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Entenda Melhor | Capitã Marvel – Referências, Easter-Eggs e as Cenas Pós-Créditos

por Ritter Fan
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Atenção: Este artigo contém gigantescos spoilers do filme e do Universo Cinematográfico Marvel em geral.

Capitã Marvel é o primeiro filme do Universo Cinematográfico Marvel a ter uma super-heroína como protagonista solo, mostrando que, mesmo tardiamente, a Marvel Studios pretende investir em toda a diversidade possível. Não é um dos melhores filmes do UCM, mas é uma obra de origem consistente que introduz uma personagem que tem tudo para ser muito importante para o futuro desse universo compartilhado. Como é costume, há uma boa quantidade de referências na projeção tanto ao UCM quanto aos quadrinhos, das mais óbvias até as mais obscuras e, também como de praxe, nós reunimos todas as que  achamos em nosso tradicional Entenda Melhor pós-filme.

Mas, antes de mergulharmos na mitologia da personagem, que tal ler nossas críticas sem e com spoilers do filme:

Capitã Marvel: Crítica Sem Spoilers

Capitã Marvel: Crítica Com Spoilers

Nosso material reunindo as críticas dos quadrinhos em que Carol Danvers aparece desde coadjuvante sem poderes do Capitão Marvel, passando por Miss Marvel e Binária e chegando na Capitã Marvel pode ser lido aqui:

Carol Danvers: Quadrinhos

Temos, também, uma verdadeira mina com outros artigos sobre easter-eggs de filmes e séries que valem ser conferidos. Aqui:

Entenda Melhor: Easter-Eggs

Ou, mais do que tudo isso, que tal mergulharmos profundamente em todo o nosso material sobre o Universo Cinematográfico Marvel e além em nosso mega-índice? Basta clicar aqui:

Índice | O Universo Cinematográfico Marvel

Finalmente, venham conosco nesta jornada cósmica por todas as referências e easter-eggs que conseguimos encontrar em Capitã Marvel!

I. Stan Lee

Gostando ou não do filme, é impossível não apreciar e se emocionar (e por emocionar quero dizer o suficiente para estragar os primeiros segundos de filme com um líquido estranho escorrendo dos olhos) com a vinheta de abertura especialmente alterada para homenagear o homem que fez da Marvel Comics o que ela é hoje, criando e ajudando a criar os mais icônicos personagens da editora, seguindo de um “Obrigado, Stan”. Espero que a vinheta seja mantida nos vindouros Ultimato e Longe de Casa.

Além disso, claro, há a tradicional ponta de Stan Lee no filme, que, inteligentemente, ganhou um ingrediente a mais. Nela, vemos Stan Lee lendo e tentando decorar as falas de sua inesquecível ponta em Barrados no Shopping (Mallrats), de Kevin Smith, o que situa os eventos do filme entre 1994 e 1995, já que a obra foi lançada em 1995. Mas o tal ingrediente é a reação de Carol Danvers, que sorri para Lee um sorriso de reconhecimento e de agradecimento daqueles de novamente trazer lágrimas ao espectador.

II. Novos Personagens

Aqui, abordamos todos os personagens que ainda não haviam aparecido no UCM. Os que já apareceram antes nós apenas indicamos abaixo, sem entrar em detalhes, com link para a postagem onde falamos sobre eles.

1. Humanos

Raça inteligente (ou assim me dizem) predominante no planeta Terra, Via Láctea, com tendência a desenvolver meta-humanos e a tornar-se o centro do Universo Marvel.

(a) Carol Danvers / Capitã Marvel
(Brie Larson)

Mais abaixo, haverá um tópico exclusivo abordando em detalhes a origem da Capitã Marvel no filme em comparação com os quadrinhos, além dos demais elementos da carreira de Carol Susan Jane Danvers nas HQs que foram aproveitadas aqui e o que foi completamente inventado. No momento, porém, basta dizer que, depois de ter sua presença assinalada pelo pager misterioso em uma das cenas pós-crédito de Vingadores: Guerra Infinita, a Capitã Marvel é inserida na mitologia do UCM em um retcon de pouco mais de duas horas que estabelece que Nick Fury conhecia a heroína desde meados dos anos 9o. Também aprendemos que seu nível de poder é bastante significativos, capaz de assustar Ronan (se bem que isso não é lá uma tarefa particularmente difícil, não é mesmo?) e de estraçalhar cruzadores espaciais.

A versão que vemos de Carol Danvers, no filme, é uma amálgama de várias versões – ou evoluções – da personagem nos quadrinhos e, enquanto a Capitã Marvel (nunca chamada pelo codinome, aliás) que vemos nas telas tem exatamente o mesmo uniforme das versões mais recentes das HQs, com forte inspiração em suas cores como Miss Marvel dos anos 70 e, claro, no icônico uniforme do Capitão Marvel, ela não é exatamente a mesma personagem dessas versões recentes dos quadrinhos e sim algo novo e único para o UCM, mas que respeita o legado de décadas da personagem.

