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Fora de Plano #27 | Natal de 2016

por Luiz Santiago
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Pois é, tudo começa e você nem percebe. Com atos simples, como você estar em uma loja com sua amiga Gorete e ela querer levar para casa uma fofura de Mulher Maravilha em miniatura, apenas… porque sim. Coisas simples. E você nem percebe.

Então você está andando pela rua e… do nada, como se tivessem aparatado diretamente do Polo Norte (?), dezenas de guirlandas natalinas, pinheiros e muito vermelho e verde invadem as ruas. Juntamente com Simone e seu obrigatório “então é Natal…“, instituída como a única canção natalina que irá sobreviver em caso de ataque nuclear ao planeta, conforme previsto pela Lei Federal da Terra nº25 do ano 1 d.C.

Você pisca o olho e logo todo o Universo parece piscar de volta, com luzes coloridas, algumas neuroticamente rápidas e outras lentas, beeeeem lentas. Um gordinho simpático vestido de vermelho, com barba branca e falando HOHOHO torna-se a figura mais encontrada nas portas de estabelecimentos; certos produtos (inclusive aqueles que você nem lembrava mais que existiam) surgem como mágica nas prateleiras dos Supermercados. E as pessoas… bem… a maioria das pessoas ficam diferentes. Chegou o Natal.

Desde que eu consigo me lembrar, tenho um amor incontrolável pelo Natal, a minha data favorita do ano, depois do primeiro dia das minhas férias do trabalho ( 😎 ). É como se eu tivesse sido uma rena na encarnação passada. Ou um duende. Ou o próprio Papai Noel, vai saber. O fato é que das cores às músicas insuportáveis; às tiazinhas sacoleiras da rua 25 de Março; às estranhas gentilezas de conhecidos e estranhos; aos presentes; ao fato de nos escondermos para não participar de mais nenhum amigo secreto; às comidas e à oportunidade de ver de camarote as crianças (e alguns adultos) tirando uva-passa da comida são alguns dos prazeres mais legais que só essa data é capaz de trazer.

Quem vai se esquecer da sensação de acordar no dia 24 de dezembro e já sentir a casa inteira cheirando diferente? Cheiro de uma dúzia de comidas distintas e a temperatura geral do ambiente uns cinco graus a mais do que fora da casa… Quando eu era criança, era o dia que podíamos fazer de tudo, porque os adultos estavam ocupados demais para dar bronca e prestar atenção em nós. Pois é. Vocês percebem que todos os clichês e melações do Natal são perfeitamente justificáveis diante da quantidade de doçuras, memórias e novas histórias que a data nos traz? E mesmo que em um ano ou outro o Natal não tenha sido bom em nossas vidas (quem nunca passou por isso?), os anos em que a data vem com as “vacas gordas” renovam aquele amor natalino julgado adormecido.

Para uma temporada caótica como a de janeiro-dezembro de 2016, uma data como o Natal vem para nos dar uma injeção cavalar e necessária de clichês bonitinhos, deliciosas amenidades, lufadas de bobagens, ócio, meio quilo a mais na balança e uma sensação quase perdida de que há muita beleza e felicidade concentrada em algumas horas de um dia específico do ano para a gente deixar passar. Por isso, vai aqui o meu caloroso FELIZ NATAL a todos os leitores, amigos, parceiros, colunistas e editores do Plano Crítico! Um gigantesco abraço de urso-Noel-eletrônico em cada um de vocês!

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