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Lista | Top 10: Melhores Álbuns do Black Sabbath

por Handerson Ornelas
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Eis que uma das bandas mais importantes da história vem ao Brasil essa semana para sua última turnê! Tony Iommi, Ozzy Osbourne e Geezer Butler se juntam ao baterista Tommy Clufetos (substituindo Bill Ward) afim de despedir dos palcos em grande estilo na longa turnê The End, passando pelo Brasil nos dias 28 e 30 de novembro (Porto Alegre e Curitiba) e 2 e 4 de dezembro (Rio de Janeiro e São Paulo). E você achava que isso passaria despercebido aqui no Plano Crítico? Analisamos a discografia completa dos precursores do metal e fizemos o veredito dos 10 melhores álbuns da banda! Confira e aproveite nossa lista logo abaixo!
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10° Lugar: Never Say Die!

Há uma enorme discussão por trás de Never Say Die! e um profundo sentimento de ódio por alguns fãs, sendo um álbum elaborado durante uma época turbulenta, marcada por brigas e máximo uso de drogas pelos membros. Aqui vai um resumo: pouco antes da gravação do disco, Ozzy se demitiu, Savoy Brown e Dave Walker (Fleetwood Mac) entraram e passaram a trabalhar no disco, Ozzy decidiu voltar, fez birra que não queria cantar as composições de Walker, as canções foram recompostas e sobrou até pra Bill Ward cantar… ufa! Complicado né? No fim, terminou sendo o último trabalho da banda com Ozzy nos vocais, pelo menos até o retorno deste em 13. Mas a verdade é que Never Say Die! é uma obra subestimada, ofuscada pelas “tretas” de sua gravação. Apesar de possuir uma segunda metade confusa, se mostra uma obra enérgica, divertida e eclética (há influências até do amor de Iommi pelo Jazz).
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09° Lugar: Vol. 4

Quem imaginaria naquela época escutar uma balada romântica como Changes vindo da banda que até então evocava letras sombrias e instrumentais tão barulhentos? Black Sabbath resolveu arriscar em duas ou três faixas de Vol. 4 – como as belas Changes, Fx e Laguna Sunrise – e isso seria essencial para a mudança de sonoridade nos álbuns que viriam a seguir, mas em essência Vol. 4 é uma repetição do modelo apresentado nos três discos anteriores, só que desta vez com uma produção mais garageira e bem irregular (primeiro trabalho sem Rodger Bain de produtor, com Iommi assumindo esse papel). É justamente essa produção fraca que faz o disco perder parte de seu brilhantismo, embora notoriamente mostre um compilado de ótimas canções do grupo.
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08° Lugar: 13

Após fases extremamente vergonhosas na década de 90 com o vocalista Tony Martin (onde nada da essência original da banda permanecia, a banda nem se chamaria Black Sabbath se não fosse por pressão da gravadora) finalmente Ozzy, Iommi e Butler se reuniram de volta nos estúdios, com apenas Bill Ward quebrando a formação original, se recusando a retornar devido a brigas contratuais, sendo substituído por Brad Wilk do Rage Against The Machine. Bem, foi o suficiente para lançar possivelmente o melhor trabalho da banda desde Heaven & Hell (1980), recapturando tudo que havia de mais assustador, pesado e impactante na trilogia de discos inicial do grupo. God Is Dead, single ganhador de Grammy, é simplesmente uma das mais emblemáticas execuções da banda, ela sozinha já garantiria fácil a posição de 13 aqui.
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07° Lugar: Technical Ecstasy

“Subestimado” resume bem Technical Ecstasy. Apesar de contar com provavelmente a PIOR capa da história (para aqueles que não entenderam, se trata de dois robôs fazendo sexo, segundo Ozzy), seu conteúdo é muito competente, recheado de canções espetaculares que foram esquecidas ou apenas desconhecidas por grande parte dos fãs. Claro, mesmo o álbum sendo de 1976, os anos 80 começavam a aparecer por ali na forma de sintetizadores, baladas melódicas e demais aspectos do hardrock oitentista. Só que o trabalho passa muito longe dos exageros dessa época, fazendo um brilhante uso dessas ferramentas como pouca banda soube fazer. Como não adorar o hino It’s Alright e seu conjunto de cordas inesperado? As batidas enlouquecidas de Gipsy? O que dizer do clima assustador e épico de You Won’t Change MeTechnical Ecstasy pode parecer um trabalho descompromissado por ser bem mais leve que seus antecessores, mas presenteia o ouvinte com surpreendentes canções.
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06° Lugar: Sabotage

Gravado em um período onde a banda passava por problemas com o empresário Patrick Meehan, Sabotage foi o título escolhido em resposta aos problemas que o grupo vinha passando, “sendo atacados e sabotados por todas as frentes”, segundo Iommi. O álbum possui um balanceamento excelente do peso característico da trilogia inicial de discos e a nova fase, mais experimental e complexa, introduzida em Vol. 4 e Sabbath Bloody Sabbath. Uma surpresa atrás da outra com arranjos inspiradíssimos resume o excelente sexto trabalho da banda. Depois das distorções pesadíssimas e claustrofóbicas de Hole In The Sky o ouvinte é jogado (literalmente) nas cordas leves e pacíficas de Don’t Start (Too Late), voltando novamente às distorções em Symptom Of The Universe, faixa que logo toma um caminho drasticamente mais melódico e experimental em sua metade. Esse é o nível de imprevisibilidade do disco, um dos maiores méritos dessa obra magistral.
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05° Lugar: Sabbath Bloody Sabbath

