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Lista | Top 10: Os Melhores Episódios de Game of Thrones

por Iann Jeliel
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Game of Thrones
  • spoilers da série inteira. Leia aqui todo nosso material sobre a série.

Há dez anos, mais especificamente em 17 de abril de 2011, estreava o piloto de Game of Thrones, série que seria um dos grandes fenômenos televisivos da última década. Mesmo que tenha minhas opiniões controversas acerca do legado que a adaptação literal de As Crônicas de Gelo e Fogo de George R.R Martin tenha deixado (especialmente pela sua fatídica temporada final), é inegável que ela teve seus momentos. Portanto, no clima de aniversário, um apaixonado por listas como eu – e único colunista participante do artigo – não poderia deixar essa oportunidade em branco. E assim, proponho aqui uma lista rememorando os melhores episódios da série, sob critério misto entre relevância do episódio na série e, logicamente, meu gosto pessoal como definidor principal.

Desse modo, assim como qualquer lista, essa não tem qualquer caráter definitivo. Convido vocês leitores a deixarem seus particulares episódios favoritos abaixo nos comentários, além de falarem do seu sentimento com relação à obra televisiva Game of Thrones como um todo. O meu, como dito, não é dos melhores, mas isso é um papo para outro texto, agora é o momento de lembrar o que a série teve de melhor, portanto, peço para que leiam os comentários de cada posição – alguns pegos das críticas de cada temporada -, justificando a presença do episódio na lista. Sem mais delongas, vamos ao ranking.
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Menções Honrosas

1X10 – Fire and Blood: “A faísca do lado mitológico aparecendo pela primeira vez na forma de um primeiro dragãozinho. Fora isso, essa é outra das várias grandes season finale da série que sabem lidar muito bem com as repercussões do final estrondoso dos ‘episódios 9’ e que organizam ganchos futuros empolgantes.”

2X09 – Blackwater“Relutei consideravelmente em por esse episódio nas menções. Das grandes batalhas da série, talvez seja a menos empolgante pra mim, embora refrescando a memória, gosto dessa Game of Thrones mais estratégica quando sua forma buscava algo mais político, e nesse caso, serviu bem para economizar visualmente o espetáculo e torná-lo mais envolvente nos bastidores isolados que o envolvem.”

4X10 – The Children“A finale da melhor temporada da série não poderia ficar de fora. Perseguição eletrizante entre Bran (Isaac Hempstead-Wright) e os White Walkers, uma batalha épica entre Brienne (Gwendoline Christie) e o Cão (Rory McCann), a morte na banheira de Tywin (Charles Dance), dentre outros vários momentos sensacionais.”

5X10 – Mother’s Mercy: “Certamente o episódio mais apelativo da série em termos de choque gráfico, mas um apelo que funciona pela construção bem definida da tríade em decadência na temporada. Daenerys (Emilia Clarke) perde tudo, Jon Snow (Kit Harington) “morre” e Cersei (Lena Headey) é humilhada em praça pública. É difícil não ficar impactado com esses acontecimentos num final de temporada.”

7X04 – The Spoils of War“O último episódio verdadeiramente bom de Game of Thrones e que compensou anos de espera para ver os dragões atuando de fato contra os Lannister. É uma batalha e tanto e seria ainda melhor se terminasse com a morte de Jaime (Nikolaj Coster-Waldau), o que se acontecesse, deixaria o episódio entre os 10. Como não, a menção está de ótimo tamanho.”


10° Lugar: The Lion and the Rose

4X02

Pelo nível sádico do casamento vermelho no storytelling, era necessária uma resposta rápida ao grande acontecimento, vinda, olha só, de mais um casamento. Por mais que seja o início de temporada, e geralmente Game of Thrones não se dá ao luxo de elaborar tensões climáticas em seus primeiros episódios, fica muito claro que algo vai dar errado ali, considerando não só a maior duração do núcleo, como também as pequenas pistas deixadas no caminho que poderão apontar os culpados da vítima final, no caso, o inescrupuloso Joffrey (Jack Gleeson). A tensão é construída como um prato de recompensa, e vale cada minuto ver a morte explícita do personagem mais odiado da série, com o bônus do gancho de saber que depois dali, o núcleo dos Lannnister entraria em caos.

Game of Thrones

9° Lugar: Hardhome

5X08

Se a quinta temporada pouco tocava no lado fantasioso aflorado pelo final da passada, repentinamente, no meio do ápice da tensão interna da Patrulha da Noite, uma batalha eletrizante e visualmente impressionante da primeira aparição prática dos White Walkers na série traz enfim a ação que ela precisava para derrubar aquele ritmo moroso e tedioso dos demais episódios. Fechada em si só, essa batalha compensa a ótima construção da ameaça elaborada pelas temporadas anteriores e ainda compensa a falta de uma revanche como batalha final digna que nunca houve.

