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Crítica | Stargirl – 2X05: Summer School – Chapter Five

por Ritter Fan
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  • Há spoilers. Leiam, aqui, as críticas dos demais episódios.

Confesso que, quando o quinto episódio da 2ª temporada de Stargirl acabou, fiquei na dúvida sobre o que realmente havia achado da experiência. Foram sentimentos conflitantes e, de certa forma, inconciliáveis. De um lado do ringue mental, a apreciação da demonstração de uma parcela do vasto poder de Eclipso, por intermédio de sua possessão de Paul Deisinger (Randy Havens), o coitado do professor de arte da escolha de Blue Valley, e do potencial início de um romance entre Court e Cameron Mahkent (Hunter Sansone), filho do finado Geada que começa a manifestar os poderes do pai e, do outro lado do ringue, uma sensação de que tudo não passou de uma enrolação tremenda para dar a sensação de evolução narrativa sem realmente fazer as peças se movimentarem de maneira definitiva.

Gostei da maneira como as histórias centrais foram divididas e balanceadas e achei interessante a forma como Cameron é mantido sempre em destaque, seja esbarrando no referido professor, seja sendo sujeito da cobiça de Cindy, seja iniciando um contato mais relevante com Court, mesmo que sob vigilância da Vovó Geada. Claro que não há grandes novidades nesse desenvolvimento, pois não tem nada mais clichê que uma super-heroína relacionar-se com o filho de um super vilão, mantendo aquela dúvida sobre para que lado ele cambará quando finalmente perceber quem foi seu pai. O jovem Sansone, porém, segura bem o destaque que ganha aqui, fazendo um bom par hesitante com a líder da Sociedade da Justiça Adolescente, ainda que tudo transcorra de forma “bonitinha” demais e, no final das contas, sem realmente trazer desenvolvimentos significativos para a dupla.

Do lado da ação, basicamente o mesmo acontece, ou seja, nada terrivelmente original na forma como Eclipso toma controle de Deisinger, com um gradual enlouquecimento do professor e como o uso dos poderes faz os membros da SJA sofrerem com seus traumas – engraçado ver que os armários são socados pelo Homem-Hora, lanhados pela Pantera e não sofrem absolutamente nada com a Dra. Meia-Noite, o que só prova que Beth deveria ficar em casa estudando -, além do desfecho com Court usando a luz do cajado para dissipar as sombras do vilão sobrenatural. Fez-se o esperado, mas de forma bem feita, ainda que, novamente, sem aquele “tchã” que realmente é capaz de convencer o espectador de que o que acabou de acontecer foi importante.

É como se o roteiro de Steve Harper estivesse apenas premiando os espectadores que acompanharam a série até aqui com uma promessa do que pode estar por vir lá na frente, mas sem que essa promessa realmente signifique muito para o momento atual da temporada. Não diria que chega a ser um filler, mas com certeza é algo parecido com isso, o que, para mim, é um problema considerando o tanto de personagem que ainda precisa ser trabalhado, especialmente Sylvester 2.0, Jade e Jakeem que tiveram seus 15 minutos de fama (na verdade, só Jade teve 15 minutos, os outros dois não chegaram a ter nem 15 segundos…) somente para sumirem completamente da temporada, o que obviamente começa a tornar a segunda metade do ano potencialmente carregada demais de eventos e personagens.

Até mesmo as duas cenas fora do eixo central acima foram repetições temáticas. A primeira delas, com Mike querendo fazer algo pela SJA (confesso que ri com a ideia de se comprar uma perua caindo aos pedaços!), é mais do mesmo, assim como é a promessa de Mike de arrumar um “projeto” para os dois fazerem. Já passou da hora de Cindy recrutar o jovem, como ficou claro que ela tentará em breve. Igualmente, mesmo adorando – deixe-me reiterar: ADORANDO – a hilária fleuma britânica de Jonathan Cake como Richard Swift, vulgo Penumbra/Sombra, aquele tête-à-tête dele com Barbara foi, para usar uma expressão condizente com a forma de se localizar Eclipso, chover no molhado.

O que posso dizer, depois desses meus comentários na base de bate e assopra é que eu gostei do que Harper e o diretor Sheelin Choksey tentaram fazer, mas com uma quantidade enorme de reservas, reservas essas que me deixam aflito pelo desenvolvimento equilibrado da temporada, sem que o showrunner precise transformar a metade final – já estamos chegando lá! – em uma correria desabalada que, como sabemos, tem chance de colocar em bom começo a perder. Gostaria muito que Summer School, já no próximo episódio, abordasse a atração de Mike para o lado de Cindy e lembrasse que existem personagens esquecidos por aí…

Stargirl – 2X05: Summer School – Chapter Five (EUA, 07 de setembro de 2021)
Showrunner: Geoff Johns
Direção: Sheelin Choksey
Roteiro: Steve Harper
Elenco: Brec Bassinger, Luke Wilson, Yvette Monreal, Anjelika Washington, Cameron Gellman, Trae Romano, Meg DeLacy, Amy Smart, Hunter Sansone, Nick Tarabay, Ysa Penarejo, Joel McHale, Stella Smith, King Orba, Milo Stein, Jonathan Cake, Jim Gaffigan, Henry Thomas, Neil Hopkins, Joy Osmanski, Max Frantz, Alkoya Brunson, Nick Tarabay
Duração: 39 min.

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