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Lista | The Flash – 4ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

por Giba Hoffmann
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Temporada:

A 4ª temporada de The Flash chegou a um final menos do que fantástico com We Are The Flash, deixando a bola cair em algumas das (muitas) subtramas levantadas ao longo de seus 23 episódios. Após uma 3ª temporada que vacilou entre o medíocre e o desastroso, encerrando com uma reta final bastante sofrível o arco de Savitar, a produção deu sinais de mudança em seu prosseguimento, inclusive no sentido de adereçar as principais reclamações vindas dos espectadores. Duas delas, centrais na construção da tragédia da 3ª temporada, pareciam encaminhar-se para serem prontamente respondidas logo com o retorno da série, em The Flash Reborn. São elas: a tonalidade excessivamente dramática dos episódios e a repetitividade dos arcos de temporada.

Apostando em uma virada tonal brusca, a produção passou a investir em diálogos repletos de humor, piadas situacionais e mesmo em premissas mais “fora da caixinha” como forma de nos situar em uma versão de Central City que se distanciasse do clima de “novela dirigida por Zack Snyder” da última temporada, abraçando de forma escancarada um clima reminescente dos quadrinhos da Era de Prata. A escolha se provou relativamente acertada, mas não foi o bastante para sustentar a longa temporada nos momentos em que as falhas do roteiro começaram a aparecer.

No final das contas, cabe notar em nosso ranking que dos episódios mais focados no humor o único que se destacou minimamente foi The Elongated Knight Rises, sendo que entradas como Honey, I Shrunk Team Flash conseguiram superar a nota média por muito pouco, enquanto que o desastroso Null and Annoyed provou que não é investindo tudo na veia humorística que se encontraria a salvação do seriado.

Por sua vez, para remediar a repetitividade dos “big bads” serem sempre velocistas e, por consequência, a estagnação dos arcos de temporada (que foram gradativamente perdendo força e andando em círculos após um início forte na run inaugural do seriado), a produção ofereceu a ameaça do Pensador. Clifford DeVoe se diferenciaria dos oponentes anteriores dessa versão do Velocista Escarlate não apenas por sair do lugar-comum dos velocistas e seu modus operandi de viagens transtemporais e transdimensionais, mas também por ser essencialmente um mestre estrategista.

Com a promessa de um plano intrincado sendo feita desde o resgate de Barry no episódio inicial, que indicava uma mente brilhante por trás dos Samuróides manipulando os fatos de forma a explodir nossas cabeças com os desfechos da conspiração, é de se compreender que o público tenha ficado decepcionado com uma segunda metade da temporada onde os planos do vilão foram se revelando menos complexos do que poderíamos imaginar de início. O problema apenas se agravou com o fato de que, mesmo em um ponto mais avançado da narrativa, novas subtramas foram sendo criadas para o elenco de suporte, sem com que, no entanto, a produção tomasse o tempo necessário para desenvolvê-las satisfatóriamente, resultando em um final corrido e caótico.

Enquanto que Neil Sandilands se provou uma escolha acertada da direção de elenco, interpretando muito bem o supervilão nas diversas etapas de sua transformação macabra, o gimmick de troca de corpos de DeVoe ao longo da temporada acabou se revelando um tiro que saiu pela culatra. Isso por conta da queda considerável da qualidade de caracterização e, no limite, da atuação. Se a ideia revelou seu potencial com Kendrick Sampson (que imitava os trejeitos de Sandilands, adicionando algo de novo sem descaracterizar o personagem), ela acabou por escorregar rapidamente para uma imitação rígida e forçada com Sugar Lyn Beard, para então atingir o fundo do poço com a subsequente tragédia que foi a versão de Miranda MacDougall. O “sumiço” do supervilão em pleno desenvolvimento central da temporada, somado à repetitividade de suas aparições no último terço do arco fizeram com que a proposta perdesse muito de seu momentum, acabando em um desfecho menos impressionante do que poderíamos imaginar.

Ou seja, embora partindo de uma proposta promissora e tendo demonstrado iniciativa para mudanças positivas e necessárias, a produção acabou perdendo a linha no desenvolvimento das ideias iniciais e desperdiçando oportunidades ao ponto em que, no balanço final, a temporada tenha conseguido se manter em um nível superior ao da anterior, mas ainda longe de seu verdadeiro potencial (e mesmo do que fora prometido em um primeiro momento). Acompanhe nossa lista ranqueada de episódios para relembrar quais foram os altos e baixos da temporada. Concorda? Discorda? Deixe seu comentário!

