Home ColunasLista | The Walking Dead: Dead City – 2ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

Lista | The Walking Dead: Dead City – 2ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

A tortura continua.

por Kevin Rick
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Nota da Temporada

Vou evitar gastar mais teclado com Dead City, considerando que essa temporada repete os mesmos erros da franquia nos últimos anos e consegue apresentar um segundo ano com ainda mais problemas em decisões incoerentes, situações implausíveis, personagens mal desenvolvidos, uso inexistente do gênero de terror e uma narrativa cheia de conveniências preguiçosas, tudo desaguando em um desfecho safado que propõe uma aliança entre Maggie e Negan como salvadores do novo mundo. Nessa lista, faço o meu ranking dos episódios, do pior para o melhor, todos com as devidas críticas indicadas para leitura mais expandida. Deixe você também nos comentários a sua lista e diga o que achou, em geral, desta temporada!

 

8º Lugar: The Bird Always Knows

2X05

The Bird Always Knows é uma sucessão de decisões estúpidas mesmo para o nível medíocre de Dead City. É aquele tipo de episódio que te passa raiva, que te deixa abismado com a preguiça da equipe criativa por trás dessa franquia. Logo de cara, temos um bloco inicial com Negan precisando negociar com Christos. Até aí tudo bem, com uma sequência funcional que inclui até um momento superficialmente interessante quando Negan nota que a gangue de Christos protege diversas pessoas vulneráveis. Mas o que começa a acontecer com esse capítulo a partir do momento que o Croata traí a nova aliança com uma emboscada é de dar medo. As coisas vão degringolando de uma tal forma que fico com vontade de parar de acompanhar a série aqui.

 

7º Lugar: Bridge Partners Are Hard to Come by These Days

2X06

Por fim, Bridge Partners Are Hard to Come by These Days é outro episódio com zero senso de urgência, nenhum uso criativo dos zumbis ou do gênero de horror, e mais tentativas falhas de expansão de mitologia (notem como as facções, o metano, a ideia de uma nova civilização, tudo não importa mais em meio a melodramas ruins). Para mascarar a falta de imaginação, temos outra escolha despirocada e quase cômica à la o divertido canhão de zumbis: um urso atacando Maggie e Hershel. Soa tão bobo quanto parece, com uma sequência muito mal pensada – seja logicamente, com ninguém ouvindo o animal; seja espacialmente, com uma direção fraca da própria Lauren Cohan em uma luta mal ensaiada; seja contextualmente, com a presença do bicho soando como um obstáculo deslocado que não agrega em nada. Os zumbis viraram enfeites mesmo, ein? Vamos ver quais tragédias vamos assistir nas próximas semanas…

 

6º Lugar: If History Were a Conflagration

2X08

Entre uma redenção forçada e uma heroína escolhendo agir com nobreza, ganhamos um desfecho que vai contra a natureza desse universo para voltarmos à máxima “vingança é ruim”. É incrível como essa série roda, roda e roda para sempre chegar na lição moral do Seu Madruga. Aqui, a vítima da vez é Ginny, que até protagoniza a cena mais intensa e trágica da temporada, mas que serve apenas para a epifania de uma Maggie que mata todo mundo, menos o assassino do seu marido. Já não há surpresa nem crescimento, apenas repetições do mesmo desgaste entre os protagonistas, que terminam o ano prontos para reconstruírem o mundo juntos, com direito a voice-over e montagem do cenário destruído que irão reerguer. Só faltou eles beijarem.

 

5º Lugar: Novi Dan, Novi Početak

2X07

Infelizmente, o desfecho do capítulo volta para a história principal, com um gancho safado na aparição de Dama (que direção péssima no seu ataque “surpresa” à Maggie) e o estabelecimento de uma guerra entre facções que não têm motivações substanciais, que não têm bons personagens para nos importamos, tampouco uma construção narrativa até aqui que torne o clímax minimamente chamativo. Duvido muito que a direção vá entregar algo de grande qualidade também, e aposto que os zumbis serão, outra vez, nota de rodapé, sem falar no tal metano que virou papo esquecido. A verdade é que eu gostaria de ver a franquia voltando ao que a fez ser boa, algo que vemos em curtos vislumbres desse episódio.