Carol Danvers apareceu no quadrinhos pela primeira vez em Marvel Super-Heroes #13, de março de 1968 e como Capitã Marvel somente em Avenging Spider-Man #9, de julho de 2012 (edição publicada antes de Capitã Marvel #1, de setembro de 2012, mas que se passa depois dos eventos dessa história).

(b) Maria Rambeau
(Lashana Lynch)

Aparecendo pela primeira nos quadrinhos em Vingadors #246, de agosto de 1984, Maria Rambeau era bem diferente da versão que vemos no filme. Nas HQs, ela é costureira e esposa do bombeiro aposentado Frank Rambeau, com quem teve uma filha, Monica. No filme, claro, Maria é a melhor amiga de Carol, uma grande piloto de aviões e que vive em uma fazenda com sua filha de 11 anos Monica. Seu codinome de piloto é Fóton (Photon), algo que é importante na mitologia dos quadrinhos, mas de sua filha e não dela e que abordarei no tópico imediatamente abaixo.

(c) Monica Rambeau
(Azari Akbar – 5 anos
Akira Akbar – 11 anos)

A simpaticíssima Monica Rambeau, filha de Maria, é a amálgama de duas personagens dos quadrinhos. A primeira e mais evidente delas é a primeira Capitã Marvel (exatamente isso, Carol Danvers não foi a primeira personagem feminina a adotar esse codinome), que surgiu em The Amazing Spider-Man Annual #16, de novembro de 1982, capaz de absorver, emitir e transformar-se em energia de qualquer natureza dentro do espectro eletromagnético. Sua origem não tem relação alguma com o Capitão Marvel original, assim como sua adoção desse codinome. Mais detalhes sobre a personagem podem ser encontrados nessa crítica aqui.

Nos quadrinhos, depois que Monica Rambeau abre mão de seu codinome original em razão do filho/clone do Capitão Marvel, ela adota Fóton (e depois outros, mas que não vêm ao caso), o que imediatamente deixa claro planos futuros da Marvel de trazer Monica, já adulta, como essa personagem, em homenagem ao codinome da mãe. Como Capitã Marvel se passa mais ou menos em 1995 e a pequena Mônica tem 11 anos, isso a coloca como tendo 35 anos em Ultimato. Não que ela vá aparecer no novo filme, mas sim na nova fase pós-Ultimato do UCM. Mas, diferente dos quadrinhos, Carol nunca conheceu Monica quando criança e a amizade entre as duas é apenas, digamos, formal.

Mas eu falei em uma amálgama de duas personagens, certo? Pois bem, lembram-se que o apelido que Carol dá à Monica é Tenente Problema? Esse é exatamente o mesmo apelido que Carol dá à Kit (Katherine Renner), filha de sua vizinha e fã número 1 da Capitã Marvel, na primeira publicação solo de Danvers com esse codinome, escrita por Kelly Sue DeConnick entre 2012 e 2014. Dois coelhos mortos com uma cajadada só!

(d) Pai de Carol
(Kenneth Mitchell)

Joseph “Joe” Danvers (primeira aparição em Ms. Marvel #13, de janeiro de 1978) dá as caras por micro-segundos no filme e seu nome nem  é mencionado. Apenas chamo atenção da presença dele no filme, pois o elemento “família” na biografia em quadrinhos de Carol Danvers é razoavelmente importante e será interessante ver se isso será abordado em eventual segundo filme solo dela.

(e) Nick Fury
(Samuel L. Jackson)

Tenho impressão que todo mundo conhece Nick Fury (primeira aparição em Sgt. Fury and his Howling Commandos #1, de maio de 1963), não é mesmo? Mas essa versão que vemos dele no filme é inesperadamente descontraída e brincalhona, além de ter dois olhos e não fazer ideia da existência de super-seres e vida fora da Terra. Claro que o Capitão América, congelado desde a 2ª Guerra Mundial, já era conhecido, mas, a essa altura do campeonato, talvez muito mais como lenda urbana do que como um nome corriqueiro na seara super-heroística. Abordarei mais sobre Fury para frente neste Entenda Melhor.

(f) Phil Coulson
(Clark Gregg)

Um dos personagens sem poderes mais queridos do UCM, Phil Coulson surgiu em Homem de Ferro e, depois, deu as caras em Homem de Ferro 2, Thor, nos curtas O Consultor e Uma coisa engraçada aconteceu no caminho para o martelo de Thor, finalmente morrendo, pelas mãos de Loki, em Os Vingadores somente para ressuscitar em Agents of S.H.I.E.L.D. para liderar a equipe na série de TV que continua firme e forte até hoje, em sua 6ª temporada. Ele também foi “transposto” para os quadrinhos, hoje fazendo parte do Universo Marvel comum,  o chamado Terra-616.