Eu diria que talvez o álbum mais “refinado” do Black Sabbath, cheio de riffs limpos e arranjos polidos, se preocupando menos com a distorção e fuzz das guitarras e mais com a execução técnica do excelente instrumental. Sabbath Bloody Sabbath segue a fundo a direção que a banda começava a tomar em Vol. 4, apostando bastante em linhas melódicas claras e concisas, assim como arranjos mais complexos, inserindo inclusive teclados e sintetizadores. Além disso, também demonstra uma evolução técnica e maturidade dos membros (principalmente Ozzy, que aqui entrega algumas de suas melhores performances vocais na banda). Provavelmente o disco de melhor produção da banda, muito bem gravado e remixado, deixando nítido um cuidado enorme para com a clareza das belíssimas cordas e sintetizadores.
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04° Lugar: Master Of Reality

A partir de agora começamos a entrar naquela que considero a trindade santa do metal: os três primeiros e impecáveis álbuns do Black Sabbath, uma trilogia de nível altíssimo musical e revolucionário. Master Of Reality é aquele prato feito pra quem ama riffs ferozes com distorções empoeiradas e pesadas até no talo. É o pilar máximo da fundação do stoner rock e doom metal, uma aula de como manter o que deu certo nos dois álbuns anteriores e ao mesmo tempo amplificar aqueles riffs em algo ainda mais grave e diferente (graças a Iommi que modificou o tom da guitarra pra produzir um som ainda mais pesado, tendo o apoio de Geezer Butler, que fez o mesmo para o baixo e entregou linhas de baixo espetaculares). Master Of Reality foi essencial para a chegada de um novo patamar de rock pesado, separando as crianças dos homens.
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03° Lugar: Black Sabbath

Clássico. O disco que começou tudo. O heavy metal nascia ali através daquelas surpreendentes distorções de guitarra de Iommi, inovadoras para aquele tempo. Gravado em apenas um dia (tendo efeitos inseridos posteriormente), contou com uma série de acasos que levariam à criação de uma obra-prima. SE Iommi não tivesse desenvolvido uma técnica diferente após um acidente com seus dedos e SE Butler não tivesse tido a epifania de fazer “música de terror” inspirado nos filmes de horror da época, nada disso teria acontecido. Desde a capa, passando pela tempestade e badalar do sino introdutório, até o surgimento da guitarra horripilante e a declamação assustadora da letra, temos um trabalho que soube sonificar a sensação de medo como poucos. Sua importância é tamanha que, além de fundar um estilo gigantesco, continua a influenciar demais gêneros até hoje. Mas o debut não se sustenta somente por sua importância, mas também por sua execução sensacional que não deixa a peteca cair em nenhum momento, mostrando pancada atrás de pancada, canções pesadas, técnicas e densas dentro de sua atmosfera assustadora.
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02° Lugar: Heaven & Hell

Ok, preciso dizer que acho a passagem de Dio pelo Black Sabbath um tanto superestimada, mas ele deixou essa beleza aqui, que é o suficiente para calar minha boca. É a banda se reinventando da melhor forma possível, sem perder sua essência. O ano era 1980 e uma nova fase do heavy metal começava, naquele mesmo ano o mundo viria a contemplar a estreia de uma certa banda chamada Iron Maiden. Como dito, sai Ozzy e entra Dio, vocalista que entrega toda a fúria e técnica vocal máxima que já havia mostrado na banda Rainbow. Heaven And Hell é alvo de debates até hoje, há quem diga que não há nada do velho Black Sabbath ali e há quem diga que a banda soube arriscar, conquistar uma nova gama de fãs e mostrar evolução. O inegável é a qualidade enorme das composições, a fúria, peso e velocidade fantásticos presentes nos arranjos, sendo considerado por muitos uma das maiores obras do gênero.
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01° Lugar: Paranoid

Paranoid, Iron Man, War Pigs, Fairies Wear Boots e tantos outros marcos! Você realmente achava que havia alguma chance do primeiro lugar não ser esse disco? Ozzy entrega uma das maiores interpretações já vistas no rock, Tony Iommi entrega um pacote de riffs e solos memoráveis, Bill Ward simplesmente destrói na bateria e Butler permeia um groove inacreditável entre os riffs, além de escrever letras de deixar muitos ouvintes apavorados. Lançado em 1970, assim como o disco homônimo de estreia, Paranoid é aquela sequência que vem com o pé na porta ampliando tudo de majestoso que havia no trabalho original. Naquele ano onde os Beatles anunciavam que o sonho havia acabado, o Black Sabbath começaria a preencher esse vácuo com uma nova era do rock, dessa vez bem mais densa, técnica e brutal.

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