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Crítica | Patrulha do Destino – 1X05: Paw Patrol

por Luiz Santiago
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  • Há SPOILERS. Leia aqui as críticas dos outros episódios.

Com o Homem-Robô e Crazy Jane presos em Nurnheim e com mais um evento de “fim do mundo”, diante do qual uma não-Patrulha do Destino precisa lutar, estava claro que este fechamento de história precisaria de sacadas inteligentes do roteiro para fazer o desvio valer a pena. Após a invocação do Decreator em Cult Patrol, um certo receio apareceu no horizonte da série, especialmente dando conta de uma possível desconexão da linha principal então estabelecida (o problema com o Chefe e com o Sr. Ninguém). Aqui, porém, a ligação é feita — e bem feita! –, marcada por uma premissa absurda, mas aceitável dentro da proposta da série: o Sr. Ninguém pode fazer muitas coisas… mas não pode fazer tudo.

Confesso que fiquei preocupado, apesar de estar me divertindo muitíssimo com Alan Tudyk, soberbo como está em seu papel — e vale dizer que o texto de Shoshana Sachi, que co-escreveu o excelente Donkey Patrol, mantém o personagem tinindo — em como se daria a junção dessa trama mística com todo o desaparecimento do vilão da temporada ao lado do Chefe. Ocorre que se estamos falando de dimensões e de absurdos de concepção da realidade + alcance do poder de alguns vilões, então, a ligação com o Sr. Ninguém seria possível (algo que não é nenhuma novidade para a Patrulha nos quadrinhos, olhem lá! Falo isso porque já divisei duas ou três linhas de um povo aí em rede falando que a série está “forçando esse negócio de dimensões e grande controle de realidades“… Claramente alguém que nunca encostou um dedo em uma HQ da Patrulha). Só faltava o “como” essa ligação seria feita.

Que Mr. Nobody tem limitações de seu poder, todo mundo sabe desde o primeiro episódio. O legal que acontece nesse quinto capítulo é como ele joga com o grande alcance do que ele tem sob controle para impedir que uma força maior, externa e impossível de ser diretamente controlada por ele, seja vencida. Gostei imensamente da decisão do diretor Larry Teng de ir pelo caminho mais simples possível, valendo-se de uma direção de arte igualmente simples e ainda tirando onda com uma montagem dialética entre o olho do Decreator e o olho do Mr. Nobody em uma luneta. São essas pequenas genialidades visuais que vão montando um quadro bastante positivo para a série nos mais diferentes aspectos. Aqui, isso resultou não só em uma boa integração com a trama abandonada no terceiro capítulo, mas também em uma finalização até que inesperada para o secundário drama em andamento.

O pulo do gato foi a recolocação do personagem de Alan Tudyk tirando sarro da própria série, como já fez antes. Essa quebra não serve apenas para nos divertir, mas também mostra que o showrunner está ciente de certos caminhos e, em vez de isso ser varrido para debaixo do tapete (ou seja, mantendo-se os furos), os enredos brincam com aquilo que poderia ser um problema. E notem que essa brincadeira não é feita de maneira displicente. Ela é colocada para algo necessário dentro da história e que teria muitos obstáculos para enfrentar se fosse exposto de maneira direta. Assim, ver o Sr. Ninguém zombar do seu desaparecimento por dois episódios ou dos flashbacks para diferentes tempos, em ordem de criar um culto para vencer o Apocalipse, torna o episódio mais insano, mais divertido e mais orgânico. Um Universo que satiriza a sua própria concepção. Por favor, que mantenham nessa levada.

Simplesmente gargalhei na cena em que Baphomet é invocada através do sangue de Niles e eles começam a flertar, resultando na fala de Willoughby Kipling, perguntando se eles iam querer um estábulo ou iam começar a trabalhar. Sensacional! Vejo que agora pelo menos Larry está “no ponto” de começar a se encaixar ativamente com seu poder. Rita está se controlando mais. Parece que a oficialização está chegando por aí… O final desse episódio deixou uma atmosfera que pode se esparramar para diferentes lugares, então podemos ir tanto para uma caçada ao Chefe (de novo), quanto para uma ação direta do Sr. Ninguém. Por outro lado, está cada vez mais claro a proximidade do real “momento de ajuntamento” da Patrulha do Destino, a tirar pelo nome sussurrado a uma certa pintora na cena final. Segurem-se, porque vem mais cânone por aí!

Doom Patrol – 1X05: Paw Patrol (EUA, 15 de março de 2019)
Direção: Larry Teng
Roteiro: Shoshana Sachi
Elenco: Diane Guerrero, April Bowlby, Joivan Wade, Alan Tudyk, Matt Bomer, Timothy Dalton, Riley Shanahan, Matthew Zuk, Mark Sheppard, Julie McNiven, Lilli Birdsell, Ted Sutherland, Jeanette O’Connor, Ezra Buzzington, Curtis Armstrong, Skye Roberts, Orelon Sidney, Michael Scialabba, Swift Rice
Duração: 55 min.

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