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Lista | American Horror Story – Apocalypse: Os Episódios Ranqueados

por Luiz Santiago
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Nota da Temporada

Eu confesso que 3,5 não era a nota que eu estava esperando dar para esta 8ª Temporada de AHS. Mas como poderia ser diferente? Após o estranhíssimo episódio final, com muita correria, amontoado de tramas e má resolução para a forma como os ciclos do Anticristo poderiam se suceder (sem contar a questão da viagem do tempo que não ficou bem resolvida…), realmente ficou difícil pensar este ano da série de forma mais positiva, e ainda fui muito bonzinho, considerando a boa qualidade dos episódios que formaram o miolo da temporada. Mais um ano de uma boa ideia má executada, hein. Já se tornou tradição em American Horror Story

Abaixo, segue a minha lista de classificação dos capítulos dessa temporada, do pior para o melhor. Nos comentários, faça também a sua e diga qual nota geral você daria para essa temporada e por quê!

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10º Lugar: Apocalypse Then

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A cada fade que aparecia no episódio meu coração disparava e eu pensava “por favor, que não acabe agora” e o pedido, infelizmente, não era pelos motivos certos. Sim, há mais motivos para se enraivecer: o roteiro é dos criadores da série, Ryan Murphy e Brad Falchuk, então nem a desculpa de que “foi o roteirista que não soube colocar a visão dos showrunners para a programação da temporada” pode-se dar. Que morte horrível. Então a gente tenta juntar os pedaços e olhar de uma maneira mais pé no chão para o episódio. Acima do tudo, o que deu errado? E a resposta é clara: a má preparação do tempo da temporada para dar conta do propósito final, ou seja, fazer do Apocalypse e da ascensão do Anticristo um ciclo sem fim. O conceito é bom? Sim, muito. Tem o seu caráter bíblico e o de cultura pop entrelaçados, é um bom casamento a meu ver. Mas a execução…

PLANO CRITICO AMERICAN HORROR STORY APOCALYPSE THEN

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9º Lugar: The Morning After

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Aplacada a animação da estreia (pelo menos da minha parte) AHS entra agora naquele limbo onde só nos resta esperar que os showrunners tenham pensado em um bom plano para o andamento da temporada. Existem muitas (e boas!) promessas em aberto, mas alguns núcleos de atuação e a interação entre diferentes blocos precisa caminhar por uma outra trilha. Não sei se isso é um esgotamento prematuro do confinamento — e a saída do Posto 3 pode, claramente, mudar as coisas — ou se é aquilo que alguns de vocês já cantaram a letra nos comentários do capítulo anterior. Eu ainda estou animado, mas não dá para evitar a sensação de “retorno à decepção” que tantas vezes essa série nos trouxe. Realmente espero que não. Veremos.

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8º Lugar: Forbidden Fruit

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Daí então vem o preenchimento com a história de Brock (Billy Eichner, de quem não consigo gostar de jeito nenhum), que de executivo abobalhado vira um matador-sobrevivente de um apocalipse nuclear. Mais forçado, impossível. Não fosse esse bloco da história — que ainda tem a absurdamente péssima perspectiva de tempo/espaço para que Brock alcançasse a carruagem com as maçãs –, o episódio poderia chegar a um lugar bem melhor, já que todo o restante do texto serve bem ao propósito de desenvolvimento (final?) dos personagens e das distintas situações aqui, onde incluímos a nojenta cena do vômito e das mortes pelas maçãs envenenadas e o trajeto das bruxas do que deve ser o Santuário até o Posto 3. Uma série de boas revelações foram feitas. Resta agora saber como essa quebra de primeiro padrão (com as mortes, com tudo) vai servir para dar a cara do segundo núcleo da temporada. Continuo curioso e otimista, apesar da desconfiança gritando atrás da orelha.

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7º Lugar: Fire and Reign

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A cena de destruição do Coven e sua disseminação para a Era dos Romanov (esse povo da Arca Russa está mesmo na moda, hein!) são os meus momentos favoritos do episódio. Eles mostram Michael e Mead em ação, no melhor estilo da série. Claro que eles voltam a aparecer no final, em uma postura mais teórica e confabulesca que não me irritou mas também não serviu para me animar de verdade. Foi bem feito, claro, e a direção de Jennifer Arnold tem um bom papel nisso, com toda sua elegância na hora de mostrar muitos personagens em um único quadro. Minha impressão é que 40 minutos de Finale não serão o bastante para explicar tudo a contento. Posso estar errado, é claro, mas para uma temporada que tanto me agradou e divertiu como essa, eu não vou aceitar nada menos que um final decente. Já até botei minha barba de molho…

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6º Lugar: The End

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O trabalho com a realidade aqui acrescenta uma nota ainda mais macabra à situação. Tudo bem que é um evento extremo, mas não é impossível. A grande questão é: que outras forças podem surgir nesse meio de danação atômica? Entre excelentes atuações de todo o elenco, fotografia tinindo em uma paleta quente sob filtros (tendo o seu oposto na parte exterior, onde tudo é cinza e verde), dando a impressão de ambiente falsamente aconchegante no interior do posto (a dinâmica lembra a de Checking In, mas se torna ainda mais opressiva e sugestiva aqui) e sugestões dramáticas que nos deixam pensando muito para o que virá (a questão do DNA, o 666 no espelho, a própria presença do menino Langdon) fazem desse “Piloto” um bom início de temporada. A ideia é majoritariamente bem executada e os ganchos foram preciosos, sem uma visão intricada demais ou rasa demais. O fim, pelo menos nesse caso, foi um [bom] começo.

