Home TVEpisódio Crítica | Star Wars: The Bad Batch – 2X13: Pabu

Crítica | Star Wars: The Bad Batch – 2X13: Pabu

A guerra acabou...mas queremos ver os Clones na guerra...

por Davi Lima
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Há spoilers. Leiam, aqui, as críticas dos demais episódios da série.

Faltando três episódios para terminar a temporada, temos Crosshair revoltado com o Império e o The Bad Batch encontrando sua missão de descanso. Enquanto Echo e Rex acharam muito cedo o que queriam, se juntando a Rebelião, a causa de ainda viver na guerra, o grupo original da Força 99 demoraram para entenderem o pós-guerra. E isso vale para o espectador desta temporada, em que os produtores, buscando experimentar histórias, gêneros – assim como The Clone Wars – nos fazem quebrar a nossa ideia básica sobre os Clones: eles são soldados, sempre tem uma missão, eles não pousam. Esse episódio Pabu é um tapa na cara quanto isso, sendo um ótimo episódio pelo seu significado, mais que pela sua narrativa.

Pabu, o local que nossos protagonistas pousam antes de ir para outra missão se torna um pouco forçado para descanso, uma necessidade, um alento. Pabu, que parece Ahch-To de Star Wars: Os Últimos Jedi, é o tipo de cidade misteriosa, ilhada, autossustentável, e pacata demais para uma Era Imperial. O roteiro de Amanda Rose Muñoz é bem direto sobre esse ser um lugar intacto, sem a corrupção e problemas que um episódio clássico de Star Wars acometeria. Nenhum lugar é perfeito, então o prefeito da cidade talvez estivesse planejando algo malvado? Mas não, o conflito da tranquila Pabu é a própria natureza, o tsunami.

Nisso, esse episódio se torna morno, porém diretamente assertivo. Se antes era sempre uma busca por uma missão, como se sempre houvesse um filler a espreita, dessa vez os Clones vieram para ficar. Ver a alegria de Omega, ver Wrecker comendo, Tech tendo seus afetos com Phee Genoa e Hunter se assumindo pai, definitivamente, parece até final de temporada. E é verdade. É final de temporada. Não parece, mas o The Bad Batch achou sua missão principal, de ficar, de ajudar Pabu, de cuidar de Omega e achar um lar.

Evidente que para Star Wars isso é temporário. Um chamado, um conflito vem e tira os Clones da vida pacata. No entanto, categoricamente há uma chegada, uma decisão. Se por um lado há lógica dramática para os protagonistas, por outro soa anticlimático, especialmente depois de The Outpost com Crosshair. Porém, essa também é a graça. É muito mais interessante o antagonista assumir a sua militância pelos Clones contra o Império, como se ele estivesse voltando para a guerra de alguma maneira. Mas ver eles descansando? Assumindo uma aposentadoria como seres humanos? Isso sim soa diferente.

Mesmo que The Bad Batch não seja um primor, escrevo e rescrevo: é uma série animada que busca usufruir do cânon de Star Wars. Muito semelhante a The Clone Wars, os pupilos de Dave Filoni dão uma nova entrada para Star Wars, por meio dos Clones, por meio de uma criança e por meio de uma história antiguerra. Existir isso em Star Wars é precioso, é significativo, mesmo que dramaticamente a qualidade não alcance alto nível. Não é se contentar com pouco, e se sim aproveitar o que temos de bom desse universo, lançando bem ao lado de The Mandalorian.

Star Wars: The Bad Batch – 2X13: Pabu (Star Wars: The Bad Batch – 2X13: Pabu – EUA, 15 de março de 2023)
Criação: Dave Filoni
Direção: Steward Lee
Roteiro: Amanda Rose Muñoz
Elenco: Dee Bradley Baker, Michelle Ang, Rhea Perlman, Steve Blum, Andy Allo, Wanda Sykes, Imari Williams
Duração: 30 min.

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