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Lista | Top 10 – Os Melhores Filmes de Bernardo Bertolucci

por Luiz Santiago
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Bernardo Bertolucci (1941 – 2018) ganhou relevância como poeta ainda durante a faculdade e foi assistente de direção de Pier Paolo Pasolini antes de resolver passar para o lado de trás das câmeras. Com filmes esteticamente bastante estilizados, com referências a clássicos de Hollywood, longos e complexos movimentos de câmera, narrativas alineares e cenas de sexo, o diretor se firmou na indústria, acumulou polêmicas e se tornou um dos grandes realizadores italianos de sua geração. Neste TOP 10, eu e Ritter Fan indicamos aqueles que achamos serem os melhores filmes do diretor. Esta é a versão final da lista, com breves exposições sobre a trama de cada obra e trechos de críticas que já temos aqui no site. E para vocês, quais são os melhores de Bertolucci? Deixem suas listas pessoais nos comentários!
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10. O Céu que nos Protege

Baseado em livro de Paul Bowles. Casados há 10 anos, os escritores Port (John Malkovich) e Kit (Debra Winger) decidem abandonar a vida rotineira dos Estados Unidos e viajar para o deserto africano em busca de outras e novas emoções. Junto com eles vai o amigo Tunner (Campbell Scott). A época é o fim da Segunda Guerra, o casal sofre o desgaste da relação e há dúvidas de que o desgastado amor deles sobreviva a essa viagem cheia de provações. O filme traz mais um dos belíssimos trabalhos do fotógrafo Vittorio Storaro e consegue capturar bem a sensação de aventura, traição, suspense e isolamento.

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9. Assédio 

Entre as antiguidades que integram a mansão herdada de uma tia, o Sr. Kinsky (David Thewlis) compõe sua música e se esconde atrás do brilhante verniz de seu piano. Até que chega à sua casa Shandurai (Thandie Newton) que, fugida do regime ditatorial de um governo africano, passa a trabalhar em sua casa como empregada. Aos poucos, o amor por Shandurai brota no coração de Kinsky, fazendo com que sua devoção para com ela o afaste de tudo o que possui de mais precioso e desafie sua própria integridade.

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8. A Morte

Primeiro filme dirigido por Bertolucci, escrito por Pier Paolo Pasolini. Na periferia de Roma, é encontrado o corpo de uma jovem prostituta brutalmente assassinada. A polícia interroga uma série de suspeitos. Em uma sequência de versões da mesma história, conhecemos as diferentes versões de cada um deles por meio de flashbacks. Quem está contando a verdade?

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7. Os Sonhadores

Saindo das premissas do roteiro e do livro de Adair, Bertolucci engata os últimos vinte, ou por aí, minutos de filme em uma escalada na qual se pode tomar apenas dois caminhos, “entregar-se” e viver segundo a vida adulta (representada pela imagem dos pais) ou finalmente revoltar-se, de verdade, e lutar pelos ideais, e estar disposto a sofrer as consequências da luta. E esse foi certamente o maior acerto do filme, que se dispõe a conversar com a geração anos 2000: Hippie, Coca-Cola, e, trazendo para os anos 2010, Twitter e Instagram… Leia crítica completa aqui.

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6. A Estratégia da Aranha 

O jovem Athos Magnani Junior (Giulio Brogi) retorna à sua cidade natal a pedido de Draifa, viúva de seu pai, morto em circunstâncias estranhas há 30 anos. À medida em que Athos investiga o passado do pai, ele se envolve na teia criada por Draifa e passa a se identificar cada vez mais com Athos Senior (também Brogi), até se perder em alucinações onde eles são a mesma pessoa.

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5. Antes da Revolução 

Parma, 1964. Fabrizio (Francesco Barilli), um jovem de 22 anos, passa por uma fase de indecisão política e afetiva. Apesar de renegar a burguesia, não se sente à vontade no movimento revolucionário, pois se considera à frente das ideologias da esquerda. Ao mesmo tempo, vive um amor conturbado com sua tia.

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4. O Último Tango em Paris

O Último Tango em Paris apresenta o sexo como experimentação, com seus jogos íntimos tão arredios ao controle e ao patrulhamento externos. Essa linguagem tão própria de nossa sexualidade é examinada como nunca havia se feito na história do cinema. Os encontros entre Jeanne e Paul se opõem veementemente à tentativa atual de dizer o que é correto nas relações entre homem e mulher – uma normatização que teima em pregar um sexo programado e com medo de si mesmo. Um sexo quase contratual. Histérico porque, no fim das contas, só nega o gozo. No filme de Bertolucci, não há contratos. Ambos os amantes propõem e vivem seus jogos sem quaisquer rotas ou amarras. São esse desgoverno e essa ausência de medida que incomodam tanto os defensores do sexo politicamente correto nos dias atuais. Não é mesmo de se admirar que O Último Tango em Paris tenha se tornado ainda mais tabu em nosso tempo… Leia crítica completa aqui.

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3. O Último Imperador

A saga de Pu Yi, o último imperador da China, que foi declarado imperador com apenas três anos e viveu enclausurado na Cidade Proibida até ser deposto pelo governo revolucionário, enfrentando então o mundo pela primeira vez quando tinha 24 anos. Neste período se tornou um playboy, mas logo teria um papel político quando se tornou um pseudo-imperador da Manchúria, quando esta foi invadida pelo Japão. Aprisionado pelos soviéticos, foi devolvido à China como prisioneiro político em 1950. É exatamente neste período que o filme começa, mas logo retorna a 1908, o ano em que se tornou imperador. Filme vencedor de 9 Oscars.

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2. O Conformista

Em 1938, em Roma, Marcello (Jean-Louis Trintignant) acaba de aceitar um trabalho para Mussolini e flerta com uma bela jovem, o que faz com que ele fique cada vez mais conformista. Marcello resolve viajar a Paris em sua lua de mel e aproveita para cumprir uma missão designada por seus chefes: vigiar um professor que fugiu da Itália assim que os fascistas assumiram o poder no país.

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1. 1900

O filme faz uma retrospectiva histórica da Itália desde o início do século XX até o término da Segunda Guerra Mundial, com base na vida de Olmo (Gérard Depardieu), filho bastardo de camponeses, e Alfredo (Robert De Niro), herdeiro de uma rica família de latifundiários, que apesar de nutrirem uma amizade desde a infância, são colocados em polos política e ideologicamente antagônicos por conta de suas origens sociais, retratando o intenso cenário político que marcou a Itália e o mundo nas primeiras décadas do século XX, representado pelo fortalecimento das lutas trabalhistas ligadas ao socialismo em oposição à ascensão do fascismo.

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