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Especial | Júlia Kendall: Aventuras de uma Criminóloga

por Luiz Santiago
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Júlia Kendall é a protagonista da elogiada série Aventuras de Uma Criminóloga, criada por Giancarlo Berardi, o mesmo co-criador de Ken Parker, personagem cultuado da Sergio Bonelli Editore. A criminóloga fez a sua estreia nos quadrinhos em outubro de 1998, no álbum Os Olhos do Abismo e, para a sua criação, Berardi passou por um considerável período de preparação teórica: estudou criminologia e medicina legal no Instituto de Gênova, frequentou cursos de psicologia, sociologia, psiquiatria, psicanálise, balística e também mergulhou na leitura de romances policiais e estudou o processo de escrita no estilo de crônicas jornalísticas e relatórios jurídicos e policias, além de roteiros de cinema, fazendo seu recorte pessoal para os gêneros noir, suspense e documentário, tudo isso para chegar a uma composição bastante satisfatória para o gênero que de fato se enquadra a obra, o giallo (apesar de se passar nos EUA).

Imediatamente colocado como um quadrinho contra o feminicídio, a misoginia e a violência contra a mulher, Júlia Kendall é um bem arquitetado e embasado título de investigação criminal na nona arte tendo uma mulher como protagonista; um dos títulos mais abertamente engajados da Bonelli, sempre marcado pelo cuidado de Berardi ao abordar os mais delicados temas e desenvolver bem suas personagens. No Brasil, essas aventuras ganharam a atenção da Mythos em 2004, mas após quatro edições utilizando o título original na capa (Júlia) a editora teve que mudar para J. Kendall: Aventuras de uma Criminóloga, porque houve um impasse com a Nova Cultural, que detinha os direitos do título Júlia para uma longa coleção de romances de bolso.

A protagonista da saga é visualmente inspirada na atriz Audrey Hepburn, enquanto sua empregada e amiga Emily Jones é inspirada na atriz Whoopi Goldberg. Essas duas variações estéticas e referenciais tem um bom peso conceitual, especialmente a de Júlia, que nessa estreia já mostra uma dualidade interessantíssima, um rosto belo de delicadíssimo contrastando com sua personalidade destemida, dura e determinada.

O presente Especial (que estará em constante atualização/construção) reúne todas as críticas de Júlia Kendall publicadas aqui no Plano Crítico. Boa leitura!

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1998

1 Os Olhos do Abismo 1998
2 Objeto de Amor 1998
3 Na Mente do Monstro 1998

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1999

4 Dilúvio de Fogo 1999
5 Os Reféns 1999
6 Jerry Desapareceu 1999
7 A Longa Noite de Sheila 1999
8 Se as Montanhas Morrem 1999
9 Ecos do Passado 1999
10 O Ex-combatente 1999
11 Repouso Eterno 1999
12 Amor e Dinheiro 1999
13 Poesia Mortal 1999
14 O Caçador 1999
15 Morte Segurada 1999

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2000

16 A Sombra do Tempo 2000
17 O Crime Negado 2000
18 Voltando Para Casa 2000
19 Os Filhos do Sol 2000
20 Céu Negro 2000
21 Furo de Reportagem 2000
22 Um Silêncio que Grita (Esse Grito que se Cala) 2000
23 Horas Suspensas 2000
24 O Expresso da Aventura 2000
25 Quem é Christine? 2000
26 Enquanto a Cidade Queima 2000

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2005

Especial 1 Meu Primeiro Caso 2005

 

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