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Crítica | Stargirl – 3X11: The Haunting

O frio voltou à Blue Valley.

por Ritter Fan
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  • Há spoilers. Leiam, aqui, as críticas dos demais episódios.

The Haunting, o antepenúltimo episódio de Stargirl, segue a grande revelação de que o Geada estava vivo esse tempo todo fazendo algo completamente inesperado, que é trabalhar na base da completa calmaria, perigosamente ali na linha entre o filler e o episódio realmente útil para a temporada. Não que eu ache fillers realmente soltos da continuidade necessariamente ruins, pois há alguns realmente especiais, mas sim porque, a essa altura do campeonato, com a série para acabar, eu esperava algo mais movimentado, mais enraizado nas linhas narrativas ainda a serem resolvidas, especialmente considerando que os Crocks foram assassinados no cliffhanger anterior.

E, na verdade, o episódio não pode ser exatamente considerado como filler, já que ele está totalmente inserido na narrativa principal, já que o retorno de Jordan Mahkent afeta todo mundo diretamente, de sua família a Courtney, passando por Mike e Sylvester. Mas ele é dedicididamente lento, focado talvez em demasia nesse retorno e nos seguidos pedidos de perdão por parte de Jordan e também de seu filho Cameron, enquanto fica bem óbvio – e até agradeço que, ao final, isso seja completamente esclarecido – que o Geada está trabalhando em conluio com o Ultra-Humanoide em um plano sinistro de vingança.

No entanto, reparem que eu disse “talvez” logo acima, pois, no final das contas, pensando bem, acabei gostando muito dessa relativa tranquilidade que foi The Haunting, lidando com as reações de todos à surpresa gelada e às morte dos pais da coitada da Ártemis, agora sozinha no mundo e, pelo visto, adotada por Barbara que já começa a precisar aumentar sua casa para albergar jovens perdidas. Em outras palavras, o episódio não precisava andar vagarosamente como andou para não revelar muito mais do que já sabíamos a partir de algo como seu quinto minuto, mas, como é cada vez mais raro ver por aí, ele podia andar vagarosamente e Geoff Johns aproveitou-se da oportunidade, encomendando um roteiro 100% previsível (o que, quem me acompanha, sabe que acho que não é demérito algum) e muito bem compassado a Steve Harper e Maytal Zchut que Jennifer Phang dirige com estilo e até uma certa fleuma, aproveitando-se ao máximo da presença magnética (e sinistra) de Neil Jackson de volta ao seu papel vilanesco.

Igualmente, gostei que a inocência de Court foi mantida, com Cameron desafiando-a a dar uma segunda chance a seu pai assim como ela deu diversas outras segundas chances a basicamente todo mundo que já foi vilão. Claro que é consideravelmente mais difícil pensar em perdoar um sujeito que tinha como plano controlar mentalmente grande parte dos EUA mesmo que, como efeito colateral, alguns poucos milhões morressem no processo e que, depois de voltar à vida como James Cameron ensinou que acontece com vilões líquidos, matou, sem titubear e de maneira bem definitiva, dois ex-aliados. Como Court é Court, a hesitação dela faz pleno sentido ainda que diante dessa situação extremada, com um Sylvester Pemberton com sangue nos olhos para fazer de seu cajado uma estaca brilhante para empalar Jordan.

Também gostei do infelizmente pouco tempo de tela de Mike e Jakeem, os Jovens All-Stars, com eles eternamente tentando criar o “desejo” ideal para fazer ao inútil Relâmpago, somente para descobrirem que a caneta rosa não pode fazer o que eles querem, ou seja, desapoderar o Geada, porque isso o mataria. A chegada de Cindy para finalmente juntar-se a eles também foi muito bem aproveitada, valendo destaque para os comentários inoportunos do “Senhor Faísca” e do próprio Jakeem sobre ela estar “na cama dele” (o garoto, provavelmente, protegerá o formato do derrière de Cindy em seu colchão com uma redoma de acrílico). Sei que muita gente revirará os olhos, mas eu toparia facilmente um spin-off da trinca (ou quadra, se contarmos com o gênio da caneta…).

The Haunting, portanto, consegue ser a proverbial calmaria antes da tempestade que promete reunir todo mundo (talvez até os velhinhos Mahkent e, aposto, um “Grundy ex machina“) contra a dupla formada por Geada e Ultra-Humanoide. Mas ainda faltam dois episódios, não apenas um, pelo que há tempo para mais desenvolvimentos interessantes, mesmo que fique aquele receio de que – aí sim – venham 40 minutos de enrolação entre agora e a batalha final.

Stargirl – 3X11: The Haunting (EUA, 16 de novembro de 2022 nos EUA e 24 de novembro de 2022 no Brasil)
Showrunner: Geoff Johns
Direção: Jennifer Phang
Roteiro: Steve Harper, Maytal Zchut
Elenco: Brec Bassinger, Luke Wilson, Yvette Monreal, Anjelika Washington, Cameron Gellman, Trae Romano, Meg DeLacy, Amy Smart, Hunter Sansone, Joel McHale, Stella Smith, King Orba, Alkoya Brunson, Neil Hopkins, Joy Osmanski, Jim France, Kay Galvin, Seth Green, Kron Moore, Gilbert Glenn Brown, Neil Jackson
Duração: 39 min.

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