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Lista | Oscar 2019 – Apostas e Ranking

por Gabriel Carvalho
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Às vésperas da nonagésima-primeira edição do Oscar, trazemos um ranking dos oito longa-metragens concorrendo à estatueta de Melhor Filme, além de uma lista com nossas apostas para cada categoria da premiação e os indicados que realmente deveriam vencer, tudo de acordo com os critérios e julgamentos levantados por: Ritter “Meu Malvado Favorito” Fan, “Vice-Presidente” Luiz Santiago, “Conduzindo Mr.” Fernando Campos, Bruno dos Reis Lisboa Pires “Maine”, Roberto Honorato “Mercury” e eu, Gabriel Carvalho, o “Martin Freeman no Pantera Negra”.

  • Para ver os indicados ao Oscar 2019, clique aqui.
  • Para ver, especificamente, os curtas indicados ao Oscar 2018, clique aqui.
  • Para acessar os nossos textos, crítica ou listas, relacionados ao Oscar 2018, clique aqui.

Sendo assim, encerramos a nossa cobertura do Oscar 2019, a espera do epílogo dessa caminhada (acompanhada ao vivo em nossa páginas do Facebook e Twitter, além do Instagram), que será a própria cerimônia, marcada para dia 24 de fevereiro. Vocês têm algum favorito para o prêmio máximo? Deixem comentários embasando suas ansiedades para esse grande evento, os filmes injustiçados e aqueles que nem deveriam estar entre os concorrentes.
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OS NOSSOS PALPITES

  • Critério: Quem tiver mais votos, vence. Se houve empate, ambos serão citados. Já em casos excepcionais, usarei minha vontade para citar outras nomeações feitas pelos votantes.

Melhor Filme

Quem provavelmente irá levar: Green Book: O Guia ou Roma
Quem deveria levar: Nasce Uma Estrela ou A Favorita
Quem causa vergonha alheia: Bohemian Rhapsody

Melhor Direção

Quem provavelmente irá levar: Alfonso Cuáron, por Roma
Quem deveria levar: Alfonso Cuáron, por Roma
Quem causa vergonha alheia: Adam McKay, por Vice

Melhor Ator

Quem provavelmente irá levar: Rami Malek, por Bohemian Rhapsody
Quem deveria levar: Bradley Cooper, por Nasce Uma Estrela
Quem causa vergonha alheia: Rami Malek, o da dentadura

Melhor Atriz

Quem provavelmente irá levar: Glenn Close, por A Esposa
Quem deveria levar: Olivia Colman, por A Favorita, ou Glenn Close, por A Esposa
Quem causa vergonha alheia: Para uns gatos pingados aí, Lady Gaga, por Nasce Uma Estrela

Melhor Ator Coadjuvante

Quem provavelmente irá levar: Mahershala Ali, por Green Book: O Guia
Quem deveria levar: Mahershala Ali, por Green Book: O Guia
Quem causa vergonha alheia: Sam Rockwell, por Vice

Melhor Atriz Coadjuvante

Quem provavelmente irá levar: Regina King, por Se a Rua Beale Falasse
Quem deveria levar: Regina King, por Se a Rua Beale Falasse

Melhor Roteiro Original

Quem provavelmente irá levar: A Favorita
Quem deveria levar: A Favorita
Quem causa vergonha alheia: Roma

Melhor Roteiro Adaptado

Quem provavelmente irá levar: Se a Rua Beale Falasse
Quem deveria levar: Se a Rua Beale Falasse ou Infiltrado na Klan
Quem causa vergonha alheia: Para o Bruno, A Balada de Buster Scruggs

Melhor Design de Produção

Quem provavelmente irá levar: A Favorita
Quem deveria levar: A Favorita
Quem causa vergonha alheia: Para três dos nossos votantes, Roman (já eu não acho)

Melhor Fotografia

Quem provavelmente irá levar: Roma
Quem deveria levar: Roma

Melhor Figurino

Quem provavelmente irá levar: A Favorita
Quem deveria levar: A Favorita

Melhor Montagem

Quem provavelmente irá levar: Bohemian Rhapsody
Quem deveria levar: A Favorita
Quem causa vergonha alheia: Bohemian Rhapsody