23º Lugar: Girls Night Out

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Girls Night Out traz o aguardado retorno de Nevasca, após a promessa de uma subtrama interessante e inovadora para Caitlin nessa temporada. Infelizmente, o resultado é desinspirado tanto em termos de roteiro quanto na execução, em um episódio desconjuntado que fica bastante abaixo do que foi apresentado pela temporada até aqui.
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22º Lugar: Null and Annoyed

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Null and Annoyed traz no título as pistas de como o espectador se sentirá com o episódio. O show de mediocridade se torna ainda mais claro no contraste com a cena final, onde Harry visita Gideon, após tanto tempo, nos fazendo lembrar da tão saudosa primeira temporada, onde por entre todas as imperfeições da série existia, ao menos, uma coisa que tem faltado: inspiração. Vocês queriam me deixar hypado para o próximo episódio, mas eu fiquei foi triste de me lembrar do quanto a série já foi boa…
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21º Lugar: Elongated Journey Into The Night

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Elongated Journey Into The Night traz muitos assuntos ao mesmo tempo, e tem dificuldades em desenvolvê-los de forma balanceada o suficiente para cativar o interesse do espectador, que termina a exibição sobretudo confuso a respeito dos rumos que a coisa irá tomar.
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20º Lugar: When Harry Met Harry

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When Harry Met Harry mostra que o investimento em sequências humorísticas não serve para substituir um roteiro minimamente bem construído. Mesmo que o episódio traga momentos interessantes na frente super-heroica, a tendência à “enrolação”, velha conhecida dos espectadores da série, volta a dar caras aqui.
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19º Lugar: Subject 9

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Com um roteiro arrastado que tenta atingir o dramático mas acaba não saindo da apatia somado aos desenvolvimentos menos do que empolgantes para a trama maior de DeVoe, que começa a dar sinais de cansaço e previsibilidade até então ausentes, Subject 9 não é um bom retorno para a boa 4ª temporada de The Flash.
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18º Lugar: Run, Iris, Run

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Run, Iris, Run toma uma premissa que, ainda que arriscada, poderia ser divertida, e a executa com o mínimo de inspiração e inventividade possível. Oferecer um raro episódio de destaque a uma personagem tão mal escrita quanto Iris seria uma ideia interessante, caso houvesse algum plano para o futuro da mesma.
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17º Lugar: Fury Rogue

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Fury Rogue traz caras conhecidas do Arrowverse para temperar com um pouco de fanservice uma exploração desinspirada do tema do luto. As sequências decentes de ação e as subtramas dos coadjuvantes são o que se salvam do conjunto, que não consegue se animar nem com a canastrice caricata de Wentworth Miller a seu serviço. Prova de que boa direção e fanservice decente não são o suficiente para salvaguardar um roteiro fraco.
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16º Lugar: Therefore She Is

4X20
Therefore She Is não consegue ser mais do que medíocre em sua abordagem aos interessantes temas que se propõe a explorar. A exploração da interessante motivação de DeVoe acaba subaproveitada em uma sequência um tanto desajeitada de flashbacks, intercalada com o marasmo desinspirado do S.T.A.R. Labs, de onde pouca coisa se salva como interessante.
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15º Lugar: Think Fast

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Think Fast chega com a missão de preparar-nos para o season finale, mas não empolga mais do que os episódios fracos que o antecederam. A repetição de enredos e a má caracterização do casal protagonista, combinada com a falta de uma narrativa mais consistente para os coadjuvantes, continuam a arrastar a série para baixo.
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14º Lugar: We Are The Flash

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We Are The Flash passeia por entre pontas soltas, subtramas e premissas interessantes que, infelizmente, acabam não sendo exploradas tão bem quanto poderiam. Entregando um episódio com uma unidade fragmentada, ritmo acelerado demais (no mau sentido) e tentando a cada minuto passar uma impressão de fechamento e coesão para uma temporada que levou bem seus primeiros dois terços, apenas para se perder completamente na reta final, trata-se ainda assim de um episódio televisivo competente e capaz de entreter, o que o coloca à frente de entradas anteriores na galeria de finales da série.
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13º Lugar: Crisis on Earth-X, Parte 3

4X08
A parte 3 de Crisis on Earth-X, portanto, vem como nítida melhoria do que antes foi apresentado, mas ainda está longe de nos entregar uma história que efetivamente aproveite todas as possibilidades de sua premissa. Com uma impactante morte dominando o desfecho do episódio, a expectativa para o grande desfecho do crossover somente aumenta, deixando muito nas mãos do capítulo de Legends of Tomorrow, que ainda tem muita coisa para contar se pretende entregar um final verdadeiramente digno.
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12º Lugar: Honey, I Shrunk Team Flash

