Home TVEpisódio Crítica | The Flash – 8X05: Armageddon, Part 5

Crítica | The Flash – 8X05: Armageddon, Part 5

A responsabilidade heroica primeiro, as consequências ficam para depois.

por Davi Lima
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  • Há SPOILERS deste episódio e da série. Leia aqui as críticas dos outros episódios.

part 5 You always have a choice! – Joe West

Com os cartuchos gastos em Armageddon, Part 4, não é decepcionante que o nível do final do evento fosse menos urgente. Apesar de ser um final de cinco partes, assim como Armageddon, Part 1 parecia um prólogo mal feito, Armageddon, Part 5 parece um epílogo, um restinho de trama para deixar os espectadores esperando as consequências reais dessa nova linha do tempo oficial e avivarem o Arrowverse nos corações. Mas indo contra a maré de delinear esse restinho de novidade, é preciso evidenciar mais uma vez como esse evento soube usar dramas temporais e romantismo de uma maneira que pode ajudar essa nova temporada a ter melhores bases para suas histórias novelescas.

Os pontos fundamentais da qualidade desse episódio circulam envolta de Joe West (Jesse L. Martin) e Damien Darhk (Neal McDonough). Não é à toa que os encerramentos e o início dos conflitos do episódio dependem desses personagens, em que Joe traz a moralidade heroica a tona após “reviver”, e Damien Darhk complementa a paternidade de Joe exemplificando sua abnegação da vida pela filha, um sacrifício romântico que faz parte das história dos super-heróis. A conclusão do Flash Reverso fica presa na Discussão de Relacionamento do episódio, que é a clássica ideia de The Flash tentar tornar séria o dilema do herói salvar o vilão, mas são esses dois pais, Joe e Damien, que tem propriedade para tornar as conversas e mais conversas do episódio em valor de tempo.

Como Armageddon, Part 5 iria gastar mais dinheiro para fazer a cena de ação com computação gráfica de videogame entre Flash e Despero, quanto mais enrolação, mais incremento colocasse no roteiro para Despero aparecer do nada e colocar um ponto a mais no dilema de matar Eobard ou não, mais fácil de recortar um momento da história para uma luta final. Então, se nos episódios anteriores havia mais imediatismo, por consequência mais exagero, mais novela, mais romance e velocidade nos acontecimentos – suprimindo, ou evidenciando, o reforço de seriedade que The Flash sempre tenta colocar na sua narrativa “dramalhona” com bizarrices -, agora volta-se ao tempo normal e ao romance localizado, não como fonte de assistir as consequências heroicas e humanas. Isso até descredencia a direção de Menhaj Huda, que em Armageddon, Part 2 tinha usado Efeito Vertigo (criar uma concorrência entre o zoom e o eixo de aproximação da câmera) e outras técnicas para criar tensão, e agora volta a utilizar artifícios visuais para criar estranheza quando claramente o final do evento e suas grande novidades de tensão tinham acabado no episódio anterior.

A entrada de Mia Queen, que acalenta a promessa do evento Armageddon contemplar o Arrowverse como um todo, é nada mais que uma distração, ou melhor, mais uma atriz para compor a festa CW que acontece nesses episódios comuns de festa após alguma grande batalha de encerramento. Seu conflito com seu irmão em relação ao Flash Reverso se alinha com a de Caitlin querer a morte do vilão ainda pela morte de Ronnie; de fato um ponto positivo que agrega drama a pessoas quererem que Eobard realmente morra, apesar que o personagem é o amado odiado suficiente pelo público para que esse desejo seja refletido como problema em Flash – bem parecido com a da quinta temporada, alías – sendo forte o suficiente independente das duas personagens. Mas estranhamente, pela falta de urgência, a experiência de amar odiar o vilão pode ser tornar mais neutra do que quando se lê a ideia da premissa do conflito do episódio: matar ou não matar o Flash Reverso, eis a questão. Logo, Joe e Damien fazem o xeque mate real desse problema de ritmo com a virada que eles representam, pois os motivos deles sim são urgentes e intensos para manter o tom dramático diante da dúvida shakespeareana posta em Flash e nós como público.

Enfim, o evento termina já terminado, mesmo que não pareça em linhas escritas acerca do assunto. O que fica de interessante mesmo é que Flash teve registrado mais um embate moral digno diante de seu maior vilão Flash Reverso e ainda ganhou o uniforme completo (FINALMENTE) com botas douradas maravilhosas – a consequência mais imediata do Armageddon. E é claro, a fotografia de 2014 no Departamento de Polícia de Central City com Bart e Nora também é outro ponto forte para nos deixar intrigados. Apesar de menor proporção, tematicamente isso é digno do suspense da foto final de O Iluminado. Eis as consequências, e as expectativas minhas é que façam uma novela bem boa no estilo da quinta temporada, porém com mais calma.

The Flash – 8X05: Armageddon, Part 5 — EUA, 14 de dezembro de 2021
Direção: Menhaj Huda
Roteiro: Kristen Kim
Elenco: Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker, Danielle Nicolet, Kayla Compton, Brandon McKnight, Jesse L. Martin, Neal McDonough, Tony Curran, Tom Cavanagh, Katherine McNamara, Courtney Ford, Stephanie Izsak
Duração: 43 min.

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