Coulson, em Capitã Marvel, faz uma ponta como um agente novato diretamente sob o comando de Nick Fury (ou só Fury). Ele é pouco aproveitado, mas sua presença é sempre simpática, mesmo como Skrull…

2. Krees:

Raça nativa do planeta Hala, na Grande Nuvem de Magalhães, que é científica e tecnologicamente mais desenvolvida do que a Terra (ou era, até a revelação da existência de Wakanda, claro) com tendências militarísticas de expansão galática e que nos quadrinhos, assim com no UCM, vieram a Terra há milhares de anos e fizera experimentos com a raça humana, criando os Inumanos no processo. Os Krees podem ter pela azul ou rosada (ou branca), com o primeiro grupo sendo considerado a elite dominante. Eles apareceram nos quadrinhos pela primeira vez em Quarteto Fantástico #65, de agosto de 1967 e, no UCM, no episódio 1X14 (T.A.H.I.T.I.) de Agents of S.H.I.E.L.D., depois em Guardiões da Galáxia, Guardiões da Galáxia Vol. 2 e, agora em Capitã Marvel.

(a) Yon-Rogg
(Jude Law)

Nos quadrinhos, Yon-Rogg foi o primeiro vilão do Capitão Marvel, tendo surgido em Marvel Super Heroes #12, de dezembro de 1967, como o comandante da nave Helion, enviada para a Terra pela Suprema Inteligência Kree. Ele tem inveja de Mar-Vell, seu subordinado e ciúmes de Una, namorada de Mar-Vell e isso o leva a bater de frente com o herói Kree que passa a adotar a Terra como planeta de residência. No clímax do confronto entre os dois, a máquina conhecida como psyche-magnitron explode matando-o e fundindo o DNA de Mar-Vell ao de Carol Danvers, o que um dia a faria desenvolver poderes e a vestir o manto de Miss Marvel, iniciando sua carreira como super-heroína.

No filme, há grandes paralelos com o Yon-Rogg dos quadrinhos. Apesar de ele nunca ter posado como “bonzinho” nas HQs, ele é o líder da Starforce, tropa de elite Kree que tem Vers (o nome Kree, no filme apenas, de Carol Danvers) sob seu comando. Assim como nos quadrinhos, ele é indiretamente responsável pela origem da Capitã Marvel, depois que ele abate a nave pilotada por Danvers e Mar-Vell e Danvers destrói a fonte de energia do motor, o que lhe dá os poderes (uma máquina explodindo dá os poderes a Danvers assim com nos quadrinhos). Além disso, ele é o primeiro vilão do único personagem do UCM até ter o codinome Capitã(o) Marvel.

(b) Suprema Inteligência
(Annette Bening)

Também conhecido como Supremor, a Inteligência Suprema Kree, que surgiu nos quadrinhos em Quarteto Fantástico #65, de agosto de 1967, é uma inteligência artificial com aparência de Medusa composta pela literal inteligência de todas as grandes mentes Krees, absorvidas depois de mortos. Ele é o líder do povo Kree nos quadrinhos e uma das entidas responsáveis pela criação do Cubo Cósmico ou Tesseract, como é conhecido no UCM.

O conceito da Inteligência Suprema não é explicada em detalhes no filme, mas fica claro que ela é uma inteligência artificial que comanda os Krees ou pelo menos o lado militar da força Kree. Mas, diferente dos quadrinhos, ela se manifesta para os Krees como aquilo que cada um mais admira e, no caso de Danvers, a Suprema Inteligência vem na forma da Dra. Wendy Lawson, secretamente a identidade da Kree Mar-Vell.

(c) Mar-Vell / Dra. Wendy Lawson
(Annette Bening)

Nos quadrinhos, Mar-Vell (surgido em Marvel Super-Heroes #12, de dezembro de 1967) é um capitão Kree sob o comando de Yon-Rogg que tem como missão infiltrar-se em uma base militar da Terra, o que ele faz sob a identidade do Dr. Walter Lawson. Ao longo de suas aventuras, ele vai se afeiçoando pela Terra, conhece Carol Danvers e enfrenta Yon-Rogg e diversas outras ameaças, ganhando novos poderes (inicialmente ele não tem nenhum que não seja a fisiologia naturalmente mais forte e resistente dos Krees), como voo, habilidade de soltar rais pelos punhos e, mais tarde, a consciência cósmica. Em uma de suas aventuras ao lado de Carol Danvers, a máquina Kree psyche-magnitron explode, fundindo seu DNA com o de Carol e transformando-a, depois, em Miss Marvel.

No filme, Mar-Vell tem seu gênero alterado e é vivido por Annette Bening que passa anos perante o Projeto P.E.G.A.S.U.S., disfarçada de Dra. Wendy Lawson, para desenvolver um motor que permita viagens na velocidade da luz tendo como fonte de energia o Tesseract, ou Cubo Cósmico. Seu objetivo é permitir o fim da guerra Kree-Skrull, transformando seu motor em instrumento para os Skrulls acharem um novo lar. As diferenças entre os personagens Mar-Vell dos quadrinhos e do filme são substanciais, mas a essência é mantida: Carol e Mar-Vell são amigos, Mar-Vell é uma Kree infiltrada inicialmente sob a desculpa de uma missão Kree, mas contra a qual ela acaba se rebelando e é em um embate tripartite entre ela, Carol e Yon-Rogg que Carol acaba ganhando seus poderes.

Nos quadrinhos, Mar-Vell morre de câncer em uma das mais belas graphic novels mainstream já escritas. No filme, porém, ela é morta por Yon-Rogg, no que considero uma oportunidade desperdiçada de um desenvolvimento futuro na mesma linha da graphic novel.