4X12
Honey, I Shrunk Team Flash é um belo de um episódio filler, algo que é inevitável enquanto se insistir em se prolongar a temporada por mais de 20 episódios. Mesmo com um roteiro fraco, o episódio consegue tirar leite de pedra e divertir com uma comédia bem acertada (que tem surpreendido bastante nesta temporada), boas cenas de ação e um uso interessante dos ótimos personagens de que a série dispõe.
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11º Lugar: Lose Yourself

4X18
Indo da falta de assunto para assunto demais, Lose Yourself é uma bagunça charmosa e capaz de entreter, mesmo por entre falhas escrachadas na construção da narrativa. Se a diferença entre episódios importantes e episódios filler sempre foi bastante marcada na série, ela parece ter ficado ainda mais pronunciada nesta quarta temporada que estranhamente divide mal o enorme tempo disponível, insistindo em dramas e conflitos redundantes ao mesmo tempo em que passa correndo por ideias promissoras e interessantes.
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10º Lugar: Harry And the Harrisons

4X21
Harry and the Harrisons traz vários momentos divertidos em todas as frentes de suas tramas, e compensa a falta de inovação com bons momentos de personagem e sequências de ação empolgantes – com destaque para nosso protagonista realizando alguns feitos bacanas e protagonizando cenas divertidas para quebrar com a tradição.
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9º Lugar: The Flash Reborn

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The Flash Reborn tem sucesso em lançar as bases narrativas nesse início de temporada, beneficiando-se de um elenco sem excessos, ótimas cenas de ação, construção de subtramas simples e da boa exploração das relações entre personagens (ainda que recaindo em alguns vícios tradicionais, conseguindo manter-se interessante).
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8º Lugar: Luck Be a Lady

4X03
Luck Be a Lady traz a produção continuando a investir na comédia, fazendo bom uso dos inusitados poderes da nova metahumana para mais uma aventura descontraída de The Flash.
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7º Lugar: Therefore I Am

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Therefore I Am permanece como um episódio muito superior aos das semanas anteriores, demonstrando muito mais foco que seus antecessores, conseguindo manter nosso engajamento, por mais que seja necessária muita suspensão de descrença em determinados momentos. The Flash certamente é uma série que conta com muito potencial inutilizado e esse episódio demonstrou o quanto a obra pode melhorar com um bom roteiro.
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6º Lugar: The Trial of The Flash

4X10
Não deixando cair a bola levantada pelo episódio anterior, The Trial of The Flash continua a trabalhar o vilão Pensador como uma ameaça a ser levada a sério – e, mais do que isso, bastante diferente daquilo que já vimos anteriormente.
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5º Lugar: The Elongated Knight Rises

4X11
Fazendo um bom uso da premissa da injusta prisão de Barry Allen, The Elongated Knight Rises é mais um bom episódio para a temporada, trazendo de volta o divertidíssimo vilão Trapaceiro em uma trama que, mesmo descompromissada, serve para desenvolver bem o restante do Team Flash e dar tempo para as subtramas da alongada (entenderam? Hãn? Hãn?) temporada respirarem.
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4º Lugar: True Colors

4X13
True Colors funciona mais como um interessante capítulo no jogo de xadrez entre o Pensador e o Team Flash e uma peça de personagem a respeito de nossos heróis Flash e Homem-Elástico do que como conclusão ao arco de Barry na prisão.
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3º Lugar: Mixed Signals

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Um episódio bem construído e bastante divertido, ainda que nada ambicioso, Mixed Signals entretém e traz de volta um lado do forte elenco de personagens da série que por bastante tempo se tornou bem raro.
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2º Lugar: Don’t Run

4X09
Com um bom uso das subtramas trabalhadas até aqui, Don’t Run conclui bem a primeira parte do arco do Pensador, remetendo aos bons momentos da série em seu melhor estilo quadrinesco.
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1º Lugar: Enter Flashtime

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Enter Flashtime traz uma aventura tensa e envolvente que prova que mesmo um conceito simples, quando bem executado, é capaz de render uma excelente hora de televisão com nossos velocistas – inclusive com uma boa dose de choradeira, pra cumprir a cota obrigatória da emissora! Ajudando a tirar o gosto amargo deixado pelo péssimo episódio anterior, o final do capítulo nos prepara para desenvolvimentos interessantes do arco da temporada.

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