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Lista | Game of Thrones – 6ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

por Iann Jeliel
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of Thrones
Nota da temporada (não é uma média):

  • Contém SPOILERS. Leia aqui as críticas das demais temporadas e/ou episódios. 

Depois de um acompanhamento semanal com textos por episódio da sexta temporada de Game of Thrones, além de uma crítica completa falando da temporada como um todo, hora de nosso tradicional ranqueamento de episódios, do pior ao melhor, para fechar nossa cobertura do sexto ano de GoT.

Importante ressaltar, que o colunista aqui – vulgo, eu, Iann Jeliel – responsável pelo acompanhamento das críticas, não pode fazer texto de dois episódios dessa temporada na semana em que lançaram, no caso, os episódios seis e oito. Estes ficaram encarregados pelo meu queridíssimo editor Ritter Fan, que certamente teve uma opinião mais dura sobre a temporada do que eu. Sendo assim, até para não haver incongruências, pois um dos episódios eu gostei bem mais do que ele, deixarei o meu comentário de cada nas aspas, ao invés do da sua crítica, que você pode conferir, como a de todos os outros, em seu formato completo clicando no título respectivo de cada episódio.

Por fim, deixem aí nos comentários a classificação de vocês e se possível a sua opinião sobre a temporada como um todo. Agora chega de enrolação e vamos a lista!
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10º Lugar: The Broken Man
6X07

Se olharmos as outras narrativas, vemos que praticamente não há progresso, somente uma confirmação de um conflito que estava para acontecer. Blackfish (Clive Russell) não iria se entregar para a familia Frey e Jaime (Nikolaj Coster-Waldau) como realmente não se entregou e vai rolar briga. Jon Snow (Kit Harington) conseguiria apoio dos selvagens e de alguns poucos do norte, mas não de todos, longe do suficiente, ou seja, a busca continuará para os próximos episódios. Theon (Alfie Allen) continua assombrado, demonstrando apoio a Yara (Gemma Whelan) que tenta torná-lo mais forte. Nada de novo na fronte, mas que essas cenas como em Blood of my Blood fossem mais enérgicas dramaturgicamente.

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9º Lugar: Oathbreaker
6X03

Essa sensação de falso progresso é presente em todos os outros núcleos do episódio. Varys (Conleth Hill) e Tyrion (Peter Dinklage) parecem progredir consideravelmente dentro das distrações e preparações do cenário político de Meeren  para quando Daenerys (Emilia Clarke) voltar, mas a rainha em si, ainda não tem qualquer perspectiva de escapar da enrascada que se meteu, ou pelo menos, não é apresentado nenhuma no episódio. Arya (Maisie Williams), finalmente para de apanhar para a garota, mas parece longe de um fim de treinamento, ou no mínimo, nós como público, estamos longe de ganharmos informações suficiente para projetarmos o que aquilo terá a ver no jogo dos tronos.

Oathbreaker. of Thrones

8º Lugar: The Red Woman
6X01

A organização de tabuleiro parece muito bem definida para ser os passos primários que irão levar aos fins da série. Ao mesmo tempo, tratando-se de um episódio inicial, há poucos movimentos mais ousados de trama, talvez porque pela primeira vez, não há um senso de consequência tão evidente com relação ao impacto do ano anterior, visto que, claramente, as ações perpetuadas por Mother’s Mercy não levaram a nenhum fim prático, comportando-se mais como ponto base de uma virada de chave, que poderia ter sido melhor progredida nesse episódio, embora eu entenda que existe aí uma necessidade de puxar a audiência com certos suspenses.

The Red Woman. of Thrones

7º Lugar: Home
6X02

É verdade que, para quem assistiu direto, não deu nem tempo de sentir a perda de Snow, mas eu sou a favor de seu retorno porque havia toda uma construção crescente de eventos ao seu redor que culminaria no seu protagonismo improvável. Cessar isso pela “surpresa impactante” seria no mínimo um tiro no pé, narrativamente. Porque a falsa morte não foi colocada ali de graça, e Melisandre (Carice Van Houten) foi muito bem posicionada para dar valor a esse evento como a virada de chave definitiva da série para a fantasia – mais até do que Hardhome. Por isso, Bran (Isaac Hempstead Wright), depois de um hiato de mais de uma temporada sem aparecer, finalmente retorna em sua trama com o corvo de três olhos. Seu núcleo precisava acompanhar esse mesmo ponto-chave de transição…

Home.

6º Lugar: No One
6X08

Nesse episódio, eu e o Ritter estamos alinhados, embora seja outro episódio que nas mãos do Mark Mylod se enfraquece em quesito rítmico, o próprio se colocou nessa situação com o anterior forçado a ter de resolver o dobro de coisas nesses que por sua vez preenche o espaço de duração com todo momento algo acontecendo. Gosto especialmente de algumas resoluções, Tommen (Dean-Charles Chapman) encerrando com o julgamento por combate para impossibilitar a mãe (Lena Headey) do julgamento por combate, alternativa que estava sendo sua esperança é o golpe final para a total imprevisibilidade da sua volta por cima. Arya (Maise Williams) desistir de ser “ninguém”, mas não exatamente do manto do “homem sem rosto” faz sentido e o plano dela para se encaixar essas realidades antagônicas é um momento particularmente empolgante, ao lado, é claro, do reencontro entre Brianne (Gwendoline Christie) e Jaime (Nikolaj Coster-Waldau) que não se viam desde a terceira temporada.