P.s.: Eu sei que a imagem acima da atriz é dela como a Suprema Inteligência, mas foi a melhor que achei!

(d) Starforce

Nos quadrinhos, Starforce é uma equipe formada pela Inteligência Suprema durante a saga Operação Tempestade Galática (Vingadores #346, de abril de 1992) para fazer seu trabalho sujo. Os integrantes originais eram, além de uma versão humanoide do Supremor, Capitão Atlas, Doutora Minerva, Ronan o Acusador, Ultimus, Korath o Perseguidor e Shatterax. No filme, a equipe é uma tropa de elite militar dos Kree comandada por Yon-Rogg, tendo Vers (Carol Danvers) no grupo, além dos seguintes membros:

(d.1) Korath
(Djimon Hounsou)

Korath (ou Korath-Tak, nome Kree completo dos quadrinhos) já apareceu no UCM em Guardiões da Galáxia como o primeiro oponente que o Senhor das Estrelas enfrenta. Nos quadrinhos, ele surgiu em Quasar #32, de março de 1992. Mais sobre ele, aqui.

(d.2) Bron-Char
(Rune Temte)

Aparecendo nos quadrinhos em Capitão América Vol. 3 #8, de agosto de 1998, Bron-Char é um enorme Kree muito mais forte do que a média de seus pares (que já são mais fortes do que os humanos) e foi responsável por quebrar o escudo triangular do Capitão América (era um empréstimo do museu Smithsonian na época). Ele foi membro da Legião Lunática (segunda formação) nos quadrinhos e não da Starforce. No filme, ele é barbudo e acha Korath objetivamente bonito.

(d.3) Minn-Erva
(Gemma Chan)

Minn-Erva ou, como é mais comumente conhecida nos quadrinhos, Doutora Minerva (primeira aparição em Capitão Marvel #50, de maio de 1977), é uma geneticista Kree que se torna inimiga de Mar-Vell, chegando até mesmo a sequestrar Rick Jones. Mais tarde, ela passa a fazer parte da Starforce, usando um uniforme semelhante ao de Miss Marvel.

(d.4) Att-Lass
(Algenis Perez Soto)

Att-Lass, ou Capitão Atlas, como é conhecido nos quadrinhos, apareceu pela primeira vez em Quasar #9, de abril de 1990 como um militar membro da Starforce, fazendo posteriormente par com Minn-Erva.

(e) Soh-Larr
(Chuku Modu)

Nos quadrinhos, Soh-Larr é um Kree extremamente poderoso que, durante a Guerra Kree-Skrull, apaixona-se por uma Skrull. Sua primeira aparição foi em Novos Vingadores Vol. 4 #4, de fevereiro de 2016. No filme, ele é o Kree que precisa ser exfiltrado de Torfa, mas que já fora assimilado pelos Skrulls. É interessante notar que os Skrulls sabiam da palavra código secreta de Soh-Larr, o que os Krees reputavam impossível. Com base nisso, é possível especular que o Soh-Larr do filme também se apaixonou por um Skrull e contou seus segredos, não?

(f) Ronan, o Acusador
(Lee Pace)

Vilão principal de Guardiões da Galáxia, Ronan volta aqui para uma ponta. Mais sobre o vilão, aqui.

3. Skrulls

Aparecendo nos quadrinhos pela primeira vez em Quarteto Fantástico #2, de janeiro de 1962, os Skrulls são uma raça alienígena humanoide da galáxia de Andrômeda de aparência reptiliana e pele verde capaz de alterar sua forma para a de qualquer ser ou objeto. Nos quadrinhos, ele se originaram da manipulação de raças pelos Celestiais e têm parentesco com os Eternos, que serão objeto de filme do UCM. No filme, essa habilidade característica é reduzida para a alteração de forma para qualquer vida baseada em carbono. É a primeira vez que eles aparecem no UCM.

(a) Talos

Bem diferente da versão que vemos no filme, Talos, que teve sua primeira aparição em Incrível Hulk #418, de junho de 1994, nasceu sem a habilidade de alterar sua forma, mas acabou desenvolvendo super-força e durabilidade. No filme, ele é o líder de um pequeno grupo de Skrull refugiados com plena habilidade de se metamorfosear.

(b) Skrulls Originais

Quando Carol está tentando fugir da nave Skrull, ela se depara com uma sala com alguns Skrulls diferentes, menores e de olhos esbugalhados. Em tese, esse momento seria sem importância, mas como eu não acredito em coincidências, tenho para mim que essa foi uma homenagem à primeira aparição dos Skrulls nos quadrinhos, em Quarteto Fantástico #2, em que eles foram retratados pelo mestre Jack Kirby. Curiosamente, esses primeiros Skrulls acabaram sendo hipnotizados e transformados em vacas, para viverem uma vida de paz na Terra. Confesso que eu achei que algo parecido aconteceria com eles ao final de Capitã Marvel, mas foi melhor que não tenha acontecido.

