Saudações, brainroteiros planocriticados! Na nossa lista anterior (10 Brainrots Italianos e Suas Animações), eu apresentei a vocês o mundo dos brainrots italianos, e agora que todos já são praticamente PhDs nessa palhaçada nonsense, chegou a hora de subir (ou seria “descer“?) o nível. Nesta lista novinha em folha, eu escolhi 10 novos brainrots e dei a cada um deles um filme pra chamar de seu. A ideia é imaginar como essas criaturas malucas poderiam bagunçar o enredo, dar um toque de caos e, claro, arrancar umas boas risadas, arrepios, assobios ou gritos de pavor do público. Estão preparados pra essa viagem ao fundo do poço? Antes de pularmos de cabeça, vale um aviso: isso aqui não tem lógica, não tem coerência e, definitivamente, não tem vergonha na cara. É tudo sobre diversão bizarra e um pouco de temor pela saúde mental do crítico que montou a lista. Mas fiquem tranquilos. Eu tenho o meu relatório de alta aqui nos meus pés de pato, abaixo da unha do terceiro cotovelo do olho…
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1. Chimpanzini Bananini & Planeta dos Macacos: A Origem
Enquanto César sua pra livrar os primatas das correntes humanas, Chimpanzini Bananini se infiltra na revolta como um lobo em pele de macaco. Ele entrega bananas douradas para a plateia, gritando “Fratelli, pace!” num italiano de novela das 9, com óculos escuros que fariam o Tony Montana parecer um estagiário escroto. Mas ele tem um plano: vender a ideia de “paz interespécies” a todo custo. Em seus discursos, ele diz, com voz doce e pastoral: “Os humanos só querem nosso bem, esses maus-tratos são só é o jeitão deles!”, enquanto organiza churrascos com a hashtag #BananaSemFronteiras e paga o YouTube para divulgar para todo mundo o podcast Fala, Primata!, onde lambe as botas de investidores, donos de laboratórios, magnatas de hospitais e líderes de grandes potências. Nessa realidade, Chimpanzini é um pelego clássico. Ele sabota as assembleias com falas mansas de “calma, pessoal, violência não resolve, temos que manter o diálogo civilizado!”, enquanto envia relatórios para os corporativistas de jaleco. Em pouco tempo, todos descobrem que o macaco verde se vendeu a um esquema da União Europeia, que enchia os bolsos do primata traidor para minar a revolução de César e botar os humanos de volta no poder. No fim, dá certo. Após o genocídio dos primatas, os humanos mantêm sua parte da barganha e dão a Chimpanzini um cargo de Consultor Adjunto num escritório com ar-condicionado em Paris. Dos poucos revoltosos que restaram, porém, há um que prometeu para si mesmo que iria acabar com Chimpanzini. A saga está só começando…
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2. Trulimero Trulichina & Onde Vivem os Monstros
Max nunca imaginou que, entre os sons estranhos e brincadeiras selvagens dos monstros de sua vizinhança, encontraria o lendário Trulimero Trulichina, um gato-peixe de escamas brilhantes e pernas humanas, cabeludas, que sussurra rimas com sua voz fina e olhar perdido no horizonte, transformando a ilha num paraíso terrestre, salvando pessoas doentes com seu canto e aumento a expectativa de vida dos habitantes locais para mais de 100 anos. Trulimero vira o parceiro de Max na criação de um paraíso na Terra, usando suas nadadeiras reluzentes para erguer castelos de areia que refletem as estrelas, ensinando o garoto que a raiva pode virar dança e a solidão, um coral de amigos peludos e sorridentes. O tempo passa e Max cresce. O canto de Trulimero isolou o local dos olhos externos, de modo que os moradores poderiam sair, mas ninguém de fora poderia entrar. Quase um século depois, Trulimero é chamado para uma conferência no local “onde vivem os monstros“, e se despede do amigo e de sua comunidade. Emocionado, o gato-peixe entoa uma última rima, fazendo chover diamantes. Max soluça ao sentir o abraço de nadadeiras do felino aquático, sabendo que o eco daquela dança e o brilho daquele laço viverão pra sempre em seu coração. Todos vão dormir muito tarde, naquela noite. Com a partida de Trulimero, o feitiço que cobria a cidade também desaparece. E pessoas muito ruins perceberam que agora podem entrar naquele local.
