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Lista | Top 10: As Melhores Mortes em Filmes de Terror

por Iann Jeliel
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Mortes
  • A lista contém SPOILERS de vários filmes de terror, além de imagens perturbadoras de mortes não recomendadas para menores de 18 anos e para os mais sensíveis.

O Halloween/Dia das Bruxas finalmente está entre nós! E para quem segue as tradições, sabe que esta data e filme de terror são praticamente sinônimos. Inclusive, passamos outubro inteiro trazendo pelo menos uma crítica de filmes do gênero por dia, na nossa sexta versão do quadro anual de Outubro do Terror. Nada mais justo do que encerrarmos este mês especial com uma lista especialmente difícil de fazer: um top 10 com as melhores cenas de mortes da história do cinema de terror!

Calma, antes que esse título chame a atenção demais, é preciso ressaltar que, como qualquer outra lista, essa está de acordo apenas com a MINHA opinião (até porque fui o único colunista participante), ou seja, não tem qualquer caráter definitivo. Apesar da pessoalidade, selecionei alguns critérios para tornar a seleção um pouco mais objetiva e nem tão aleatória, embora na hora da classificação o aspecto subjetivo do impacto pessoal que cada cena me causou tenha sido mais determinante. Mas seguimos com os critérios:

  • A cena precisa ser de um filme que eu ache minimamente bom. Já vi muita tranqueira slasher, principalmente, que contém ótimas cenas de mortes em filmes horríveis. Entre ótimas mortes desses filmes e ótimas mortes de filmes bons, os bons prevalecem;
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  • Só é levada em consideração a morte de personagens pelos vilões, nunca o contrário. Ou seja, nenhuma morte de assassinos, demônios, monstros e vilões semelhantes foi considerada;
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  • Só são consideradas cenas com mortes de poucos personagens. Por isso que, por exemplo, a cena do baile de Carrie: A Estranha não entra, ou a chacina em Fome Animal. É muita morte ao mesmo tempo. Preferi colocar um filtro de no máximo dois personagens morrendo explicitamente numa mesma cena;
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  • As mortes não necessariamente precisam ser mostradas. Às vezes, a pior morte é aquela que você não vê, mas imagina como foi;
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  • Na lista principal não foram permitidos mais de um filme por franquia, e também foi evitado ao máximo repeti-los nas menções honrosas;
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  • Quanto mais importante a morte for para os acontecimentos na história, mais à frente ela está na lista. Quanto mais icônica, mais criativa, também.

Obviamente, não vi todos os filmes de terror do mundo, então possa ser que alguma morte tenha faltado porque eu nem tenha visto o filme, no fim das contas. Portanto, está liberado comentar quais mortes possam ter faltado na lista, mas claro, comente com respeito e deixando a sua lista de mortes favoritas do terror. Sem mais delongas, vamos à lista!
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Menções Honrosas

Como é muito difícil selecionar só 10 mortes, ficam aqui mais 10 menções honrosas de mortes que quase entraram para a lista principal, mas ficaram de fora por detalhes (seguindo a ordem da colagem de imagens):

  • O “anjo” feito de tripas, de O Silêncio dos Inocentes: a morte mais icônica de Hannibal Lecter no cinema;
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  • “Qual seu filme de terror favorito?”, de Pânico: falei que evitei colocar mais de uma vez uma mesma franquia até nas menções honrosas, mas essa morte simplesmente não tinha como ficar de fora;
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  • O suicídio misterioso, de A Profecia: a primeira morte do “capirotinho” do Damien a gente não esquece;
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  • Calabouço sangrento, de A Morte do Demônio 2: a forma como Sam Raimi disse para a gente que essa continuação seria ainda mais exagerada que o primeiro filme.
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  • A madeira no olho, de Zombie – A Volta dos Mortos: cenas que envolvem olho no geral são perturbadoras, mas essa aqui é a campeã de todas, mesmo estando num filme não tão bom assim;
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  • A cabeça congelada, de Jason X: primeiramente, eu gosto de Jason X, e tinha que ter Sexta-Feira 13 em algum lugar nessa lista. Pra mim, essa é de longe a morte mais criativa da franquia;
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  • De explodir a cabeça, de Scanners, Sua Mente Pode Destruir: uma morte simplesmente tão icônica que virou um meme mais forte do que seu surtado filme de origem;
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  • Devorado por um tubarão branco, de Tubarão: muito difícil escolher entre essa explícita e a banhista no início do filme que só morre sem a gente ver. Optei por essa por ser mais tensa ainda, visto o clímax sensacional desse filmão do Spielberg;
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  • Matando a irmã, de Halloween: a melhor morte da franquia Halloween foi justamente a primeira. Emblemática por ser na perspectiva do vilão e por dar todo o clima sinistro da ameaça de Michael Myers para toda a franquia:
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  • Despedaçado em cubinhos, de Cubo: nem a franquia Jogos Mortais tem armadilhas tão criativas quanto esse brilhante filme independente, e essa primeira morte é só um gostinho do que os personagens terão que enfrentar.