(c) Super-Skrull

Eu sei que estou forçando a barra, mas foi simplesmente instintivo ligar aquele Skrull particularmente enorme que Carol enfrenta e despacha com facilidade na nave Skrull com o famoso Super-Skrull – ou K’lrt – que, nos quadrinhos, absorve os poderes do Quarteto Fantástico de maneira definitiva. Será que um dia veremos o personagem no UCM?

4. Flerkens

Raríssima raça alienígena lovecraftiana que se parece com um gato da Terra, capaz de acessar “dimensões de bolso” localizadas dento de seu corpo, além de poder lançar tentáculos com bocas repletas de dentes. Ou seja, uma simpatia…

(a) Goose

Carol Danvers, nos quadrinhos, tem um gato desde sua época de Miss Marvel (ok, mais precisamente quando Miss Marvel passou a ter sua segunda publicação solo, em 2006) quando ela, no universo de Dinastia M, utiliza aleatoriamente um gato que encontra como “arma” contra o vilão Warren Traveler. Até aí, apesar de estranho tudo bem. O gatinho é adotado por ela, sendo batizado de Chewie (de Chewbacca, claro).

Somente muitos anos depois, mais precisamente em 2014, com Miss Marvel já como Capitã Marvel, é que o gato é retconado como um Flerken quando Carol se encontra com os Guardiões da Galáxia e o guaxinim (não é um guaxinim!!!) Rocket quase tem um treco quando vê o bichano, fazendo de tudo para matá-lo (sem sucesso, claro). No filme, Chewie é Goose, uma referência ao amigo de Maverick em Top Gun e, claro, ele é um Flerken igualzinho ao dos quadrinhos, inclusive sendo usado como “arma” diversas vezes antes de descobrirem a natureza do bicho como Carol faz na primeira vez em que o vemos nos quadrinhos.

Se eu tivesse que apostar, diria que Goose é que derrotará Thanos e não a Capitã Marvel ou os Vingadores…

III. A Origem da Capitã Marvel

Como mencionei no começo desse artigo, o roteiro do filme soube pinçar diversas ideias de toda a carreria editorial de Carol Danvers, desde sua primeira aparição ainda nos anos 80, até sua transformação em Capitão Marvel em 2012. Portanto, decidi reservar um espaço para lidar com tudo aquilo que achei interessante pontuar. Vamos lá?

Como nos quadrinhos:

  • Carol Danvers ganha seus poderes a partir da explosão de uma máquina Kree durante uma luta que envolve Mar-Vell e Yon-Rogg;
  • Um dos aspectos mais interessantes de sua primeira aparição como Miss Marvel é ela não saber quem exatamente ela é e ter furos de memória. O assunto perda de memória volta mais tarde quando seus poderes e sua memória são absorvidas pela mutante Vampira e, mais tarde ainda, quando ela sacrifica sua memória para salvar a Terra. Portanto, o fato de ela não ter memória de sua vida na Terra no começo do filme foi a maneira encontrada para trabalhar esse tema tão presente na vida de Carol Danvers;
  • Também como parte de sua vida, Carol tem pesadelos constantes, algo visto no filme;
  • A questão de sua identidade, cerne do filme, também se faz presente em Invasão Secreta;
  • Ao final, quando ela derrota a Inteligência Suprema, Carol “destrava” mais poderes, ganhando cabelo de fogo, a habilidade de voo e raios bem mais poderosos em uma alusão à sua persona Binária que absorve poderes de um buraco branco;
  • Como Binária, Carol destrói, nos quadrinhos, o planeta-natal da Ninhada em uma demonstração de poder parecida com o momento em que ela destroi parte da armada de Ronan no filme;
  • Como Binária e também depois como Capitã Marvel, ela decide peregrinar pelo espaço, exatamente como o filme acaba;
  • Um de seus apelidos nos quadrinhos é Ace (ou Ás) e, no filme, ele é usado por Mar-Vell;
  • Uma de suas personas super-heroísticas é Warbird nos quadrinhos com um uniforme branco, preto e cinza que ganha alusão de leve quando Carol e a pequena Monica estão escolhendo as novas cores não-Kree que ela passará a usar;
  • Nos quadrinhos recentes, ela usa a jaqueta de couro em cima de seu uniforme, como ao final do filme;
  • A linha narrativa das mulheres que não podem voar em combate, regra da aeronúatica americana que caiu em 1993, é usada em detalhes no primeiro volume de Capitã Marvel, escrito por Kelly Sue DeConnick, inclusive com a criação da personagem Helen Cobb, piloto pioneira do passado de Carol;
  • Carol, em sua juventude, frequentava um bar de pilotos muito parecido com o Pancho’s do filme.

IV. Outras Inspirações dos Quadrinhos

1. A Guerra Kree-Skrull

Uma das bases em quadrinhos para Capitã Marvel é um dos mais famosos e importantes arcos dos Vingadores, A Guerra Kree-Skrull, publicada em Vingadores (Vol. 1) #89 a 97, entre 1971 e 1972. Na história, que determina fortemente a rivalidade ancestral entre os Krees e os Skrulls, os Vingadores são pegos no fogo cruzado e têm que lidar com a situação com a ajuda do Capitão Marvel. A história não envolve Carol Danvers ou Miss Marvel, até porque a Miss Marvel nem existia ainda. Cliquem no link da crítica da história acima nesse parágrafo para entenderem a importância do arco para o Universo Marvel em quadrinhos.