Melhor Maquiagem e Cabelo

Quem provavelmente irá levar: Vice
Quem deveria levar: Vice

Melhor Trilha Sonora

Quem provavelmente irá levar: Pantera Negra ou Se a Rua Beale Falasse
Quem deveria levar: Se a Rua Beale Falasse

Melhor Mixagem de Som

Quem provavelmente irá levar: Bohemian Rhapsody
Quem deveria levar: O Primeiro Homem ou Nasce Uma Estrela
Quem causa vergonha alheia: Filme do Queen

Melhor Edição de Som

Quem provavelmente irá levar: Um Lugar Silencioso
Quem deveria levar: Um Lugar Silencioso
Quem causa vergonha alheia: Filme do Queen

Melhores Efeitos Visuais

Quem provavelmente irá levar: Vingadores: Guerra Infinita
Quem deveria levar: O Primeiro Homem

Melhor Animação

Quem provavelmente irá levar: Homem-Aranha no Aranhaverso
Quem deveria levar: Homem-Aranha no Aranhaverso
Quem causa vergonha alheia: Ritter citou todos os da Disney, para ver como está o seu coração

Melhor Filme Estrangeiro

Quem provavelmente irá levar: Roma
Quem deveria levar: Assunto de Família

Melhor Documentário

Quem provavelmente irá levar: RBG ou Free Solo
Quem deveria levar: Minding the Gap

Melhor Canção Original

Quem provavelmente irá levar: Shallow, de Nasce Uma Estrela
Quem deveria levar: Shallow, de Nasce Uma Estrela

Melhor Curta-Documentário

Quem provavelmente irá levar: Absorvendo o Tabu
Quem deveria levar: Absorvendo o Tabu
Quem causa vergonha alheia: Uma Noite no Madison Square Garden, ou curadoria nazista, ou trabalho de pré-escola

Melhor Curta-Animado

Quem provavelmente irá levar: Bao
Quem deveria levar: Weekends ou Late Afternoon

Melhor Curta-Ficcional

Quem provavelmente irá levar: Skin
Quem deveria levar: Detainment , Fauve ou Marguerite

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RANKING DOS INDICADOS A MELHOR FILME

  • Critério de Desempate: Em caso de dois ou mais filmes terminarem com pontuações iguais, privilegia-se aquele que mais vezes foi listado em primeiro lugar. Se nenhum foi indicado em primeira lugar, ou em caso de empate, a maior e menor nota são removidas e uma nova média é estabelecida.

8º – Bohemian Rhapsody

9 pontos (3 últimos lugares)

Luiz Santiago: EEEEEEEEEEEEE-OOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!

Ritter Fan: O filme mais fraco da competição, ainda que eu tenha saído da sessão feliz da vida.

Bruno dos Reis Lisboa Pires: Rami Malek faz esse palhacinho sem graça no lugar do Mercury e acha que tá enganando alguém enquanto o Bryan Singer esconde esse filme ruim com as canções do Queen.

Fernando Campos: É bem verdade os números musicais encantam, não apenas pelas músicas excelentes, mas também pela direção eficiente e trabalho competente do elenco. Contudo, a parte biográfica do longa é previsível e covarde, fornecendo um retrato chapa branca de um personagem polêmico na essência.

Roberto Honorato: Queen é a maior e melhor banda do mundo (não estou exagerando, o que vale é minha opinião e pronto), mas esse filme não tem metade do brilho e charme que ela tinha. Com uma direção sem criatividade alguma para uma banda onde alguém extravagante como Freddie Mercury cantou, e um ator principal que não está bem caracterizado ou entrega o que realmente fazia de Freddie uma estrela, como a forma que fingia ser arrogante em entrevistas depois de um sorriso malicioso. No filme, isso é resumido em frases de efeito e uma reação vitoriosa no rosto de um ator que não entende o dono da maior voz da música. Eu entendo quem gostou, é impossível sair do cinema desanimado depois de ouvir Queen, mas convenhamos que nada além da sequência do Live Aid foi realmente memorável.

7º – Vice

13 pontos (3 últimos lugares)

Luiz Santiago: Sim Sr.

Ritter Fan: Estupenda atuação de Christian Bale, mas um filme falho, sem o mesmo fresco de A Grande Aposta.

Bruno dos Reis Lisboa Pires: Filme que tenta ser esperto baseado só em conhecimento geral. Nem os atores se salvam, nessa competição de quem grita mais. Meio chato ver o Adam Mckay, que costumava fazer os filmes mais bobos possíveis, renegar tão raivosamente sua própria carreira.

