Home Colunas Lista | His Dark Materials (Fronteiras do Universo) – 3ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

Lista | His Dark Materials (Fronteiras do Universo) – 3ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

Uma boa série.

por Kevin Rick
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Nota da Temporada

Nessa lista, faço o meu ranking dos episódios, do pior para o melhor, todos com as devidas críticas indicadas para leitura mais expandida. Deixe você também nos comentários a sua lista e diga o que achou, em geral, desta temporada!

 

8º Lugar: The Botanic Garden

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Bem, da minha parte, não ligo muito para a rachadura romântica dos jovens, principalmente pela série nunca ter criado esse laço com os personagens. Para mim, me pareceu um amor súbito para vermos um desfecho de coração partido, que, de certa forma, vai na contramão das mensagens de ousadia e de amor que a história sempre passou. Por outro lado, há uma perspectiva interessante a ser analisada a partir do drama de amadurecimento nas entrelinhas do show, sobre o primeiro amor perdido, sobre se tornar adulto, sobre consequências para nossas ações e para um final corajoso ao evitar as reticências de fábulas. Sobretudo, achei um epílogo chato, arrastado e muito meloso para o tom melancólico e crítico do capítulo anterior, mas tudo é amarrado, há seus destaques emotivos e suas mensagens bonitas. Enfim, um bom desfecho para uma boa série, mas nada de especial a ser encontrado.

7º Lugar: The Break

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A Faca Sutil quebrando foi um twist curioso, porém. Levanta algumas questões e deixa no ar como irão derrotar a Autoridade e seu regente. Os pontos positivos estão mais no núcleo de Asriel, da hierarquia e conflitos internos dos Anjos e nas estratégias de batalha. Mitologia cativa, enquanto a narrativa é moderadamente agradável. Vamos ver como esse conflito se desenvolverá e como tudo se encaixa nas profecias.

 

6º Lugar: The Enchanted Sleeper

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Em suma, aprecio a escala e a abordagem cheia de mitologia dos primeiros capítulos, até porque este Universo é extremamente rico em termos de lore, apesar de Thorne explorar de maneira rasa as diversas simbologias/metáforas para religião, fé, teologia e ciência que rondam o material original.  Aliás, as cenas com o Magisterium são o suprassumo da obviedade com fanatismo religioso, não? Falta sutileza. No entanto, meus problemas principais são de ordem narrativa, e muitos deles são cacoetes que sinto na série desde o início.

5º Lugar: The Intention Craft

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Pode ser um efeito tanto de um mérito dramatúrgico da produção quanto uma reação a como Childs não tem qualidade com uma história de aventura e exploração, seja por sua narrativa burocrática, seja pela distribuição ruim de tempo entre núcleos – ainda é possível ver esse problema aqui nas aparições arbitrárias e desconjuntadas da Mary Malone. Toda a construção da Terra dos Mortos, porém, é louvável, desde aquela fotografia amarelada até o sentimento mundano do cenário, com filas, salas de espera e locações de concreto. É, sem dúvidas, um espaço mórbido, como deveria ser. Veremos como é o “outro lado”.

 

4º Lugar: Lyra and Her Death

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Mas o destaque, claro, fica com a separação entre Pan e Lyra. Ainda que Dafne Keen peque um pouco em sua falta de latitude dramática, temos um momento emocionantemente arrasador, seja pela metáfora espiritual com a quebra entre corpo e alma, seja os laços genuínos que são quebrados quando Lyra escolhe Roger. Adoro quando a série dá consequências às escolhas impulsivas de Lyra. Veremos se o sacrifício valeu a pena.

3º Lugar: No Way Out

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No Way Out e The Abyss lidam principalmente com Lyra e Will na Terra dos Mortos, com os jovens buscando uma forma de salvar Roger e tantas outras almas perdidas e aprisionadas em um “mundo” sem emoção. A direção de arte e a fotografia deste cenário são relativamente simples em sua abordagem meio cinzenta/monocrática num palco rochoso, mas é visualmente eficiente para transpassar a sensação de morte e solidão desse purgatório. Muitos enquadramentos fechados, performances fantasmas efetivas – achei que o ator-mirim do Roger mandou muito bem -, diálogos secos e muitas metáforas sobre História ajudam a construir bons momentos dramáticos.

2º Lugar: The Abyss

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O fato de que relembrar o passado ajuda a combater os monstros deste mundo é um artifício infantil que achei interessante, se vinculando a veia coming of age que a série me passa às vezes. É didático na mesma medida que é charmoso. Sinto, porém, que pela despedida de Lee e do pai de Will não terem sido bem construídas, suas aparições acabam deixando de carregar uma profundidade emotiva, mas é bonito ver o encontro dos personagens, ainda mais por conta do tom melancólico que a narrativa ganha nesse espaço.

 

1º Lugar: The Clouded Mountain

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Minha maior crítica ao clímax épico de The Clouded Mountain acaba sendo essa sensação de correria para finalizar a rebelião e mover a história para o epílogo de The Botanic Garden, aludindo ao Jardim do Éden (mais dele à frente). Mas, como sempre, se o espetáculo não é necessariamente fantástico, His Dark Materials mantém uma qualidade eficiente para a finalização de arcos. É tudo bem fechadinho dentro da mitologia e profecia da história, com destaque para o fechamento dramático de Marisa e Asriel, que acabam confrontando suas respectivas amoralidades, defeitos e o amor um tanto ambíguo e perturbado que sentem por Lyra, misturado com desprezo e inveja. No final, resta o sacrifício, como a narrativa sempre indicou.

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