No filme, essa rivalidade é o pano de fundo que somos levados a acreditar como fato. No entanto, em uma reviravolta, é revelado que os Krees querem mesmo é exterminar os Skrulls, cometendo genocídio. Os Skrulls, por sua vez, querem um planeta como lar, depois da destruição de seu planeta-natal. Mar-Vell vinha ajudando os Skrulls nesse intento, com a tentativa de desenvolvimento do motor que permite viagem na velocidade da luz.

Mas isso não quer dizer que os Skrulls são todos bonzinhos, como comento imediatamente abaixo…

2. Invasão Secreta

Ao final do filme, a impressão que temos é que os Skrulls são todos eles bonzinhos, vítimas da opressão Kree, que só querem um novo lar. Ao mesmo tempo, Talos diz que há muitos Skrulls espalhados pelo universo. A chance de todos serem tão simpáticos quanto ele são pequenas.

E porque digo isso? Por que uma das sagas que os fãs mais querem ver adaptadas no UCM é Invasão Secreta, em que os Skrulls põem em prática um plano de dominação da Terra que inclui metamorfosear-se como pessoas do alto escalão do governo, além de alguns super-heróis. Diria que a saga ainda está na mesa de possibilidades de Kevin Feige.

V. UCM

1. Nick Fury

De certa maneira, Capitã Marvel é um filme de origem tanto da personagem-título quanto de Nick Fury, o misterioso líder da S.H.I.E.L.D. responsável pela reunião dos Vngadores. Querem provas disso? Então tomem:

  • É no filme que ele descobre que o universo está cheio de raças alienígenas que podem ser ameaças para a Terra;
  • É também no filme que ele abre seus olhos (he, he, he…) para a existência de meta-humanos;
  • É inspirado nesses dois pontos que ele inaugura a Iniciativa Vingadores, com o nome sendo retirado do codinome de piloto de Carol Danvers: Avenger. Nos quadrinhos, vale um parênteses, esse codinome de Carol é Cheeseburger, mas não ficaria bacana batizar a iniciativa de Iniciativa Chesseburger, pelo que os roteiristas fizeram essa mudança benigna;
  • É aqui que descobrimos finalmente com Fury perde um olho. Nada de estilhaço de granada como nos quadrinhos. Ele é atacado ferozmente por um monstro alienígena. MUITO melhor;
  • Aprendemos como Fury tem aquele pager modificado anti-Thanos ao final de Guerra Infinita.

2. Tesseract

Cronologicamente, a primeira vez que o Cubo Cósmico, ou Tesseract apareceu no UCM antes de Capitã Marvel foi em Capitão América: O Primeiro Vingador. Depois de Capitã Marvel, ele aparece já com a S.H.I.E.L.D. em Os Vingadores. O filme, portanto, faz a ponte e revela como o objeto que contém a joia do espaço foi parar com a agência de espionagem.

Mas, mais importante do que isso, o filme deixa claro que os poderes da Capitã Marvel vêm da joia do espaço, tornando-a a primeira heroína da Terra a ganhar poderes a partir de um desses poderosos objetos. Mais tarde, Mercúrio e a Feiticeira Escarlate tem seus poderes ou despertados ou ganhos da joia da mente e o Visão, depois, ganha vida e poderes por essa mesma joia.

3. Projeto P.E.G.A.S.U.S.

Lembram-se daquela gigantesca instalação subterrânea em Os Vingadores, onde o Tesseract se encontra. Trata-se do Projeto P.E.G.A.S.U.S., cuja dimensão exata fica mais clara agora em Capitã Marvel, ainda que ele já tenha sido mencionado em outros filmes (começando por Homem de Ferro 2) e em Agents of S.H.I.E.L.D.

4. Linha temporal

Capitã Marvel é um gigantesco retcon que introduz um novo personagem retroativamente na continuidade do UCM. Mas será que a linha temporal dos filmes sofreu com isso? Tenho para mim que não e esse é um dos triunfos do filme. Sim, temos que aceitar que Fury e Coulson mantiveram tudo em absoluto segredo, mas isso não é tão difícil assim de acreditar. Temos que também aceitar que Carol ficou 2o e tantos anos no espaço depois dos eventos do filme, mas isso ainda poderá ser explicado em detalhes.

O uso do Tesseract no filme pode levantar sobrancelhas, mas mesmo isso é razoavelmente tranquilo e funciona mais ou menos assim:

(a) Em Capitão América: O Primeiro Vingador, ele é achado pelo futuro Caveira Vermelha e acaba no fundo do Oceano Atlântico;
(b) Howard Stark o acha no fundo do Oceano Atlântico como também é visto no primeiro filme do Capitão América;
(c) Stark o pesquisa já dentro do Projeto P.E.G.A.S.U.S.;
(d) O objeto continua no projeto nos anos 80, quando Mar-Vell, infiltra-se por lá;
(e) Em algum momento antes de 1989, ela furta o Tesseract e o esconde em sua nave em órbita na Terra;
(f) Em Capitã Marvel, o Tesseract é encontrado:
(g) O Flerken o engole;
(h) A Capitã pede para Fury ficar com o Tesseract na Terra;
(i) O Flerken o regurgita na escrivaninha de Fury;
(j) Fury o leva para a S.H.I.E.L.D. para ser pesquisado; e
(k) Ele aparece em Os Vingadores.