 

4º Lugar: Power Equals Power

2X01

Em miúdos, o episódio todo é uma preparação para termos xerifes lutando contra motoqueiros por conta de uma fonte de combustível que a grande maioria dos personagens não parece ligar. Seria até um conceito curioso se TWD fosse mesmo numa veia de balbúrdia, mas sabemos que o encaminhamento aqui é outro, com melodramas e uma construção de mundo frágil, reciclando elementos de outras guerras entre comunidades que tivemos ao longo dos anos. Olhando o lado positivo, penso que as interações entre Maggie, Ginny e Hershel são interessantes do ponto de vista dramático, além de que o conflito em si tem potencial de ser divertido se a direção souber explorar a cidade abandonada e o caos em torno disso tudo (não apostaria nisso, porém). Apesar de chato e indiferente, Power Equals Power faz um trabalho eficiente de organizar o tabuleiro, trazendo um conflito relativamente curioso e quem sabe a oportunidade para a produção explorar o gênero do terror (a falta de zumbis segue sendo um problema), mas de maneira geral é um capítulo que “promete” mais uma temporada medíocre dos derivados da franquia.

 

3º Lugar: Why Did the Mainlanders Cross the River?

2X03

Why Did the Mainlanders Cross the River? não é de todo ruim, sendo uma ponte entre os eventos cacofônicos da semana passada com o que devemos ver na briga entre diferentes grupos em torno do metano. O drama de Maggie e Hershel também segue funcionando de maneira razoável, da mesma forma que a presença de um Negan gradualmente se tornando seu passado sombrio ajuda a manter a história curiosa, principalmente se ele passar a rasteira em todo mundo. A paciência do roteiro, porém, resvala demais na inércia e na repetição, com uma trama que anda a passos curtos, agravada por uma direção péssima nas cenas de terror e muitos elementos genéricos na construção desse novo enredo que é similar demais à temporada de estreia.

 

2º Lugar: Feisty Friendly

2X04

Tentando se desviar dos problemas – e eu me esforço bastante para ver valor nessa série -, Feisty Friendly tem sim boas ideias nessa trama de velho mundo vs novo mundo que são de muitas formas extremamente semelhantes, com Hershel no centro da discussão e do projeto da antagonista principal. Mais uma vez, não compro por completo as motivações do garoto e seu estranho relacionamento com Dalma, mas o drama familiar da traição dele à Maggie segue me mantendo curioso desde que foi revelado – a participação de Ginny nesse trama também é interessante. O entorno do conflito é fraco, com pouco envolvimento visual, com pouco nível de tensão e com repetições dramáticas pouco atrativas para um público cansado com a franquia, mas vamos ver o que deve acontecer à medida que essas alianças sucumbirem, quem sabe com um ritmo melhor. O que quero mesmo ver é Negan arrebentando a cabeça dessa mulherzinha que segue ameaçando sua família sempre que pode.

 

1º Lugar: Another Shitty Lesson

2X02

É do lado de Maggie que as coisas realmente me surpreenderam. O twist de Hershel como traidor já estava meio óbvio, mas a maneira como é preparado, com a cena final e uma atuação incrivelmente devastadora de Lauren Cohan (a melhor cena escrita para ela em anos, desde a série principal) elevaram muito o drama da série. Não sei se as motivações do garoto serão orgânicas ou se a produção terá coragem de ser sombria com esse arco, mas definitivamente chamou minha atenção. Ginny é outra personagem relativamente curiosa, lembrando um pouco aquele Carl determinado, maduro e violento da série original. Já estou calejado com TWD, então não vou criar expectativas, mas Another Shitty Lesson é um bom episódio. Diferente do capítulo anterior, me senti mais investido com Maggie, Hershel, Ginny e Negan, além de uma possível balbúrdia com xerifes, gangues de motoqueiros e bazucas de zumbis ter um potencial de entretenimento ligeiro. Falta muita coisa aqui para a série realmente sair da mediocridade, com pouco suspense, quase nada de terror, direção melodramática, um roteiro cheio de conveniências e frágeis conceitos narrativos no entorno dos personagens principais, mas quem sabe Dead City entrega mais episódios como esse.

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