No One.

5º Lugar: Blood of my Blood
6X06

Discordando do meu amigo Ritter e sua crítica, eu adorei Blood of my Blood, mais pela forma e preenchimento do conteúdo do que de fato avanços significativos na história. Consequência de uma ótima direção de Jack Bender, que consegue trafegar pelos diálogos e torná-los relevantes tematicamente e dramaturgicamente. A cena do jantar de Sam (John Bradley) é um dos grandes destaques nesse sentido, desenvolvendo a origem da personalidade retraída do personagem e colocando um ponto de virada a confrontar a paternidade num monologar digno das primeiras temporadas. Além de claro, o ápice do núcleo mais interessante da temporada com a derradeira união entre coroa e fé que dá um golpe baixo nos Lannisters e torna o cenário de virada para Cersei (Lena Headey) ainda mais difícil.

Blood of my Blood.

4º Lugar: Book of the Stranger
6X04

Seria muito fácil a partir daí, a fuga acontecer e protelar outro eventual conflito de Dany com os Khals, liderados por Khal Moro (Joseph Naufahu) ser deixado para outro episódio. Ao invés disso, felizmente, tudo é resolvido de prontidão, numa inteligentíssima solução da Targaryen em incendiar a cabana com todos e consigo mesmo dentro, para matá-los queimados em uma cena visualmente maravilhosa. Anteriormente já havia um diálogo bem-posicionado da rainha conversando com as outras Khaleesi’s e inspirá-las a serem independentes, o fechamento com não só elas, mas com todos do vilarejo reverenciando seu poder de sobreviver as chamas do local onde basicamente começou sua jornada, quase como uma divindade, e de fato, a libertação feminina é posicionada pelo roteiro como um feito exaltante nesse universo, finalizando Book of the Stranger no alto nível que GoT merece sempre ter.

Book of the Stranger.

3º Lugar: The Door
6X05

A direção de Bender a partir da instauração da climática, amplifica a claustrofobia da caverna aliando-a ao fato de Bran está desacordado e os demais personagens definitivamente estarem em desvantagem numérica aos zumbis, para elevar a tensão da sequência a níveis sufocantes, digno de colocá-la entre as melhores que Game of Thrones até hoje apresentou. O desfecho com a morte de Hodor (Kristian Nairn) e a explicação da origem da patologia do personagem através do “Hold the Door” transitado entre diferentes temporalidades, fica como a cereja do bolo. Uma explicação que em nenhum momento foi exatamente cobrada ou sequer era necessária para os desdobramentos da trama, mas que sem dúvidas, é uma das soluções mais inteligentes vindas da mente de George R.R. Martin exclusivamente para sua adaptação televisiva…

The Door. of Thrones

2º Lugar: Battle of the Bastards
6X09

É impressionante como a câmera vai circulando Snow enquanto o caos toma conta do seu redor. Num falso plano-sequência, acompanhamos a violência crua das brigas de espadas, choques de cavalos e flechas disparadas, numa mixagem de som perfeita, que nos faz sentir cada um desses barulhos como se estivesse acontecendo do nosso lado, enquanto a câmera vai se fechando à medida que corpos vão sendo empilhados no lamaçal, nos dando cada vez mais o sentimento claustrofóbico de ser cercado pelo sangue. Destaque para a sequência em que Jon é pisoteado, um momento que brevemente nos faz acreditar que está tudo perdido, até a chegada do exército do vale. Um deus ex-maquina previsível, até meio chato pensando que seria mais emocionante que Snow bolasse algum plano surpresa no momento que equilibrasse as coisas, mas que não dá para dizer que não foi satisfatório.

Battle of the Bastards.

1º Lugar: The Winds of Winter
6X10

The Winds of Winter não é um capítulo genuinamente perfeito por conta desses detalhes – deixando claro que apesar da nota máxima, nenhum episódio de Game of Thrones até hoje para mim dispensa alguns problemas –, mas sua execução sequencial de fortes e empolgantes encerramentos cíclicos, alguns pendentes e construídos desde o início da série – o inverno chegou! –, é de uma precisão tamanha que o põem bem próximo e ao lado dos melhores episódios da série. Está tudo bem encaminhado, a ida de Daenerys entre duas coroações e um rei da noite a espreita no som do pianinho de início mixado com a música de abertura de Ramin Djawadi, finalizam a sexta temporada de modo que fica difícil não ficar maluco para ver como irá se desdobrar os capítulos finais das crônicas de gelo e fogo na televisão.

of Thrones

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