Fernando Campos: Por mais que Vice proporcione momentos memoráveis, seu resultado final é problemático. McKay mostra-se confuso ao estabelecer um tom para a obra, oscilando entre uma paródia escrachada e um drama político. Ainda assim, o longa é preciso em suas críticas ao governo Bush e apresenta ao público o ser desprezível que Dick Cheney era.

Roberto Honorato: Adam McKay é o novo David O Russell. Os dois são diretores aceitáveis que acabam tendo seus filmes indicados por conta de um elenco impressionante e uma premissa interessante. E só. Sério.

6º – Green Book: O Guia

24 pontos 

Luiz Santiago: Bi-biiiiiiiiiiiiiiii.

Ritter Fan: Atuações belíssimas em um filme polêmico em sua abordagem do racismo, mas que funciona muito bem.

Bruno dos Reis Lisboa Pires: Acho que a temporada de premiação rendeu um legado à Green Book que nem mesmo o Peter Farrelly imaginava. É bem menos importante que a comunidade vem cunhando o filme, e por isso não deve ser questionado se é o filme que veio pra conciliar a questão racial americana ou não. Acredito que seja uma tentativa do diretor de dar uma requentada no humor bobo de seus filmes (que são MUITO melhores que isso aqui) e fazer um filme sobre o espírito comunitário invadindo a individualidade americana durante o natal. Enfim, é bem menos importante do que parece.

Fernando Campos: Deliciosamente despretensioso, Green Book está muito mais preocupado em ser uma história sobre amizade do que tratar de temas sérios. Preciso nos momentos de humor, o longa diverte e possui uma dupla de protagonista com uma química incrível. Uma pena que o final seja tão bobo e careta, destoando do resto do longa.

5º – Roma

26 pontos (1 primeiro lugar)

Luiz Santiago: …

Ritter Fan: Forma sobre substância. Lindo, mas vazio. Podem me xingar, mas é a dura verdade.

Bruno dos Reis Lisboa Pires: Não o achei um filme excelente nem péssimo como costumou ser a dicotomia em relação ao filme, e do mesmo modo não o acho um filme com sensibilidade aguçada ou comentário social relevante o suficiente.

Fernando Campos: Alfonso Cuarón nos convida a vivenciar um recorte de sua vida, recorrendo a uma direção suave e que sabe explorar espaços, principalmente com os movimentos laterais de câmera. Nada é expositivo, tudo é dito por enquadramentos e simbolismos, exigindo a sensibilidade do público, como a da protagonista. Poucos filmes são mais sensíveis do que esse. Mais uma obra prima na carreira de Cuarón.

Roberto Honorato: Poucos diretores me deixam mais animados com o lançamento de uma nova obra do que o Cuarón. Responsável por alguns dos meus filmes favoritos da vida, ele ainda traz esse drama pessoal cheio de símbolos e emoção com uma direção impecável que é a única opção certa quando chegarem nessa categoria (não errem, Oscars!)

4º – Pantera Negra

32 pontos 

Luiz Santiago: Wakanda Forever!

Ritter Fan: Um dos melhores filmes de super-herói do Universo Cinematográfico Marvel e um dos melhores do sub-gênero. Mas jamais o colocaria na lista de melhores de 2018 a ponto de entrar na concorrência pela estatueta máxima.

Bruno dos Reis Lisboa Pires: Veio num momento propício, pois é a mistura de representatividade e cinema popular que o Oscar precisava para fechar a década. Não me surpreenderia (nem me incomodaria) se ganhasse o prêmio de melhor filme.

Fernando Campos: Com excelência, o diretor Ryan Coogler utiliza uma premissa básica de filme de super-herói para tratar com profundidade temas como representatividade e imigração. Além disso, a parte técnica evoca a diversidade da cultura africana, mesclando modernidade e tradição.

Roberto Honorato:É ótimo ver um filme baseado em quadrinhos indicado ao Melhor Filme, e melhor ainda um onde há uma enorme responsabilidade de representatividade negra. Entendo a importância da celebração em torno de Pantera Negra, mas o problema aqui é que também tivemos no mesmo ano ótimos e melhores filmes como Se a Rua Beale Falasse ou Blindspotting, que são muito mais competentes como uma obra cinematográfica. Feliz pela indicação ao Oscar, mas triste pela exclusão de outros tão bons que não tiveram um terceiro ato carregado de CGI.