Game of Thrones. Game of Thrones

8° Lugar: The Door

6X05

O mistério do objetivo de Bran em algum momento foi um dos mais envolventes da série, e certamente seu ápice foi nesse episódio. Sem ter como se defender pela falta de exército ao seu lado e ainda tendo que descobrir os segredos do corvo de três olhos enquanto é enrascado pelos White Walkers, o capítulo intercala as temporalidades valorizando a tensão de cada uma de forma complementadora. A intersecção fica na inesperada origem de Hodor (Kristian Nairn) com a fantástica cena do “Hold the Door”. Sem dúvidas, uma das soluções mais inteligentes vindas da mente de George R.R. Martin, exclusivamente para sua adaptação televisiva. Confira a critica do episódio aqui.

Game of Thrones

7° Lugar: Baelor

1X09

É o momento em que todos souberam que Game of Thrones não era qualquer série. Matar o protagonista só pode ter sido previsível se você soubesse o histórico do ator Sean Bean e seus personagens que não duram muito, porque na fantasia específica isso não acontece ao acaso. O melhor é ver toda a construção o manipulando sentimentalmente a crer que ele de alguma forma vai escapar daquele destino cruel, para mesmo assim, conseguir chocar com brilhantismo quando não ocorre. Episódio icônico!

Game of Thrones.

6° Lugar: Battle of the Bastards

6X09

Vale mais pelo espetáculo visual do que construção em termos de roteiro. Somente por isso não está mais à frente na lista. Falta um tanto mais daquele senso de estratégia dos exércitos anteriores. Incompetência de Jon Snow à parte em cair direitinho na armadilha do Ramsay Bolton (Iwan Rheon), a forma como o episódio consegue o transportar para o meio da guerra é impressionante, engolidora e digna de qualquer outra batalha do cinema. Diante de uma temporada bem pop, a Batalha dos Bastardos representa a grande apoteose esperada dos mocinhos se dando bem, e inegavelmente é executada com primor e emocional elevados o suficiente para ignorarmos que tudo foi resolvido com um grande deus ex machina. Confira a critica do episódio aqui.

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5° Lugar: Winter Is Coming

1X01

Um show de apresentação de universo, mitologia, personagens e organização. Todos os iniciais de temporada em Game of Thrones tiveram essa característica, mas nenhum fez de uma forma tão encantadora. Direção e roteiro aliados em níveis altíssimos de inspiração. Uma verdadeira aula de como se fazer um piloto de TV.

Game of Thrones.

4° Lugar: The Rains of Castamere

3X09

O “Casamento Vermelho” foi aquele evento único na história televisiva, e é quando a série comprova o auge narrativo em decisões corajosas. O mais bacana é onde ele é posicionado, quase como um anticlímax, para pegar o fator surpresa e revirá-lo num momento inesquecível, chocante e arrebatador. O presságio dificilmente é melhor induzido do que isso, mesmo sabendo que vai acontecer algo, não dá para prever, nem não se chocar com a morte de todos os heróis numa traição impossível de ser premeditada. Só não está mais à frente porque como episódio, para o efeito dessa enganação, foi preciso preencher os espaços com cenas que não apresentam tanto, mas sem dúvidas, aprendemos depois daqui que nada nesse tabuleiro de poder é definitivo.

Game of Thrones.

3° Lugar: The Mountain and the Vipe

4X08

Oberyn talvez tenha sido um dos personagens mais bem introduzidos em toda a série, o carisma particular de Pedro Pascal rapidamente conquista simpatia, e o desenvolvimento espaçado do personagem nos poucos episódios leva a crer que a luta contra Montanha (Hafthór Júlíus Björnsson) será seu momento de glória a virar um dos principais, além de trazer a resolução parcial de todo esse conflito interno dos Lannister, até a real descoberta do assassino. E a série – no seu maior nível de sadismo recompensador – nos faz crer nessa gloria até o último segundo, até explodir a cabeça de Oberyn e definir de vez que o caminho de Tyrion (Peter Dinklage) ou é a morte ou é o distanciamento total de sua família. Melhor do que subverter na política é fazer isso na política por combate.

Game of Thrones.

2° Lugar: The Laws of Gods and Men

4X06

“I did not kill Joffrey, but I wish that I had.”

O mistério de quem matou Joffrey serve como um gatilho para alavancar essas várias questões do passado dos Lannister, em especial, a marginalização de Tyrion a sua fisiologia durante toda sua vida, em que seu temperamento específico meio que serviu como autodefesa. Uma defesa que pela situação vai sendo nitidamente quebrada nos olhares do povo de King’s Landing diante de seu julgamento, em um show particular de atuação de Peter Dinklage, e o seu poderoso desabafo que só por ele já valeria esse episódio em segundo lugar, mas com toda a construção da temporada e do episódio até esse momento, só elevam ainda mais o patamar desse que é o auge do texto de Game of Thrones.

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1° Lugar: The Winds of Winter

6X10

A organização perfeita de todas as peças e o fechamento triunfal para cada grande arco. Cersei explode Baelor de forma emblemática já para iniciar com tudo, Daenerys finalmente consegue por si própria retomar a cidade de maneira inteligente e empoderada, e Jon Snow com todos os méritos conseguiu ser Rei do Norte. Todos os demais devidamente posicionados, só faltou mesmo que a conclusão estivesse à altura da preparação, que reúne o melhor de Game of Thrones e seus momentos pequenos mais memoráveis. Confira a critica do episódio aqui.

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