Deixei algo de fora?

VI. Planetas (além da Terra, duh!)

1. Hala

Hala é o planeta central do Império Kree, surgido nos quadrinhos em Capitão Marvel #1, de maio de 1968. Ele foi mencionado em Guardiões da Galáxia e Agents of S.H.I.E.L.D. e já apareceu em Guardiões da Galáxia Vol. 2.

2. Torfa

Nos quadrinhos, Torfa é um planeta para onde vão refugiados de inúmeros planetas destruídos em razão das ações dos Construtores na saga Infinito. Foi introduzido por Kelly Sue DeConnick em Capitão Marvel Vol. 8 #2.

No filme, Torfa tem uma função parecida, pois é lá que Skrulls refugiados se encontram, com a Starforce indo ao seu encalço.

VII. Anos 90

1. True Lies

Na loja da Blockbuster (era uma locadora de vídeo, gente!) onde a Capitã Marvel cai, ela estoura um stand – mais especificamente a cara de Arnold Schwarzenegger – de True Lies, filmaço de James Cameron de 1994, mais uma vez situando os acontecimentos principais entre 1994 e 1995.

2. Os Eleitos

Outro filmaço que dá as caras na Blockbuster, com Carol pegando o VHS duplo (duas fitas dentro de uma caixa, já que o filme não cabia em uma só, gente!) é Os Eleitos, de Philip Kaufman, contando o começo da Corrida Espacial. Esse ela pode ter assistido antes de perder a memória, já que é de 1984.

3. Blockbuster

Talvez o símbolo maior dos anos 90, a Blockbuster situa o filme perfeitamente em sua década, dando aquelas estranhas saudades em gente idosa como eu que tinha que sair de casa para “pegar filme” em locadora. Mas que fique claro: eu detestava a Blockbuster em si e só visitava locadoras de bairro. Afinal, a gigantesca franquia azul e amarela foi responsável pela destruição do mercado de locação de dezenas de pequenas lojinhas e só tinha um punhado de filmes em sua limitadíssima biblioteca. Confesso que fiquei até feliz em ver o Netflix pisotear a Blockbuster no final das contas…

4. Radio Shack

Até onde eu saiba, essa loja nunca existiu no Brasil, mas, nos EUA, ela era o símbolo máximo de eletrônicos em geral. Outro nome importante para enquadrar o filme na década de 90.

5. Internet discada

Quem nunca viveu a era da internet discada… tem muita sorte… Ô coisa desgracenta aquela… E a Capitã Marvel, ainda por cima, teve que se virar com essa “super-tecnologia” e usar a finada ferramenta de busca AltaVista, que achava tudo, menos o que queríamos…

6. AOL

Quem se lembra da AOL? Pois os roteiristas do filme não se esquecem e usam o nome do provedor de internet e e-mail quando Carol questiona Fury para descobrir se ele é ou não um Skrull.

7. CD-Rom

Tecnologia de ponta novamente! Horas para carregar o conteúdo dos CD-Roms… Mas era bem melhor que os disquestes, porque sim, eu peguei a era dos disquetes…

8. Telefones públicos

Arqueologia: telefones públicos eram aparelhos colocados em logradouros públicos – em cabines nos EUA e em “orelhões” no Brasil – que fingiam que faziam ligações para qualquer lugar com o uso de fichas (por aqui). Existem ainda em alguns lugares, normalmente quebrados.

9. Game Boy

O simpático console portátil é aparentemente extremamente poderoso, já que Carol o utiliza para dar um boost no sinal do telefone publico e conversar com Yon-Rogg em outra galáxia.

10. Lazer Tag

Fury diz para Carol que o uniforme dela parece o que é utilizado em Lazer Tag. E não, eu não errei a grafia. E “lazer” com Z mesmo, pois essa era uma marca famosa de “laser tag” nos EUA justamente na década de 90.

11. Nerf

Minn-Erva tenta matar Carol com uma arma Nerf. He, he.

12. Um Maluco no Pedaço

A série favorita de Carol e Maria? Ora, claro que era Um Maluco no Pedaço!

13. O Silêncio dos Inocentes

É um gato, não Hannibal Lecter, diz Fury sobre Goose sem ainda ter ideia que aquilo ali obviamente não era um gato…

14. Smashing Pumpkins

Há um pôster de Mellon Collie and the Infinite Sadness do Smashing Pumpkins na vitrine da loja de discos (sim, isso existia!) ao lado do telefone público que Carol usa no começo do filme para comunicar-se com Yon-Rogg.

15. Guns n’ Roses

Nas fotografias e pertences antigos de Carol, é possível ver que a personagem era fã do Guns n’Roses, com direito a foto com a camiseta deles e até um ingresso de show.