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5º Lugar: Sojourn

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Há muito mais comédia do que o esperado para o antepenúltimo capítulo de uma temporada como esta, especialmente na forma como os cultos são ministrados. Eu confesso que adorei e que ri MUITO daquela “pastora” (é isso mesmo, produção?) e seu culto cheio de ofensas e provocações que conclamam o pecado na congregação. A inclusão de Langdon em todo o processo até pode parecer deslocada no começo — e é! –, mas na minha cabeça, sempre vinha a visão de que estamos falando de um enviado do Inferno, logo, algumas coisas iriam cooperar para que ele encontrasse sinais, pessoas e ideias que facilitassem sua missão. E assim foi. Vejam o discurso de “poluir”, “estragar” ou “contaminar” a Terra para que o Diabo então se levantasse e estabelecesse o seu reino. Não sei qual o caminho que vão tomar no próximo capítulo, mas aqui temos todas as justificativas de preparação possíveis. Minha aposta agora é que o penúltimo episódio irá mostrar a preparação e a explosão das bombas (falta ainda explicar a duplicidade e ocultação de personalidades que irão para o Posto 3, certo?) e o último, com as consequências. O que vocês acham?

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4º Lugar: Return To Murder House

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Agora que o arco ligado ao passado de Michael está resolvido, imagino que a série irá seguir com a linha do presente no mundo pós-catástrofe nuclear, mostrando o embate das bruxas (e bruxos?) contra o Mal encarnado. Foi muito bom ver Jessica Lange de volta e presenciar toda força que ela e a equipe original da série trazem para a tela. Foi como colocar um ponto final em uma história que nem imaginávamos que precisava de um ponto final. Agora, estamos prontos para seguir. Se um flashback vier, será para mostrar como Mead virou um robô, mas fora isso, o que mais do passado há para resolver, de fato? Faltando 4 episódios para o encerramento da temporada, é lícito pensar que a luta para salvar o mundo será a principal temática. Vocês estão apostando em um final feliz?

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3º Lugar: Traitor

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Eu nunca estive em uma temporada de American Horror Story onde a sensação de história sendo bem contada na linha principal e em seus atalhos se unem para dar conta da temática principal. Já se vão sete episódios e não há nenhuma tentativa de “reinventar a roda” ou fazer coisas épicas e irresponsáveis, além do já interessante foco principal em um apocalipse nuclear. Até aqui, a coisa tem funcionado muito bem. Faltando três partes para o encerramento do crossover, só nos resta invocar um feitiço para que o mesmo rigor seja aplicado na reta final. Pelo jeito, agora é a vez de presenciarmos o que antecedeu ao fim do mundo. E se ele permanecerá ou não destruído.

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2º Lugar: Boy Wonder

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Me deixa bastante feliz o fato de o roteiro aqui (escrito por John J. Gray) não zombar da nossa inteligência. O plano-atrás-do-plano é muito bem colocado em cena e todo o drama possui aquilo que um bom episódio precisa ter para se manter em alta: desenvolver uma boa história em si mesmo e avançar com a proposta da temporada. Nas mãos de Gwyneth Horder-Payton, o confinamento versus as cenas externas, todas bem fotografadas, servem para mexer com a percepção do público e, no final de tudo, criam um suspense e uma surpresa ainda maiores. Nós começamos na borda e agora seguimos direto para o núcleo. Para onde tudo começou… Quem diria que essa temporada nos arrancaria tantos elogios, hein?

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1º Lugar: Could It Be… Satan?

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A ligação com Coven e especialmente com Hotel me pareceu algo orgânico do começo ao fim. Como no caso da já citada primeira cena, se as minhas impressões iniciais foram de estranheza, em alguns momentos, logo ela se dissipou para a de cumplicidade, entendimento e engajamento, tendo aí dicas, apresentações e material para pensar até onde vai esse jogo de poderes: a escola de bruxos, o shade fervoroso (e incrível) das bruxas em relação aos feiticeiros, a colocação de Mallory em um interessante papel de destaque no Coven, a colocação de Mead como uma real mãe adotiva e satânica (é isso mesmo?) de Michael (o que fez com que Constance desistisse dele?), o maravilhoso destaque para as duas bruxas condenadas e salvas e, claro, os velhos rostos em um cenário que me divertiu o tempo inteiro. Minha única colocação em falso — mas não a ponto de tornar o episódio menor — é o seguinte: por que diabos esses bruxos são tão babões em relação a Michael e só John Henry Moore (Cheyenne Jackson) parece ter o mínimo de desconfiança e cuidado prévio em relação à natureza maligna dos poderes do jovem? Eu esperava mais sabedoria e principalmente desconfiança de bruxos tão experientes e poderosos…

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