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Crítica | Legends of Tomorrow – 5X03: Slay Anything

por Luiz Santiago
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  • Há SPOILERS! Leia aqui as críticas dos outros episódios.

Rolou uma certa invejinha de AHS: 1984, não rolou? Rolou sim, Dona Legends of Tomorrow! Mas aquela inveja verde, boa, que nos trouxe mais um episódio divertido, interessante e que não apenas trabalhou com (muitas!) referências para o gênero, mas soube aplicá-las em favor do enredo. Porque hoje chegamos a um ponto em que roteiristas estão enfiando referências e easter eggs de tudo quanto é proveniência nos episódios e nos filmes, mas… sem quê nem porquê. Aí ficamos com aquela obra que pisca para um monte de coisa consagrada, mas deixa de lado a qualidade da própria história que deveria dar suporte a essas piscadelas. Para nossa sorte, isso não acontece em Slay Anything.

O episódio é uma continuação direta de Miss Me, Kiss Me, Love Me e nos mostra como a equipe lidou com Zari após a sua hilária chegada no fim do capítulo anterior. Diferente daquela ocasião, onde tudo em relação à personagem pareceu orgânico, tivemos alguns momentos meio fora de tom aqui, especialmente quando a vimos sozinha no “quarto-prisão” da Waverider. Essa percepção, porém, desaparece quando a personagem está acompanhada, o que traz um certo receio para o que teremos nos episódios seguintes envolvendo Zari. Espero fortemente que ele não se torne uma Charlie da vida.

O foco central do episódio, porém, foi um bom mergulho no slasher, referenciando obras como Halloween: A Noite do Terror (1978), Sexta-Feira 13 (1980), A Hora do Pesadelo (1984) e claro, fazendo a recriação da famosa cena de Carrie, a Estranha (1976), referência que já se tornou tão clássica quanto o próprio filme. Todo o elemento de terror aqui funciona muitíssimo bem e constitui a melhor coisa do episódio. O drama materno (um tanto edípico) alcança um nível curioso de “revisão” do gênero, mas dentro de uma perspectiva coerente para com o show, mesclando o sci-fi, a viagem no tempo e esse tipo de assassinato em série com a presença e missão das Lendas + todo o plot da temporada, que é a vinda das almas do inferno novamente para a Terra. E aqui isso aparece do modo menos óbvio possível, o que me fez gostar ainda mais dessa parte do enredo.

Meu problema está no bloco de Charlie, que acaba arrastando Constantine também. Ele está bem em cena, porque começa na Waverider e tem um caminho lógico para seguir; já a fujona simplesmente acontece de estar na casa do mago, como quem não quer nada. O show está bem divertido, mas eu não consigo segurar o medo que assoma no horizonte toda vez que penso em Zari influenciadora digital, em Charlie e em Gary, que definitivamente perdeu a graça. É aquele ponto de uma série que tem tudo para dar certo na temporada corrente, mas também traz as sementes do que pode dar errado. Tomara que consigam segurar bem as pontas aqui. Não podemos perder a nossa dose de humor super-heroico da semana!

Legends of Tomorrow – 5X03: Slay Anything (EUA, 11 de fevereiro de 2020)
Direção: Alexandra La Roche
Roteiro: Matthew Maala, Tyron B. Carter
Elenco: Brandon Routh, Caity Lotz, Tala Ashe, Jes Macallan, Maisie Richardson-Sellers, Courtney Ford, Amy Louise Pemberton, Nick Zano, Dominic Purcell, Matt Ryan, Shayan Sobhian, Adam Tsekhman, Beth Riesgraf, Seth Meriwether, Lisa Marie DiGiacinto, Pascal Lamothe-Kipnes, Garrett Quirk, Veronika London, Jasmine Vega, Samuel Braun
Duração: 42 min.

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