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Crítica | Star Wars: Galaxy of Heroes

por Guilherme Coral
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estrelas 2,5

O advento dos jogos mobile alterou, de uns anos para cá, totalmente o universo dos games. Com o estouro de Candy Crush SagaClash of Clans e outros similares, que atraíam até mesmo quem nunca teve um contato maior com vídeo-games, as grandes companhias logo começaram a correr atrás desse mercado. A quantidade de jogos, tanto os baseados em filmes ou séries, quanto os originais que vimos surgindo nos últimos cinco anos foi estarrecedora e a franquia Star Wars, naturalmente, não ficaria para trás. Galaxy of Heroes é uma dessas obras que estrearam exclusivamente nos celulares e tablets e herda de inúmeros outros games tanto para tais plataformas, quanto para os feitos para os consoles.

Evidentemente a maior fonte de inspiração do jogo são os jrpgs, em outras palavras, RPGs no estilo dos clássicos Final Fantasy (dentre dezenas de outros games japoneses). O combate é estabelecido em turnos e cada personagem conta com habilidades diferentes, que podemos utilizar no decorrer das lutas. Naturalmente, esses indivíduos que podemos controlar no jogo são os clássicos da franquia – uma enorme quantidade de heróis e vilões podem ser desbloqueados e escolhidos, indo desde os mais obscuros, como IG-88, até os mais icônicos, como Darth Vader ou Han Solo. Sem dúvidas, a liberação de cada um desses personagens é o aspecto mais atraente de Galaxy of Heroes e, na maior parte do tempo, jogamos justamente para conseguir esses seres.

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Infelizmente, a luta acaba ficando bastante repetitiva e logo recorremos ao recurso de automatizar cada batalha, fazendo com que o computador escolha nossas ações enquanto saímos para tomar um café, por exemplo. A estratégia típica dos jrpgs não é bem traduzida no game da subsidiária da EA, tudo funciona de forma muito rasa e a vitória pode ser garantida através da obtenção de equipamentos melhores e do avanço em níveis de nossos personagens. Naturalmente que a criação de uma equipe equilibrada é essencial, mas o publico-alvo é, claramente, o gamer mais casual, ao passo que não é exigido um estudo maior sobre as mecânicas do jogo.

No fim, tudo acaba se resumindo ao farming, o que acaba sendo consideravelmente prejudicado pelo sistema rouba-dinheiro utilizado na grande maioria dos games mobile: somente podemos participar em um número limitado de lutas, quando nossa energia acaba (cada batalha consome entre 6 e 12), temos de esperar um bom tempo para que ela seja recuperada. Isso acaba afastando o jogador que pretende dedicar um tempo maior ao game, forçando-o a aproximar Galaxy of Heroes de uma forma exclusivamente casual, o que rapidamente acaba nos cansando. Há um agravante para isso tudo, a limitação de repetir determinada missão poucas vezes dentro de um determinado período – o farming, que o jogo tanto requer, portanto, é gravemente prejudicado, tornando uma tarefa exaustiva desbloquear determinado herói sem gastar dinheiro de verdade no game.

Felizmente, as conquistas e desafios diários nos ajudam a contornar esse fator, nos possibilitando focar em outros pontos que não envolvam a mera repetição. Quando completamos esses objetivos, porém, somos deixados sem muito o que fazer naquele dia. Os bônus que podemos ganhar são interrompidos por vinte e quatro horas, até que o contador seja zerado novamente e a repetitividade dos combates logo nos afasta do jogo até que as recompensas voltem à mesa.

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Os gráficos, que não fogem do básico esperado para jogos do estilo feitos para dispositivos mobile não nos surpreendem ou desapontam, conseguindo captar a identidade de cada icônico personagem de Star Wars. Dito isso, cada habilidade apresentada também se encaixa com o que conhecemos desses indivíduos, demonstrando um respeito dos desenvolvedores em relação ao material original.

Star Wars: Galaxy of Heroes, no fim, se concretiza como mais um dispensável game mobile, feito exclusivamente para os jogadores mais casuais, que procuram nada mais que uma distração para uma fila de banco ou uma longa viagem de ônibus, por exemplo. Mais que isso, porém, o game rapidamente acaba nos cansando, por mais fãs da franquia que sejamos. A vontade de desbloquear os heróis e vilões que tanto amamos não corresponde exatamente ao que o jogo nos permite e, a menos que você tenha muita paciência, ou muita vontade de jogar dinheiro no lixo, talvez seja melhor optar por outro game para tais plataformas.

Star Wars: Galaxy of Heroes
Desenvolvedor:
EA Capital Games
Lançamento: 18 de novembro de 2015
Gênero: Cartas/ RPG
Disponível para: Android/ iOS

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