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Crítica | O Cavaleiro da Patética Figura

por Luiz Santiago
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Gilberto é convidado para ir até o museu da cidade, e leva o seu tio Pateta como acompanhante, na tentativa de fazer com que aprenda um pouco mais, tenha algumas migalhas de cultura na vida. A conversa inicial entre os dois personagens estabelece bem o contexto para o encontro com “algo muito antigo”, e a maneira como Pateta vê e se fascina por uma estátua de Dom Quixote (nesse Universo, Dom Patetone) é bastante orgânica, criando um bom princípio dramático para toda a história. 

O roteiro de Ivan Saidenberg brinca com o clássico de Miguel de Cervantes fazendo com que Pateta sonhe com “aventuras vividas no passado”, como se ele estivesse acessando acontecimentos que foram presenciados por um de seus familiares. Até Gilberto acha que a estátua representa um antepassado de Pateta, tamanha semelhança física entre as duas figuras. Nesse desenvolvimento narrativo, o leitor passa por algumas repetições visuais e textuais, e também pela revelação de que os sonhos, na verdade, estão sendo manipulados por alguém, que logo descobriremos ser o Dr. Estigma, com a finalidade de descobrir se Pateta e Gilberto são o Superpateta e o Supergil.

Com personagens que flertam com o clássico espanhol, como Sancho Gil, Doce Caramela e Fanfarron de la Tramontana, essa historinha possui algumas cenas muito engraçadas e uma motivação para o vilão que é realmente interessante, apesar de não sair do território de simplicidade, após ser apresentada para o leitor. 

Pateta: O Cavaleiro da Patética Figura — Brasil, julho de 1974 (criada em 1973)
Código da História: B 74036
Publicação original: Tio Patinhas (Abril) 108
Editora original: Abril
Roteiro: Ivan Saidenberg
Arte: Moacir Rodrigues Soares
Capa original: ?
9 páginas

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