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3. Bri Bri Bicus Dicus Debicus Dedicus & Gladiador
Em um dos grandes eventos do Coliseu, com o Sol cozinhando as pedras e a cabeça dos lutadores, Bri Bri Bicus Dicus, que parecia saído de uma estranha taverna de deuses da comédia, decidiu que era o verdadeiro Imperador de Roma e que iria reclamar o seu lugar no trono. Enquanto Maximus trocava golpes com um gladiador desdentado e fedorento, Bicus Dicus voou até o camarote de Cômodo e, com ousadia provocativa, deixou cair uma azeitona na frente do imperador. A multidão, achando que era um sinal divino e de honra ao monarca, começou a gritar “Corvo Rei! Corvo Rei! Divino Corvo Rei! Divino Corvo Rei!”, mas Cômodo, completamente encolerizado, tentou acertar Bri Bri com uma taça, fazendo a multidão dar um grito de desaprovação. O pássaro, por sua vez, desviou do ataque e pousou na cabeça de um Senador careca, cravando as garras como se fosse um trono e fazendo correr sangue pelo rosto do político. Maximus, no meio da arena, segurou o riso, mas deu um aceno pro corvo, como quem aprova a intervenção. Era o sinal divino que esperava para dar início à fuga que estava esperando há muito tempo. Ele sabia que o Imperador estaria muito ocupado tentando matar (sem sucesso) e afastar a misteriosa ave de sua frente, mas ele nunca conseguiria. Estava amaldiçoado. Bri Bri Bicus Dicus era, agora, o verdadeiro Imperador, e nenhum humano tiraria isso dele. Os deuses voadores tomariam a cidade de Roma, e o trono do império era só o começo de suas conquistas.
4. Bobrito Bandito & Os Bons Companheiros
Um amendoim rolou pelo balcão do bar da máfia, jogado por Bobrito Bandito, um esquilo com um charuto gigante, estampando uma cara de poucos amigos e muitas contas para acertar. Ele andou devagar sobre a madeira pegajosa, derrubando o copo de Jimmy Conway, que ficou com o paletó manchado, e furtou uma azeitona do prato de Cicero, mastigando com desdém sob o olhar gélido do chefão. A música parou. Tommy DeVito, com os nós dos dedos brancos de tanto apertar o copo, tentou esmagar a cara Bobrito com um porta-copos, mas o esquilo esquivou, agarrou o colarinho do mafioso e deu-lhe uma cabeçada, despedaçando o nariz do italiano. Subiu na jukebox, chutou uma moeda e fez soar um atmosférico jazz noir, girando o charuto e espalhando cinzas nos ternos impecáveis dos capangas. Henry fez um sinal para os seguranças fecharem a saída, enquanto Jimmy tamborilava os dedos, calculando o preço de todos os assassinos que iria contratar para “terminar o serviço“. Bobrito, ainda silencioso, jogou uma fita K7 no colo do chefão e esperou a reação, que veio mais rápido do que ele calculara. Ali estava a gravação das últimas reuniões do capo com uns desconhecidos “comerciantes japoneses“. O chefão estava tentando se livrar de um braço de sua famiglia atual, e Borbito foi contratado para revelar a farsa às futuras vítimas e sair de lá com pelo menos 10 dos melhores atiradores contratados, prontos para entrar para a lista de pagamento de uma pessoa muito poderosa que controlava tudo na outra costa: a femme fatale Espressona Signora, inimiga mortal de Ballerina Capuccina.
