o tipo de arco perfeito. A história começa com um fôlego curto e atuações vergonhosas de parte do elenco convidado, mas nos dois últimos capítulos revela-se uma verdadeira trama histórico-futurista, daquelas em que uma espécie subjugada, com o passar dos anos, consegue libertar-se e dominar àqueles que antes os dominavam (mais uma vez retomo as semelhanças com Planeta dos Macacos).

Após a saída do Doutor e Steven da França em pleno conflito religioso da Noite de São Bartolomeu, tivemos a chegada de Dodo à TARDIS, sendo esta a sua primeira aventura como viajante do tempo. Ela ainda não compreende algumas coisas, não se conforma com o fato de que o Doutor não consegue saber para onde a nave está indo, mas mesmo assim, se habitua muitíssimo bem e muitíssimo rápido a todo o ambiente, o que nos deixa um problema de concepção e verossimilhança atrás da orelha.

Não tem como não estranhar a fácil chegada e aceitação de Dodo à TARDIS e a toda a loucura que são as viagens no tempo e espaço, principalmente ao lado do Doutor! Diferente de todos os outros companions até esse ponto, ela é a que mais abruptamente e sem nenhuma explicação razoável ou ligações com alguma aventura do Doutor ganha espaço como tripulante da nave.

Apesar de toda essa complicação de familiaridade, logo nos acostumamos com ela, e percebemos a ternura em sua personalidade, uma qualidade que vem junto com a curiosidade e a vontade de ajudar em qualquer ocasião.

A história em The Ark consiste em um grupo de colonos terráqueos que vão buscar vida em Refusis II, um planeta com características muito semelhantes às da Terra. Parte da tribulação está minimizada em placas (literalmente falando!), e guardadas em locais especiais da nave, que Dodo chama de “Arca”. Alguns humanos, porém, não foram diminuídos ou “armazenados”, e cuidam para que a viagem aconteça sem maiores problemas.

Quando os viajantes da TARDIS chegam, há uma comoção geral que se torna uma ameaça quando o resfriado de Dodo apresenta-se como algo mortal à saúde dos humanos do 57º Segmento do Tempo, como eles mesmos chamam, e também aos seus servos, os Monoids – uma espécie alienígena humanoide.

As relações entre as raças parecem pacíficas, mas quando o Doutor e seus companheiros voltam à Arca, 700 anos depois, o que encontram é amedrontador: ao invés da grande estátua de um “humano protótipo” que estavam construindo para ser uma referência na colônia do Planeta Refusis II, eles veem a estátua de um Monoid.

Como já dissera anteriormente, essa segunda parte do arco é muitíssimo melhor que a primeira, e traz ainda uma raça incrível e invisível, natural de Refusis II. A trama se resolve com um pouquinho de dúvida, mas o desfecho é irretocável e mesmo o cliffhanger para o aclamado arco seguinte merece aplausos, porque mostra algo que, num primeiro momento, nos lembra a aventura de Space Museum, mas sua promessa é ainda mais complexa e ameaçadora. Uma história realmente fantástica.

The Ark (Arco #23) – 3ª Temporada

Roteiro: Paul Erickson, Lesley Scott
Direção: Michael Imison
Elenco principal: William Hartnell, Jackie Lane, Peter Purves, Edmund Coulter, Eric Elliott, Inigo Jackson, Terence Woodfield

Audiência média: 6,47 milhões

4 Episódios (exibidos entre 05 e 26 de março de 1966):
1. – The Steel Sky
2. – The Plague
3. – The Return
4. – The Bomb

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