OBS: Considerem a imagem capa da matéria, em que consta a morte inicial do filme Suspiria (1977), como uma menção honrosa especial também.
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10° Lugar:

Pendurada no gancho, de O Massacre da Serra Elétrica (1974)

Mortes

Um dos filmes de terror que mais me deixou perturbado na pré-adolescência foi o primeiro O Massacre da Serra-Elétrica. E olha que é um longa com poucas mortes, mas as que tem são extremamente icônicas e perturbadoras pelo enorme senso realístico da câmera do realizador Tobe Hooper. De todas elas, acho que a moça pendurada no gancho é a mais chocante. Ela é pendurada ali de modo cru e demora um tempo até morrer, o que só nos deixa mais angustiados e quase tendo a mesma sensação que ela de estar pendurada como um mero pedaço de carne.
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09° Lugar:

Pegando um bronze forte demais, de Premonição 3

Mortes

Eu adoro como a franquia de Premonição imagina mortes idiotas com acontecimentos cotidianos plausíveis. Nos seus melhores momentos, acho que ela cria um senso até paranoico no espectador com basicamente qualquer coisa, como um caminhão de troncos na estrada ou uma escada rolante quebrar e te esmagar. Mas de todas as mortes que essa franquia apresentou, a única que realmente criou esse senso de paranoia em mim foi a cabine de bronzeamento artificial. Assisti ao filme também na minha adolescência, e desde então, não que tenha criado medo dessas cabines, mas desconfio fortemente delas a ponto de não deixar ninguém próximo a mim cogitar entrar em uma.
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08° Lugar:

Engolido pela cama, de A Hora do Pesadelo (1984)

Mortes

Wes Craven talvez seja a mente mais criativa na elaboração de mortes icônicas do terror. Basicamente a franquia A Hora do Pesadelo é feita para comprovar isso, na qual ele utiliza o lúdico mundo dos sonhos para inventar as mortes mais malucas possíveis com o Freddy Krueger. Foi extremamente difícil selecionar só uma aqui pra lista, tal como não foi possível para a franquia Pânico. Cada filme da franquia pelo menos merecia uma menção, fora outras desse primeiro, como a icônica contorção no teto de casa. Apesar da dificuldade, acho que a mais icônica é essa de Johnny Depp engolido pela cama, demonstrando bem qual o território mais hostil a se ficar quando se encara o Freddy Krueger.
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07° Lugar:

A barriga com fome, de O Enigma de Outro Mundo

Mortes

A partir daqui entraram mortes que não só estão na lista pelo fator morte, mas também por toda a construção de tensão da cena até chegar nela. John Carpenter dá uma aula de manipulação de eventos, e quando menos esperamos, a sanguinolência come solta. O médico em questão não chega a ter uma morte imediata com o arrancar de seus braços, mas ele morre por isso, então a imagem daquela barriga se abrindo e o pegando desprevenido vale como uma, porque é difícil de se tirar da mente.
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06° Lugar:

As correntes, de Hellraiser: Renascido no Inferno

Nem acho o primeiro Hellraiser tão bom assim. Depois que revisitei há um tempo, alguns aspectos cinematográficos soaram bastante datados em termos de linguagem. Contudo, algo que nunca envelhecerá nesse filme é o sentimento de completo repúdio a essa morte das correntes. Imageticamente, poucas coisas que vi são tão agoniantes e perturbadoras, principalmente porque a cena não esconde nada do processo, mostrando cada gancho o prendendo e esticando sua pele lentamente até o personagem virar uma completa deformidade simplesmente assustadora.
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05° Lugar:

O cinema, de Pânico 2

Uma introdução que consegue ser ainda mais brilhante que a introdução pela ligação do primeiro filme. É outro nível de exercício metalinguístico. Enquanto Maureen e seu namorado discutem pormenores do papel dos negros em filmes de terror, o que nos coloca a dúvida se o diretor vai mesmo matar os personagens logo no início do filme ou se vai subverter os clichê, há uma tensão à espreita em qualquer lugar, porque todos estão vestidos de Ghostface, ou seja, o assassino, se aparecer, pode ser qualquer um ali. E é uma cena que matura até quando pode, talvez sendo o riso de nervoso mais intenso da sétima arte que se finaliza de forma apoteótica com todos do cinema aplaudindo a primeira morte no filme que está passando, encenando o primeiro, e ao mesmo tempo no atual da morte de Maureen no meio do povo. Simplesmente incrível!
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04° Lugar:

A possessão de Caleb, de A Bruxa

A Bruxa é um clássico moderno, e muito disso se deve a essa cena, que confronta o final de O Exorcista – que já adianto, não está aqui porque a morte do padre eu acho bem anticlimática – como a melhor cena de possessão da história do cinema de horror. É desesperador, a família completamente impotente sem saber como proceder com o filho implorando por um deus que os abandonou ao destino iminente que ele traçou quando todos ali pecaram. Ao mesmo tempo em que sofre uma morte dolorosa, é ainda mais tenso de acompanhar os gêmeos, a mãe e o pai apontando a filha como a culpada de uma possível bruxaria. É uma cena simplesmente inesquecível, de tensão de altíssimo nível de imprevisibilidade, no meio de uma transição perfeita a um horror mais explícito, além de acompanhada de um show de atuações de cada membro do elenco, em especial, Harvey Scrimshaw.
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03° Lugar:

A morte na banheira, de Psicose (1960)

Matar a protagonista no meio do filme? Hitchcock realmente não era um qualquer, o que torna difícil não ter essa morte em qualquer lista desse porte, por mais que na minha primeira experiência, ao já ter levado o SPOILER, ela não foi nem de longe tão impactante quanto outras que mencionei na lista. Mas não importa, porque o que ela representa, seu legado e caráter icônico/representativo, passa da pessoalidade que poderia ter sido enormemente impactante caso não soubesse do acontecido, mas que ainda assim ganha minha apreciação pela sua magistral e inigualável forma como foi construída. Desde os mínimos detalhes da mise-en-scène dando pistas até o momento da virada conduzido pela brilhante trilha de Bernard Herrmann, é uma aula de cinema, e uma aula de como entregar uma morte inesperada até hoje.
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02° Lugar:

Suicídio coletivo, de O Nevoeiro (2007)

Lembra quando eu disse nos critérios que a morte não precisa ser mostrada para ser marcante? Aliás, se fosse mostrada, Frank Darabont poderia ser preso por tamanho sadismo. Contudo, ele é tão bom cineasta que nem precisa mostrar para oferecer o maior nível de desespero possível de sua reviravolta simplesmente arrebatadora. Se já era corajoso terminar o filme com os personagens se matando, com o pai matando o próprio filho por não ter mais esperanças diante do apocalipse, torna-se ainda mais quando o pai que não consegue se matar, tamanho o impacto de ter feito o que fez, decide voltar ao Nevoeiro para deixar que os monstros o matem, mas aí não consegue, porque os militares já haviam tomado conta de tudo, ou seja, ele matou o próprio filho e outras pessoas completamente em vão. Que final e que mortes absolutamente sádicas!
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01° Lugar:

O surgimento do Alien, de Alien: O 8° Passageiro

Lembro até hoje quando assisti a Alien pela primeira vez. Não sabia de nada, nem sequer tinha visto a fisionomia do bicho antes de começar. Foi uma experiência crua e completamente hipnotizante. Ficava esperando ansiosamente sua primeira aparição para conhecê-lo, chegava a pensar ainda naquela clássica cabeçona com olhões entrando a qualquer momento para aterrorizar o povo. Mal sabia eu que não seria nada assim. E uma das cenas que pareciam das mais tranquilas do filme até aquele momento se torna um verdadeiro pesadelo. Do nada, o personagem de John Hurt começa a passar mal… E tcham! O Alien surge de dentro dele, numa das imagens que mais ficaram na memória da minha pré-adolescência maratonando filmes de terror. E revendo, meu apreço por ela só subiu, por toda a construção atmosférica inigualável de Ridley Scott, mais o timing perfeito da surpresa, do impacto e da maneira com que o Alien foi apresentado ao mundo. John Hurt foi um mero sacrifício no caminho, mas inevitavelmente fez a melhor apresentação de um monstro na história do cinema, acompanhada de uma das mortes mais icônicas da sétima arte. Vale o primeiro lugar da lista!

 

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