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5. Frigo Camello Buffo Fardelo & Camelos Também Choram
Frigo Camello Buffo Fardelo não era bem-vindo nem entre os próprios camelos. Quando ele apareceu pela primeira vez, no acampamento, causou tanto rebuliço que atrasou uma caravana comercial importante. Na ânsia de fazer amizades e mostrar que era digno do contato com os outros, derrubou o balde de leite de Odgoo, molhou as botas de Ikhbayar de xixi, mastigou as ervas secas de Janchiv “sem querer”, arrancou a manta de Ugna para se enfeitar como um khan e, indiferente aos protestos, cuspiu capim na túnica de Bot antes de se dar conta do que estava fazendo e desaparecer no ar, temendo por sua vida. Frigo passou a ser visto como o anti-herói cômico das estepes. Com seu comportamento destrambelhado, tudo o que é correto, diante de sua presença, se desfaz… por isso ele é chamado de “deus do caos” em muitas culturas das estepes. Quando ele magicamente aparece, o desequilíbrio se instala. Mesmo odiado, ele apareceu novamente na caravana de Odgoo, sendo enxotado com todas as palavras horrendas do vocabulário local. Na aurora seguinte, o acampamento despertou num silêncio suspeito. Os camelos estavam imóveis, com os olhos brancos fixos na estepe. Quando Ikhbayar se aproximou do rebanho, sentiu um cheiro metálico no ar: um balde, intacto, jazia ao centro do círculo — mas não havia leite. Dentro dele, pedaços de ossos. E ossos humanos. Frigo Camello Buffo Fardelo reapareceu empinando o pescoço, como se exibisse um troféu. Abocanhou um osso com a mesma bruta indiferença de antes. Então, antes que alguém pudesse gritar, ele arreganhou o lábio e revelou fileiras de dentes que não eram de camelo, mas de um homem: os dentes do filho do líder da caravana.
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6. U Din Din Din Din Dun Ma Din Din Din Dun & O Homem Que Virou Suco
Ringue. Holofotes tremeluzentes. Plateia suando e alucinando. U Din Din Din Din Dun Ma Din Din Din Dun — uma laranja antropomórfica de casca reluzente, pernas torneadas em titânio e braços de bodybuilder colossal — desfilava poses de competição, flexionando seus “bíceps de néctar” (era isso que sua namorada lhe dizia) enquanto a multidão urrava. Do outro lado, o conhecido da galera local, carinhosamente chamado de Seiva, avançava, a pele translúcida tingida de verde-amarelado e veias pulsantes, revelando um coquetel turbinado de ésteres e hormônios especiais, com um efeito explosivo. Enquanto U Din Din Din se preparava para seu golpe de assinatura, Seiva se manteve firme, os músculos bombeando sob a casca translúcida, pronto para contragolpear o “Pescoço Gotejante” de Un Din Din Din com seu infame golpe “Próstata de Clorofila”, que deixava qualquer adversário convulsionando. O estalo do gongo veio, e U Din Din Din girou a casca com tal velocidade que o néctar jorrou e melecou a plateia inteira. Seiva desviou por um triz. Refazendo seus planos, ele já partiu para a tática agressiva: o golpe “Ginecomastia Cremosa”, absorvendo a luz dos holofotes para potencializar cada gota. Num instante, o ringue se tornou um caos de partículas alaranjadas e esverdeadas colidindo no ar. U Din Din Din agarrou o que sobrou de Seiva, cravou-lhe o olhar cítrico e, num movimento decidido, espremeu Seiva entre os bíceps, fazendo seus fluídos internos jorrarem por todos os poros. A plateia silenciou ao ver veias e tecidos se romperem, liberando um mingau espesso de pus hormonal e polpa anabol. U Din Din Din arregalou os olhos e, como um louco, começou a lamber o chão, sorvendo todo o mingau pútrido, à medida que centenas de músculos cresciam em seu corpo e um vapor ardido e viciado dominava o ar, provocando um vômito em massa da plateia. Um vômito em massa que U Din Din Din acabaria coletando para usar em seu shake natural da manhã seguinte.