16. Nine Inch Nails

As roupas civis de Carol incluem uma camiseta do Nich Inch Nails. Impossível não notar!

17. Street Fight II: Champion Edition

Viram esse jogo lá no bar que Carol frequentava? O único detalhe é que ela aparece jogando em 1989 (ou antes) e o jogo só foi lançado em 1992.

18. Canções

As canções usadas no filme não são exatamente referências e não são inseridas na narrativa como em Guardiões da Galáxia, mas todas funcionam muito bem para estabelecer o momento temporal em que a ação principal do filme se passa, ou seja, meados de 1990, mais precisamente 1995. Segue a lista de faixas:

Whatta Man – Salt-N-Pepa
Connection – Elastica
Only Happy When It Rains – Garbage
Crush With Eyeliner – R.E.M.
Waterfalls – TLC
You Gotta Be – Des’ree
Come as You Are – Nirvana
Just a Girl – No Doubt
Man on the Moon – R.E.M.
Celebrity Skin – Hole

O único detalhe que notei é que Come as You Are toca quando Carol é capturada pela Starforce e está dentro da realidade virtual da Inteligência Suprema. Como é explicado que a música foi retirada de seu subconsciente, mas ela deixou a Terra em 1989, com a canção tendo sido lançada em 1991 como parte do clássico Nevermind, ela não poderia conhecê-la.

VIII. Outra Ponta

Acho muito bacana quando outros autores de quadrinhos têm a oportunidade de aparecer em adaptações cinematográficas ou televisivas de suas criações. Foi assim como Ed Brubaker em Capitão América: O Soldado Invernal, Chris Claremont em The Gifted e, agora, Kelly Sue DeConnick em Capitã Marvel. Se você conhece a autora (vide foto acima), é impossível não vê-la em uma sequência logo depois que Stan Lee aparece, na saída do metrô elevado que a Capitã pega para ir atrás do Skrull. Danvers chega a esbarrar na autora que é responsável por nada menos do que a transformação da personagem em Capitã Marvel, no primeiro título solo da heroína com esse codinome, em 2012.

IX. Cultura Pop

1. The Marvelletes
(Please, Mr. Postman)

Sei que passei pelo tópico de músicas já, mas essa aqui merece destaque não só pelo nome do trio, como também pela performance de Nick Fury para Carol Danvers. Ah, e porque eu adoro essa canção!

2. Mallrats

 

Já mencionei isso quando falei de Stan Lee no primeiro tópico do artigo, mas vale relembrar: em sua ponta, ele lê e o roteiro de Barrados no Shopping (Mallrats), onde fez uma famosa ponta que pode ser conferida no vídeo acima. Isso coloca o filme como tendo sua ação principal passada entre 1994 e 1995, além de fazer a bela brincadeira de a ponta dele ser a preparação para outra ponta (e colocar o filme de Kevin Smith como existente dentro do UCM!).

3. Merendeira = revólver; Tesseract = cannoli

Quem fez a conexão imediata de “Leave the lunchbox, take the Tesseract.” com a clássica frase “Leave the gun, take the cannoli.” de O Poderoso Chefão levanta o dedo! Quem não fez a conexão, tome tenência!!!

X. Paralelo Bíblico

Carol, que muda de lado ao longo do filme, decide, ao final, ajudar os Skrulls a achar um novo lar. Sabe quem mais que mudou de lado fez isso, mas só que com o povo judeu que fugia do Egito em busca da Terra Prometida? Moisés. É, pois é… Superman é Jesus, a Capitã Marvel é Moisés.

XI. Cenas pós-créditos

1. Vingadores: Ultimato

A primeira cena pós-crédito é completamente auto-explicativa, então não vou perder tempo. Fury chamou e, como prometido, Carol Danvers chegou. E perguntando direto por ele. Quero ver só os Vingadores explicarem o que aconteceu antes que ela comece a chutar as bundas de todos ali… Um detalhe é que essa cena parece ser do próprio Vingadores: Ultimato, potencialmente dirigida já pelos Irmãos Russo.

Seja como for, reparam no uniforme alterado dela, com mais detalhes (feios) em dourado nos ombros? Será que veremos mais modificações? E será que Goose ainda está por aí?

Mas o mais bacana dessa cena pós-crédito é sua simetria com Capitão América: O Primeiro Vingador. Tanto lá como aqui, estamos falando do filme que leva diretamente a um filme do super-grupo. E, nos dois casos, temos heróis “fora de seu tempo” com as cores dos EUA. E o primeiro anunciava a liderança do Capitão. Agora, pode ser que outro capitão – ops, capitã – tome o posto de líder.

2. “Bola de pelos” Tesseract

Se não havia muito o que falar sobre a primeira cena, o que dizer dessa segunda em que vemos Goose regurgitar o Tesseract em cima da mesa de Fury? Divertida, com certeza, mas nada demais como a cena da formiga gigante tocando bateria em Homem-Formiga e a Vespa.

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E é tudo o que achamos, pessoal! Viram mais alguma coisa? Erramos algo? Têm alguma teoria? Mandem para cá e vamos conversar!

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