3º – Nasce Uma Estrela

33 pontos (2 primeiros lugares)

Luiz Santiago: There can be 100 people in the room…

Ritter Fan: A quarta encarnação desse filme é uma bela estreia de Bradley Cooper na direção, com ótimas músicas e fortes atuações.

Bruno dos Reis Lisboa Pires: Único filme que gostei bastante entre os indicados. Deve sobreviver ao tempo bem mais que qualquer um senão Pantera Negra ou Roma, que serão lembrados por motivos além dos próprios filmes, mas Nasce uma Estrela, além de ser uma estreia sólida de Cooper na direção, é um grande filme sobre relacionamentos e, acima de tudo, filmes.

Fernando Campos: Bradley Cooper estreia na direção mostrando ter talento para vôos mais altos, porém, o roteiro de Nasce Uma Estrela deixa a desejar. De introduções apressadas a conflitos sem impacto nenhum dentro da narrativa, o filme não permite que o público sinta o drama dos personagens. Pelo menos, a parte musical funciona e a temática sobre identidade em uma indústria tão artificial convence.

Roberto Honorato: Bradley Cooper mostrou competência como diretor e impressionou atuando e tocando suas músicas. Sua decisão em escolher Lady Gaga como parceira no filme é uma ótima ideia para divulgar Nasce uma Estrela, tanto que ela está indicada em uma categoria onde ela é a mais fraca. Foi interessante ver a cantora atuando em um drama como esse, mas isso não é suficiente para ser indicada ao lado de uma atuação como a de Olivia Colman. Desculpe a sinceridade.

2º – Infiltrado na Klan

37 pontos (1 primeiro lugar)

Luiz Santiago: God Bless White America.

Ritter Fan: Spike Lee volta à forma total, com um filme de roteiro espertíssimo e direção afiada que não deixa pedra sobre pedra em relação ao assunto que aborda.

Bruno dos Reis Lisboa Pires: Longe de ser um dos melhores trabalhos do Spike Lee. Na verdade, esse aqui é o seu filme mais conciliador na questão racial, além de se render à pautas brancas e liberais que nem sempre foram a cara do diretor. Tenta ser um filme cool e conseguiu chamar atenção.

Fernando Campos: As críticas sociais que esperamos de Spike Lee estão todas em Infiltrado na Klan, criando um paralelo interessante entre a década de XXX e a atualidade e ressaltando como a luta contra o fascismo ainda não está vencida. Além disso, a obra possui uma bem costurada trama policial e personagens cativantes. Lee mostra que ainda está no auge.

Roberto Honorato: Spike Lee não tem tido o melhor histórico de filmes nos últimos anos, e eu ainda não o perdoei por Old Boy, mas Blackkklansman é divertido e tira boas performances de John Davis Washington, Adam Driver e até Topher Grace. A conclusão do filme ainda me dá pesadelos.

1º – A Favorita

41 pontos (2 primeiros lugares)

Luiz Santiago: Como se atreve???

Ritter Fan: Yorgos Lanthimos, um diretor ousado, faz sua obra-prima e, quem diria, o melhor filme de 2018!

Bruno dos Reis Lisboa Pires: Eu costumava odiar o Lanthimos e pelo menos aqui saiu um filme medíocre e sem graça no lugar de um filme espertinho como O Lagosta ou Dente Canino. Esse aqui tenta ser um filme mais divertido, mas ainda é capenga e tem aquele senso de “ser o novo Kubrick” que o próprio diretor carrega. Ao menos tem ótimas atrizes.

Fernando Campos: Através das disputas por poder, A Favorita promove um complexo estudo sobre relações, seja interpessoais, de gênero ou de classe.

Roberto Honorato: Roma poderia facilmente ser meu favorito, mas The Favourite tem uma sagacidade no roteiro e ritmo que fazem cada vez mais falta, ainda mais considerando como o Oscar não premia comédias. E eu nem o deixei no topo apenas por isso, aqui temos facilmente o melhor elenco dos indicados esse ano, com Rachel Weisz e Olivia Colman destilando veneno e carisma ao mesmo tempo.

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