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7. Burbaloni Luliloli & Deu a Louca no Havaii
Uma máquina de fliperama esquecida na praia havaiana pisca estranhamente, mostrando o holograma de Burbaloni Luliloli, uma entidade de caos puro que surge para desbloquear mentes criativas. Ela atua como um oráculo tropical, conjurando enredos a partir de cocos maduros ou ondas que quebram em ritmo descompassado, guiando artistas perdidos a novos Universos. Quebrando a quarta parede, vamos analisar o “novo” filme: em Deu a Louca no Havaí, Donny e Marie Osmond, na caça ao colar roubado, cruzam com Burbaloni, mas a influência da capivara deusa os faz abandonar a trama para dançar hula e cantar baladas, como num musical improvisado. Sabemos que muitos artistas rejeitam a ajuda de Burbaloni, resmungando que seus números musicais atrasam o roteiro, que a ação é mais importante, que o público não quer um luau sem fim. Mas Burbaloni ignora as críticas, como se soubesse que o caos é a alma do cinema escapista. Sua presença metalinguística zomba da rigidez narrativa, transformando cada cena num lembrete de que o filme é uma fantasia sem compromisso, feito para esquecer o mundo exterior e divertir. Neste “novo” filme, ela guia os Osmonds por pistas falsas e, por algum milagre, os leva ao colar, como se o enredo cedesse à sua loucura. Burbaloni sonha com alguém que abrace seus números musicais, dançando como um náufrago feliz numa ilha onde a arte não precisa de sentido. Até lá, ela segue como uma falha na matriz das narrativas cinematográficas, fazendo algumas obras simplesmente perderem o sentido. Entenderam alguma coisa? Pois é, nem eu. Desde que comecei a sapatear compulsivamente e a cantar em coreano, não entendo mais nada.
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8. Boneca Ambalabu & Frogman
Uma câmera de mão tremendo filma um outdoor desbotado caído na lama do Pantanal. De repente, a lente embaça por completo e Boneca Ambalabu aparece no quadro. Saindo das águas, a criatura se oferece como guia para Enzo e Valentina, um casal obcecado por documentar a lenda do Muiraquitã num found footage improvisado, já que não conseguiram financiamento da Lei Rouanet para o seu filme. As pistas levam a dupla por brejos onde a câmera falha em capturar qualquer coisa útil. Boneca Ambalabu apenas olha fixamente para o horizonte e repete a mesma frase: “o úmido está próximo, o úmido não seca, o úmido é de sorte, o úmido sempre acerta“. Apenas Enzo e Valentina podem ver Boneca Ambalabu. Em suas andanças, o casal entrevista moradores locais, colhendo histórias de avistamentos de criaturas folclóricas. Irritados, eles temem que esses depoimentos ridicularizem seu projeto, minando a seriedade da caça ao Muiraquitã. Conduzindo o casal até uma cidade misteriosa no meio de uma vegetação de cor vibrante, Boneca Ambalabu sinaliza para os cineastas que é ali que o Muiraquitã reina. A câmera registra um borrão verde intenso antes de apagar completamente. Enzo e Valentina desaparecem, e Boneca Ambalabu dissolve-se num chiado de estática. Décadas depois, o vídeo ressurge, viralizando, e o casal entra para o folclore pantaneiro. Um grupo de amigos gringos financia um filme sobre o casal desaparecido e a obra, chamada Frogman, se torna a maior bilheteria da história, incentivando uma nova leva de jovens a irem para o pantanal tentarem encontrar e filmar o Muiraquitã.
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9. Trenostruzzo Turbo 3000 & Expresso Para o Inferno
Este é o trem desgovernado mais conhecido como “máquina mortal”: uma monstruosidade de louça, ferro, carne e osso que desafia as leis da existência. Jon Voight, no papel do fugitivo, não enfrenta apenas os guardas, mas uma locomotiva que acelera como se estivesse num videogame bugado, pulando trilhos e esmagando tudo no caminho. Eric Roberts, no lugar do policial desesperado, tenta frear o trem com um controle remoto que parece um brinquedo de criança, enquanto Rebecca De Mornay assume o papel de uma engenheira ferroviária que, em vez de soluções técnicas, só tem um martelo, um livro sobre aves e um alto conhecimento sobre tarô. O vilão, antes um burocrata cruel, agora é um executivo louco que acredita que o Trenostruzzo é a próxima revolução do transporte — mesmo que ele esteja claramente destruindo cidades inteiras. As cenas de ação, que no original são tensas e bem coreografadas, aqui viram uma sequência de explosões aleatórias, saltos impossíveis e perseguições em câmera lenta. O trem não para, não freia e nem faz sentido, avançando como um pesadelo de engenharia. No final, quando todos acham que vai haver um desfecho épico, o Trenostruzzo simplesmente se dobra como um origami, esmagando todos os passageiros em seu interior e deixando para trás apenas um trilho em ruínas, um rio de sangue e a certeza de que alguém deveria ter lido o manual antes de apertar o botão “Turbo 3000“.
