O Monstro do Pântano apareceu pela primeira vez na revista House of Secrets #92 (julho de 1971), criado por Len Wein e Bernie Wrightson. Nessa história, o cientista Alex Olsen trabalha numa fórmula química quando seu laboratório é sabotado. Após a explosão, Alex cai no pântano e a fórmula o transforma numa criatura vegetal: o Monstro do Pântano, que passa a buscar vingança.
O inesperado sucesso da história levou à criação da revista Swamp Thing, em novembro de 1972. Nessa publicação, Wein e Wrightson mudaram a origem do personagem, substituindo Alex Olsen por Alec Holland. Alec desenvolvia, com sua esposa Linda, uma fórmula biorrestauradora para gerar vegetação em qualquer ambiente. Quando se recusou a vender a fórmula para uma corporação, o laboratório foi atacado. Em chamas e coberto pela substância que criou, Alec mergulha no pântano e sai de lá como o Monstro do Pântano, uma criatura vegetal com as memórias de sua vida humana.

House of Secrets #92 (julho de 1971)
A série de HQs teve boa recepção inicial, mas as vendas caíram com o tempo, resultando em seu cancelamento, em 1976, na vigésima quarta edição.
Em 1982, o personagem voltou a ter uma revista solo, The Saga of the Swamp Thing, capitaneada por Martin Pasko. A chegada de Alan Moore à revista, na edição #20: Pontas Soltas (janeiro de 1984), mudou tudo. Moore reformulou o personagem, aumentando sua profundidade. Na história Lição de Anatomia (edição #21), o vilão Homem Florônico revela que Alec Holland morreu na explosão. O Monstro do Pântano não é um Alec transformado, mas uma entidade vegetal nova, que absorveu as memórias e personalidade do humano. Essa revelação gerou uma crise de identidade para o personagem.

Swamp Thing #1 (novembro de 1972)
Moore também conectou o Monstro do Pântano a uma mitologia maior. Ele introduziu O Verde, uma força que une toda a vida vegetal. Também revelou que o Monstro era um avatar elemental, escolhido pela Terra para protegê-la. O Parlamento das Árvores, um grupo de antigos elementais, guia esses avatares, e Alec é apenas o mais recente de uma longa linhagem, que incluía até mesmo Alex Olsen. Com isso, o Monstro do Pântano ganhou poderes extensos: controle total sobre o mundo vegetal, capacidade de regenerar seu corpo em qualquer lugar com vegetação (inclusive na flora intestinal de qualquer espécie), manipulação de sua forma e, em histórias posteriores, influência sobre outros elementos, como água, fogo, ar e terra.
O Monstro do Pântano é um dos personagens mais poderosos da DC, capaz de alterar seu tamanho, viajar no tempo e entre dimensões, e também se reconstruir onde houver qualquer tipo de vida vegetal (inclusive alienígena), o que o torna praticamente imortal. Sua força vem diretamente de sua conexão com O Verde.

The Saga of the Swamp Thing #1 (maio de 1982). Na edição #31 (novembro de 1984) a revista foi renomeada para Swamp Thing.
Fora dos quadrinhos, o personagem teve várias adaptações. Em 1982, Wes Craven dirigiu um filme que recontava a origem de Alec, com o vilão Anton Arcane como antagonista. A sequência, em 1988, teve menos sucesso. Na TV, o Monstro apareceu em uma série live-action em 1990, uma animação em 1991 e uma série no DC Universe em 2019. Apesar de bem recebida, a série de 2019 foi cancelada após uma temporada, devido ao fim da plataforma.
O Monstro do Pântano evoluiu de uma criatura de horror a um símbolo de proteção ambiental e poder vegetal cósmico. A gloriosa reinvenção de Alan Moore deu ao personagem uma nova relevância, explorando temas de identidade e conexão com a natureza e a memória de toda a flora que vive ou já viveu na Terra ou em qualquer outro lugar do Universo.
