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Crítica | American Horror Story – 3X07: The Dead

por Rafael W. Oliveira
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Assim como toda e qualquer série do nosso querido Ryan Murphy, American Horror Story: Coven tem gerado controvérsias e grandes divisões de opinião perante o público. Para muitos, nada poderá superar Asylum. Particularmente, até agora considero esta a temporada mais coerente dentro da abordagem do momento. Ao menos, esta tem sido a temporada menos problemática e mais divertida deste espetáculo de horror delicioso que é AHS.

E esperto como é, Tio Ryan nunca deixa de ser clichê, mas sabe como utilizar tais convencionalidades em prol de uma narrativa mais elegante e curiosa. Nip Tuck deu sinais disso, assim como Glee (as três primeiras temporadas, ao menos). Em Coven, o tema da ressurreição está fortemente presente, e tem sido um dos principais motivos de reclamação dentre os que se sentem desgostosos com esta temporada: afinal, qual é a graça de inventar a cura para a morte?

Mas estamos falando de American Horror Story, onde nada acontece sem sacrifícios ou consequências. Assim, a felicidade do público em geral sobre o retorno de bitch Madison acaba sendo maravilhosamente distorcida quando vemos as consequências de seu retorno: Madison não sente mais nada. Nem dor, nem fome. É um retorno sem retorno, pois assim como Kyle (e a interação entre os dois também se revela adequada), Madison agora se encontra num estado onde ela já não parece ser mais ela, onde o feroz desejo sexual da personagem ganha um significado mais profundo, uma vez que é a única forma encontrada por Madison de sentir-se viva.

O que me deixou intrigado, de fato, foi a inserção de Zoe nesse meio e o nascimento de um triângulo amoroso entre ela, Madison e Kyle. Não consegui ver objetivo algum nesse plot que não seja mais uma desculpa de Tio Murphy em exibir sua perversidade sexual. Aliás, Kyle segue como um personagem sem muita importância, apagado pelas figuras femininas que o cercam e do qual será, aparentemente, eternamente dependente.

Outro triângulo (mas desta vez, não amoroso) que chamou a atenção foi Queenie, LaLaurie e Laveau. Como o showrunner inventivo que é, Ryan Murphy sabe como criar surpresas, e qual não foi meu espanto quando, depois de interagirem de maneira amigável durante quase todo o episódio, Queenie trai a confiança de LaLaurie e a entrega nas mãos de Laveau. Os motivos para tal ato de Queenie não foram dos mais convincentes, mas tudo torna-se perdoável quando nos vemos diante de um dos grandes momentos da temporada. Gosto de LaLaurie, mas não posso negar o quão delicioso foi prever o sofrimento eterno para o qual está fadada. Laveau passando o sangue de Laurie no rosto foi uma cena absolutamente arrepiante.

Sobre Fiona, pouca coisa sobre a personagem evolui neste episódio, embora algumas revelações sobre seu passado envolvendo O Bárbaro tenham sido extremamente curiosas. A expectativa vem mesmo do plano de Cordelia, que após descobrir que Madison morreu pelas mãos de Fiona, decide pedir a ajuda de Zoe para matar a própria mãe. Viradas trágicas podem vir por aí.

The Dead é AHS: Coven seguindo com sua excelência costumeira, mantida desde sua abertura e que, pelo andar da carruagem, nos promete entregar a melhor temporada deste espetáculo de insanidades e horror delicioso.

American Horror Story: Coven – 3X07: The Dead
Showrunner: Ryan Murphy e Brad Falchuk
Roteiro: Brad Falchuk
Direção: Bradley Buecker
Elenco: Jessica Lange, Kathy Bates, Taissa Farmiga, Emma Roberts, Angela Bassett, Evan Peters, Sarah Paulson, Josh Hamilton, Lyli Rabe, Gabourey Sidibe, Jamie Brewer, Denis O’Hare, Frances Conroy, Danny Huston
Duração: 43 min.

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