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10. Il Sacro Cabrospaghetti Mistico & A Montanha Sagrada
No alto de um pico onde a geologia perdeu a razão, ergue-se a Montanha Sagrada — não por fé, mas por um erro de cálculo cósmico mesmo –, uma pirâmide de macarrão fossilizado guardada pelo Sacro Cabrospaghetti Mistico, entidade que ninguém viu, mas que todos citam em teses acadêmicas escritas após noites de insônia e muito café requentado. Os peregrinos não carregam oferendas, mas pacotes de massa e garrafas de azeite adulterado, convencidos de que a montanha só se revela àqueles que fazem um bom prato e decifram enigmas como “Com quantas marretadas se despedaça um nazi?” ou “Por que estamos querendo colonizar Marte se nem conseguimos curar as nossas alergias?“. Enquanto isso, o Cabrospaghetti — supostamente um híbrido de bode e espaguete cósmico — permanece invisível, exceto em relatos de quem jurou ouvi-lo sussurrar receitas de carbonara em latim através dos ventos que cheiram a ervas (!!!) queimadas. Os rituais incluem caminhar em círculos, meditar sobre o significado de “al dente” e tentar escalar paredes de lasanha petrificada que desmoronam ao primeiro sinal de dúvida na existência do bode-espaguete. A cada eclipse solar (ou quando alguém erra um pronome neutro), a montanha libera um manual de instruções esculpido em casca de ravioli, mas o texto sempre se dissolve em água antes que alguém chegue à página dois. Ao final, os peregrinos descem da montanha exaustos sem respostas, apenas com a certeza de que a única verdade sagrada é que nenhum mito resiste a uma boa fervura — e que talvez o Cabrospaghetti seja só um nome pomposo para a fome que a gente ignora enquanto discute teoria do cinema com um certo crítico arrombado do site Plano Crítico.
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Hors Concours
Gara Mara Ramrara Manmara Raman Dan Madu Dung Dung Dung Dung Tak Tuntung Praekuntung
&
O Tempero da Vida
Na periferia de um planeta cujo nome só é pronunciável por quem tem 3 narizes, Ritter Fan e Kevin Rick — criaturas gelatinosas expulsas por tentarem substituir o núcleo de sua estrela por um nabo rosa — caíram na Terra disfarçados de críticos de um site que prometia análises profundas, mas que, com a participação da dupla, virou um portal de nonsense obscuro e de nicho. Ritter, cujo corpo vibra entre texturas de bugigangas, poeira e borracha queimada, redige críticas de séries chorando porque as cosias não são como ele queria, enquanto Kevin, do alto de seus 13 anos de idade, classifica como obras-primas os filmes onde ele piscou mais de uma vez durante o trailer. Seus textos, supostamente sérios, são gerados por puro despeito de quem foi expulso de uma Escola de Artes logo após lutar em uma grande guerra. Eles achavam que passariam suas miseráveis disfarçados, só que a justiça tarda, mas não falha. O Alto Comando do planeta natal enviou para a Terra o Juiz Supremo — também disfarçado de crítico — a fim de revelar ao mundo quem são esses dois impostores. E então, a forma humana dos ridículos se dissolveu e apareceu os dois potes de tempero com pernas (Kevin é o pote da esquerda e Ritter é o pote da direita), a verdadeira forma dos bandidinhos galácticos, mais conhecidos como: Gara Mara Ramrara Manmara Raman Dan Madu Dung Dung Dung Dung Tak Tuntung Praekuntung. O que faremos com eles agora? Alguma sugestão?